quinta-feira, 4 de julho de 2013

POLÍTICA


Assembleia Legislativa do RS tem 16 salários acima do teto

OAB cobrou divulgação nominal da remuneração dos servidores do Executivo

A divulgação nominal da remuneração dos servidores ativos e inativos da Assembleia Legislativa do Estado revelou que 16 funcionários recebem salário bruto superior ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – R$ 28.059,29, considerado o teto do funcionalismo no país. O grupo é composto por 14 servidores inativos e dois ainda em atividade que tinham vencimentos maiores do que o teto em 2007, quando houve o chamado abate-teto.

* Saiba mais sobre a Lei de Acesso à Informação

Quem recebia mais do que os ministros do STF naquele ano teve o salário congelado. "Os que estão acima são por determinação judicial, pois entraram com medida em 2010", justificou o superintendente-geral da Casa, Álvaro Fakredi n. O teto atual da Assembleia é de R$ 25.323,51, subsídio semelhante ao dos desembargadores do Estado.

A Assembleia gasta R$ 30 milhões por mês para pagamento de pessoal, despesa que corresponde a 89% da receita da Casa - os demais 10% são de despesas correntes enquanto 1% direcionado para investimentos.
O Legislativo gaúcho conta ainda com 1.524 servidores ativos - 1.139 comissionados (CCs) e 385 efetivos -, 637 inativos e 314 estagiários.

A lista foi disponibilizada no Portal Transparência da Assembleia às 8h de ontem. Ao meio-dia, o site já contava com mais de 20 mil acessos. Alguns usuários relataram problemas na navegação, com a página ficando fora do ar por alguns momentos. O fato não foi confirmado pela administração da Casa.

Os resultados da consulta salarial correspondem aos vencimentos do mês de junho. Informações como cargo, parcelas indenizatórias (vale-refeição, auxílio-creche e auxílio-especial), de scontos legais e férias podem ser visualizados.

Fakredin declarou ontem que a divulgação nominal dos salários não altera a rotina da Casa, apenas torna a Assembleia gaúcha a mais transparente do país: "Nosso site é o que mais abre informações entre as Assembleias brasileiras", garantiu.

OAB cobra divulgação do Executivo


O presidente da OAB/RS, Marcelo Bertoluci, defendeu nessa quarta que o Executivo estadual passe a divulgar os salários dos servidores imediatamente. Segundo ele, este é o momento ideal para que isso seja feito. "A OAB entende que é fundamental que o Executivo faça a divulgação nominal de todas as parcelas remunera-tórias dos servidores. O momento é de transparência", cobrou Bertoluci.

Atualmente, apenas o governo do Estado informa os dados salariais sem a divulgação dos nomes dos servidores. "Não é razoável que siga este modelo de divulgação feito pelo Executivo, na medid a que os outros poderes já estão fazendo a divulgação nominal dos salários", declarou.

Recentemente, a OAB/RS criou uma comissão especial para controle social dos gastos públicos com o objetivo de ampliar a fiscalização junto aos municípios em razão da Lei da Transparência e da Lei de Acesso à Informação em vigor em todo o país.

FONTE: CP

FRAUDE EM CONCURSOS NO RIO GRANDE DO SUL

Deflagrada operação contra fraude em concurso público estadual

São cumpridos mandados de busca e apreensão em Porto Alegre

São cumpridos mandados de busca e apreensão em Porto Alegre<br /><b>Crédito: </b> Vinícius Roratto
São cumpridos mandados de busca e apreensão em Porto Alegre
Crédito: Vinícius Roratto

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Fazendária (Defaz), deflagrou na manhã desta quinta-feira a operação Konkurado que busca desarticular uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos no Rio Grande do Sul. Devem ser cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva (prestação de esclarecimentos) em Porto Alegre.

A investigação começou há 10 meses. A quadrilha teria falsificado documentos para fraudar concurso público e contaria com ajuda de servidores públicos do Estado. Também estariam envolvidos no esquema entidades privadas.

O grupo estaria envolvido em crimes contra a Administração Pública (peculato, corrupção passiva); fé pública ( alsificação de documentos públicos, fraude em concurso público); e formação de quadrilha.

Um dos locais visitados pela polícia é a Fundação para o Desenvolvimento dos Recursos Humanos (FDRH), que fica na avenida Praia de Belas, na Capital. Cerca de 100 agentes em 40 viaturas, coordenados pelos delegados Daniel Mendelsk e Joerberth Nunes, participam da ofensiva.

Fonte: cp