sexta-feira, 17 de maio de 2013

CINEMA

Strauss-Khan volta a ser notícia em filme sobre escândalo sexual


Diretor exibiu imagens do ator Gerard Depardieu interpretando o político cercado de mulheres


Strauss-Khan volta a ser notícia em filme sobre escândalo sexual<br /><b>Crédito: </b> AFP
 
Strauss-Khan volta a ser notícia em filme sobre escândalo sexual
Crédito: AFP
Dois anos depois da explosão do escândalo sexual de Dominique Strauss-Kahn, o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a ser notícia, nesta quinta-feira no Festival de Cannes. Foram exibidas as primeiras cenas do filme de Abel Ferrara "Welcome to New York", que narra a queda do político.

As imagens de forte cunho sexual do filme, protagonizado por Gerard Depardieu, que interpreta o político francês; e pela atriz britânica Jacqueline Bisset tomaram as telas de Cannes. Vincent Maraval, diretor da Wild Bunch, produtora do filme, estava na terça-feira no famoso restaurante La Potinière, diante do Palácio dos Festivais mostrando a todos que passavam, com visível satisfação, imagens de Depardieu em uma cama com mulheres nuas.

As imagens entrecortadas por suspiros sugerem que o filme pretende retratar os detalhes sórdidos do suposto vício sexual de Strauss-Kahn que, até ser detido pela Polícia de Nova Iorque, em maio de 2011, era apontado como o provável candidato socialista à Presidência da França. Em uma cena, um amigo pergunta a ele por que se deixa levar pelo desejo sexual, e ele responde: "Você preferia jogar golfe?"

O trailer de 1 minuto e 43 segundos também foi divulgado no Youtube, o que a Wild Bunch alega ter acontecido sem seu consentimento. A produtora informou que as primeiras imagens do filme estão destinadas a ser exibidas no mercado de cinema de Cannes, visitado por centenas de compradores de todo o mundo. Ferrara, diretor de "Vício Frenético", disse que o filme, que também abordará a batalha judicial de DSK, narra a queda em desgraça de um homem que estava no topo, que tinha tudo.

A camareira Nafissatou Diallo acusou Strauss-Kahn de tê-la obrigado a fazer sexo oral em um quarto do hotel Sofitel em Manhattan, no dia 14 de maio de 2011, provocando a detenção do político socialista francês no aeroporto JFK de Nova Iorque quando se preparava para deixar o território americano. Strauss-Khan reconheceu ter tido uma relação sexual "inapropriada", mas afirmou que foi consentida e sem violência. Ele ficou alguns dias na prisão de Rikers Island e depois foi colocado em prisão domiciliar em Nova Iorque.

A Procuradoria de Manhattan teve que abandonar as acusações penais três meses depois, em agosto de 2011, pelas inconsistências e contradições no depoimento da imigrante de origem guineana, em uma grande reviravolta no caso. Strauss-Kahn foi colocado em liberdade e voltou à França, mas o escândalo custo a ele não apenas seu posto no FMI, como também suas aspirações presidenciais, já que até estão era considerado o favorito para as eleições realizadas este ano e que terminaram com a vitória do socialista Francois Hollande. O caso foi encerrado com um acordo financeiro entre o francês e a camareira.
FONTE: cpc

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