terça-feira, 10 de dezembro de 2013

POLÍTICA GAUCHA - 2013

PDT inicia entrega de cargos do governo do Estado

Secretário da Saúde, Ciro Simoni, oficializou o pedido de desligamento do Executivo

Secretário da Saúde, Ciro Simoni, oficializou o pedido de desligamento do Executivo<br /><b>Crédito: </b> Claudio Fachel / Palácio Piratini / CP
Secretário da Saúde, Ciro Simoni, oficializou o pedido de desligamento do Executivo
Crédito: Claudio Fachel / Palácio Piratini / CP

Com centenas de Cargos em Confiança (CC's) no governo do Rio Grande do Sul, o PDT começou nesta segunda-feira o processo de saída do Executivo estadual. O secretário da Saúde, Ciro Simoni, entregou ao chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, um documento pedindo oficialmente o seu desligamento da pasta, medida que deve ser repetida pelos demais secretários estaduais do partido até quarta-feira.

Simoni afirmou que não abandonará o posto de um dia para o outro, mas garante que tem pressa para retomar seus trabalhos como deputado estadual. O secretário garantiu que o partido não passará à oposição por uma questão de coerência.

"O PDT ajudou a construir o governo como um todo, consequentemente não pode se incoerente de ir para a oposição. Eu pedi licença a eles (demais secretários pedetistas) para que eu pudesse fazer isto já na manhã de hoje. Eu acho que o governo tem que montar (a nova) a estrutura, pois tem mais um ano para governar", afirmou o secretário.

O chefe da Casa Civil, que recebeu o pedido de exoneração, acredita que Simoni e os demais deputados pedetistas seguirão votando com o governo. "Temos convicção que o PDT continuará aliado aos projetos do governo, até porque foram construídos com o PDT. Agora nós vamos sentar com os partidos que compõe a base do governo, e a partir desse diálogo, vai haver definição dos nomes que ocuparão essas pastas", afirmou Pestana.

PT perde seu maior aliado

Com a saída do PDT da base governista, o PT perde seu maior aliado na Assembleia Legislativa gaúcha e deixa de ter maioria garantida na Casa. São sete votos a menos para aprovar os cerca de 80 projetos já aptos a ir a plenário. Segundo o líder da base aliada na Assembleia, Valdeci Oliveira (PT), o novo panorama pode levar o governo a retirar alguns dos 15 projetos enviados pelo Executivo (tramitando em regime de urgên cia) e que já contavam com dificuldade para aprovação.

Nesta terça-feira, o primeiro café da manhã do governador Tarso Genro no retorno da viagem à China será com deputados e lideranças estaduais do PDT. O encontro, no Palácio Piratini, servirá para alinhavar a saída dos pedetistas.

 



Fonte:

CP

MUNICÍPIOS E PROBLEMAS - 2013


Situação dos municípios é desesperadora, diz presidente da CNM

Segundo levantamento, 65% das cidades gaúchas estão em atraso com fornecedores

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, classificou de "desesperadora" a situação das finanças das prefeituras do país. De acordo com um dos levantamentos apresentados pela CNM, 65% de cerca de 350 municípios pesquisados estão com um atraso médio de cinco meses com seus fornecedores. Além disso, o gasto com pessoal médio das prefeituras analisadas está em 50,38%, próximo do limite prudencial estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal. Na pesquisa, 51,1% das cidades consultadas apontaram que não fecharão as contas neste final de ano, com um déficit orçamentário médio de 15%.

O quadro descrito pela CNM se deve, segundo o seu presidente, ao número cada vez maior de atribuições repassadas aos municípios, sem que haja correspondência de arrecadação ou de transferências. De acordo com Ziulkoski, 85% da arrecadação nacional ficam nas mãos da União e dos estados. Um dos exemplos é a criação de um piso nacional para o magistério. A confederação alega que as prefeituras não terão recursos para o reajuste previsto no próximo ano, de 19,2%, cujo impacto estimado é de R$ 9,5 bilhões.

De acordo com Ziulkoski, as desonerações fiscais patrocinadas pela União, com redução do IPI, custaram R$ 12,959 bilhões aos cofres públicos em 2013. Desse dinheiro, R$ 3,369 bilhões deixaram de irrigar o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que sustenta a maior parte das 5.564 prefeituras do país. Números da CNM mostram que, de 2009 a 2013, as desonerações somam R$ 34,683 bilhões.

As prefeituras gaúchas receberam ontem R$ 204 milhões da União, valor que corresponde à cota extra do FPM, recurso conhecido como o 13 das prefeituras e que tem como finalidade auxiliar no fechamento das contas do ano. Ao todo, foram depositados nos cofres dos municípios do país R$ 3,1 bilhões.

A transferência acontece des de 2007, quando o governo federal sancionou a emenda constitucional 55, que prevê o repasse de uma cota-extra de 1% do Fundo de Participação dos Municípios em dezembro.

Conforme o presidente da Famurs e prefeito de Santo Ângelo, Valdir Andres, o recurso já era esperado pelos municípios. 'Trata-se de uma receita que os municípios recebem anualmente. Já contávamos com esse auxílio que servirá para o pagamento de salários do funcionalismo municipal', avaliou Andres, comemorando o incremento de 7% no repasse. 'Esse recurso vai auxiliar as prefeituras a pagarem o 13 salário dos servidores', disse Andres. O município gaúcho que mais recebeu a verba extra foi Porto Alegre (R$ 8 milhões). No entanto, os pequenos foram os mais beneficiados, ganhando, proporcionalmente, mais.




Fonte: Correio do Povo