Secretário admite que não consegue reduzir sensação de insegurança no RS
Airton Michels reafirmou que governo busca reduzir superlotação nos presídios
Apesar de afirmar que tem conseguido cumprir com o que foi
programado para a área de segurança no Rio Grande do Sul, o secretário da
Segurança Pública, Airton Michels, admitiu estar insatisfeito em razão de ainda
não ter sido possível reduzir a sensação de insegurança entre a população.
Em entrevista à Rádio Guaíba nesta segunda-feira ele disse que há muitos temas para resolver e que ações estão sendo adotadas para isso. Uma delas é a contratação de mais de 4 mil servidores em um ano e meio, dentre os quais 2.570 da Brigada Militar, 777 da Polícia Civil e 800 da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). O secretário destacou que um dos objetivos da pasta é diminuir a superlotação nos presídios e melhorar as condições nesses locais, para facilitar a reintegração no momento da liberdade. A Susepe também deverá auxiliar os egressos a conseguirem trabalho após cumprir pena, para evitar que voltem a cometer crimes. "Enquanto não resolvermos o problema de superlotação, os presídios continuarão sendo depósitos de pessoas", ressaltou. Até o final do ano mais 1,6 mil vagas devem ser criadas em unidades prisionais gaúchas para ajudar a desafogar principalmente o Presídio Central, em Porto Alegre. Outras obras também serão realizadas no ano que vem. A visibilidade da polícia deve ser acrescida a partir da atuação dos novos agentes, conforme o secretário. "De fato talvez não se tenha aquela visibilidade que se gostaria, porque não se pode ter um policial em cada esquina", falou. Michels ressaltou, porém, que o trabalho na área está sendo realizado, e exemplificou destacando que há 30 mil apenados nas penitenciárias do Estado e que 95% das prisões são realizadas pela Brigada Militar. Além disso, o secretário citou a criação dos Territórios da Paz. Hoje já são quatro na Capital e três em outras cidades. A expectativa é criar mais nove, a fim de aumentar o trabalho de prevenção e coibir a violência nas regiões. Fonte: CPC |