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Strauss-Khan volta a ser notícia em filme sobre escândalo
sexual Crédito: AFP
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Dois anos depois da explosão do escândalo sexual de
Dominique Strauss-Kahn, o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI)
voltou a ser notícia, nesta quinta-feira no Festival de Cannes. Foram exibidas
as primeiras cenas do filme de Abel Ferrara "Welcome to New York", que narra a
queda do político.
As imagens de forte cunho sexual do filme,
protagonizado por Gerard Depardieu, que interpreta o político francês; e pela
atriz britânica Jacqueline Bisset tomaram as telas de Cannes. Vincent Maraval,
diretor da Wild Bunch, produtora do filme, estava na terça-feira no famoso
restaurante La Potinière, diante do Palácio dos Festivais mostrando a todos que
passavam, com visível satisfação, imagens de Depardieu em uma cama com mulheres
nuas.
As imagens entrecortadas por suspiros sugerem que o filme pretende
retratar os detalhes sórdidos do suposto vício sexual de Strauss-Kahn que, até
ser detido pela Polícia de Nova Iorque, em maio de 2011, era apontado como o
provável candidato socialista à Presidência da França. Em uma cena, um amigo
pergunta a ele por que se deixa levar pelo desejo sexual, e ele responde: "Você
preferia jogar golfe?"
O trailer de 1 minuto e 43 segundos também foi
divulgado no Youtube, o que a Wild Bunch alega ter acontecido sem seu
consentimento. A produtora informou que as primeiras imagens do filme estão
destinadas a ser exibidas no mercado de cinema de Cannes, visitado por centenas
de compradores de todo o mundo. Ferrara, diretor de "Vício Frenético", disse que
o filme, que também abordará a batalha judicial de DSK, narra a queda em
desgraça de um homem que estava no topo, que tinha tudo.
A camareira
Nafissatou Diallo acusou Strauss-Kahn de tê-la obrigado a fazer sexo oral em um
quarto do hotel Sofitel em Manhattan, no dia 14 de maio de 2011, provocando a
detenção do político socialista francês no aeroporto JFK de Nova Iorque quando
se preparava para deixar o território americano. Strauss-Khan reconheceu ter
tido uma relação sexual "inapropriada", mas afirmou que foi consentida e sem
violência. Ele ficou alguns dias na prisão de Rikers Island e depois foi
colocado em prisão domiciliar em Nova Iorque.
A Procuradoria de Manhattan
teve que abandonar as acusações penais três meses depois, em agosto de 2011,
pelas inconsistências e contradições no depoimento da imigrante de origem
guineana, em uma grande reviravolta no caso. Strauss-Kahn foi colocado em
liberdade e voltou à França, mas o escândalo custo a ele não apenas seu posto no
FMI, como também suas aspirações presidenciais, já que até estão era considerado
o favorito para as eleições realizadas este ano e que terminaram com a vitória
do socialista Francois Hollande. O caso foi encerrado com um acordo financeiro
entre o francês e a camareira.
FONTE: cpc
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