terça-feira, 11 de setembro de 2012

POLÍTICA

A 112ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Sul, que controla as questões eleitorais referentes a Porto Alegre, decidiu no começo da noite de quinta-feira (23) conceder tempo extra para as coligações proporcionais que tiveram seus programas políticos omitidos no horário eleitoral gratuito de rádio da capital gaúcha. Com a decisão, o programa eleitoral de rádio será mais longo no próximo sábado (25) pela manhã, incluindo o material omitido pela RBS, empresa que é responsável legal pela geração do horário eleitoral gratuito no município. As outras emissoras de rádio da capital gaúcha, que fazem a transmissão eleitoral a partir da geração da RBS, também terão que transmitir o tempo extra, arcando com os custos do atraso em suas programações normais.

 

A decisão, assinada pelo juiz eleitoral Eduardo Augusto Dias Bainy, aceitou parcialmente a representação promovida pela Frente Popular – Governo de Verdade, que apoia o candidato Adão Villaverde (PT) na eleição majoritária. No pedido, a coligação alegava que havia ocorrido “censura prévia” ao material da aliança por parte da RBS, pedindo exibição do material omitido ainda na sexta-feira (24), dia destinado às inserções da campanha majoritária. A RBS também tinha apresentado esclarecimentos, rechaçando a alegação de censura e dizendo que a não inclusão do material havia ocorrido por erro técnico.

 

O juiz reconheceu a necessidade de exibir os trechos ausentes, mas recusou a data solicitada pela representação da Frente Popular, já que tinham sido as duas coligações proporcionais (PT-PTC-PPL e PR-PV-PRTB) as prejudicadas, e não a aliança que promove o candidato Villaverde. Assim, determinou a inserção do material omitido no programa de rádio de sábado (25) em Porto Alegre, destinado igualmente aos candidatos da proporcional.

 

A ação da Frente Popular solicitava também direito de resposta com relação a declarações de apresentadores ligados à RBS, que teriam feito alegações falsas sobre a não veiculação do material. O mérito não foi apreciado pelo juiz em sua decisão.

 

Fonte: Sul 21

EDUCAÇÃO

Governo gaúcho quer reformar 1,3 mil escolas até 2014

Tarso assinou financiamento de 480 milhões de dólares para investir em 11 programas

O governo do Estado assinou nesta terça-feira, em Brasília, o contrato de financiamento de 480 milhões de dólares do Banco Mundial (Bird) para investimentos no Rio Grande do Sul. A maior parte do recurso inicial – 56 milhões de dólares – deve ser usada na reconstrução de 45 escolas em 35 municípios. O governador Tarso Genro explicou que a verba começará a ser recebida nos próximos meses e o objetivo é reformar 1,3 mil instituições de ensino até 2014, quando encerra o atual mandato.

Além da educação, outras áreas também serão contempladas pelo financiamento. Tarso ressaltou a aplicação em arranjos produtivos locais para fortalecimento da sinergia que existe em cada região, com obras de infraestrutura, qualificação técnica e inovação. Em relação à segurança, haverá investimento em recursos tecnológicos. "Vamos sair da fase analógica para a digital na segurança pública e vocês poderão ver o salto que vai ser dado", disse o governador.

O secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, destacou a destinação de quase R$ 500 milhões para restauração de 1,9 mil quilômetros de estradas. "Herdamos uma malha rodoviária mal cuidada, mal conservada, que tem muitos buracos, e a partir do ano que vem começaremos a recuperar grande parte, em todas as principais vias", afirmou.

O Programa de Retomada do Desenvolvimento (Proredes) prevê recursos de 91 milhões de dólares no primeiro ano do empréstimo, que corresponde ao período de 2012 a 2013, para uso em projetos já em andamento. O restante será destinado nos dois anos seguintes.

O ato de hoje contou com as presenças dos secretários do Planejamento, João Motta; da Fazenda, Odir Tonollier; e da Casa Civil, Carlos Pestana, além da diretora do Bird para o Brasil, Deborah L. Wetzel.

O financiamento do Banco Mundial será aplicado em 11 programas:

1. Programa de Gestão Patrimonial;
2. Modernização da Gestão Pública;
3. Planejamento e Gestão com Participação Cidadã;
4. Tutela e Gestão Ambiental Integrada;
5. Promoção do desenvolvimento da economia gaúcha;
6. RS Tecnópole;
7. Qualificação, recuperação e ampliação da infraestrutura física e pedagógica e viabilização da modernização tecnológica das escolas estaduais;
8. Qualificação da democratização da escola;
9. Transportes multimodais;
10. Gestão das políticas públicas de infraestrutura e logística;
11. Programa de apoio administrativo.
Fonte: cpc

EDUCAÇÃO

OCDE: Brasil é país com maior vantagem salarial para diplomados

Fonte: bbc
Universitário (Foto: Reuters)
Estudo aponta que diferença de salários aumentou durante crise econômica mundial
O Brasil é o país com a maior diferença salarial entre pessoas com diploma universitário e as com grau de instrução inferior, segundo um estudo feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta terça-feira.
De acordo com o secretário-geral da organização, Angel Gurría, a diferença salarial existente no Brasil entre pessoas com ensino superior e as demais representa "o triplo da média dos países da OCDE".
 

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A vantagem salarial média nos 34 países da OCDE entre pessoas que cursaram o terceiro grau e as com nível de instrução menor é de 67% no caso dos homens e de 59% entre as mulheres.
O estudo "Olhar sobre a Educação 2012" da OCDE analisou os dados de 42 países.
Nem todos forneceram, no entanto, números sobre todos os aspectos pesquisados. Apenas 32 países forneceram dados no quesito que indica o Brasil com a maior diferença salarial entre pessoas com curso universitário e as demais.

Recessão

O relatório aponta também que a diferença de salários entre pessoas com ensino superior e as demais aumentou durante a recessão econômica mundial.
A vantagem salarial de homens com ensino superior passou de 58% em 2008 para 67% em 2010 nos países da OCDE.
No caso das mulheres com ensino superior, a diferença salarial em relação às demais passou de 54% para 59% entre 2008 e 2010 nos países da organização.
Apesar das condições incertas do mercado desde 2008, a maioria das pessoas com diplomas de curso superior "continua obtendo benefícios financeiros muito vantajosos", diz o secretário-geral da OCDE.

Investimentos maiores

O Brasil também se destaca no estudo em relação a investimentos realizados na educação.
O país registrou o quarto maior aumento em gastos na educação no período de 2000 a 2009 entre os 33 países do estudo que forneceram estatísticas a respeito.
Os investimentos em educação no Brasil passaram de 10,5% do total dos gastos públicos em 2000 para 16,8% em 2009, diz o estudo.
Na OCDE, a média de gastos com educação é de 13% do total da despesa pública.
O Brasil, segundo o estudo, também é o país que mais ampliou os gastos por aluno no ensino primário e secundário entre 29 países que forneceram dados a respeito.
Os gastos no Brasil com alunos do ensino primário e secundário aumentaram 149% entre 2005 e 2009, diz o relatório, que ressalta, no entanto, que o nível anterior era bem abaixo do observado em outros países.

Ensino superior

Apesar da ampliação considerável dos investimentos em educação, o Brasil está entre os países que menos aumentou os gastos com alunos do ensino superior, ocupando a 23ª posição em uma lista de 29 países.
Houve, na realidade, uma queda de 2%, já que o nível de gastos com alunos do ensino superior não acompanhou o aumento de 67% no número de universitários entre 2005 e 2009, diz o relatório.
Segundo o estudo, o Brasil investe 5,5% de seu PIB na educação, abaixo da média de 6,23% do PIB nos países da OCDE.
"Como muitos países da OCDE, a maior parte dos investimentos brasileiros é feita no ensino primário e secundário. No caso do Brasil, isso representa 4,23% do PIB, mais do que a média de 4% da OCDE", diz o estudo.
"Em contraste, o Brasil investe apenas 0,8% do PIB no ensino superior, o quarto nível de investimentos mais baixo entre 36 países (que forneceram dados sobre o assunto)."
O Brasil também só investe 0,04% do PIB em pesquisas e desenvolvimento, a menor fatia do PIB entre 36 países do estudo, afirma a OCDE.