quarta-feira, 8 de maio de 2013
CULTURA
Suécia inaugura museu dedicado ao grupo ABBA
Local será aberto ao público nesta terça-feira, em Estocolmo
RELIGIÃO
Pastor evangélico é preso suspeito de estuprar fiéis no Rio
Polícia investiga suposto envolvimento em homicídios, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
O pastor evangélico Marcos Pereira da Silva, líder da
igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, foi preso pela Polícia Civil do Rio
de Janeiro por suspeita de abusar sexualmente de fiéis. Contra ele, havia dois
mandados de prisão preventiva pelo crime de estupro.
Fonte: cpcA detenção ocorreu por volta das 22h de terça-feira, na Rodovia Presidente Dutra, na altura de São João de Meriti, na Baixada Fluminense . No momento da prisão, o pastor estava em seu carro, um Passat. Ele voltava para casa, um luxuoso apartamento em Copacabana, na zona sul da capital. Segundo a polícia, o imóvel está no nome da igreja e está avaliado em R$ 8 milhões. As denúncias foram feitas por fiéis de sua igreja, cuja sede fica em São João de Meriti. Os mandados foram decretados pelos juízes Richard Fairclough, da 1ª Vara Criminal de São João de Meriti, e Ana Helena Mota Lima, da 2ª Vara Criminal da mesma comarca, na última quinta-feira. Segundo o delegado Márcio Mendonça, da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), as investigações começaram há pouco mais de um ano, a partir de acusações que o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, fez sobre o suposto envolvimento de Marcos Pereira com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ao longo das investigações, a polícia descobriu que o pastor teria estuprado seis fiéis, entre elas três menores de idade. Ele também realizaria orgias em seu apartamento em Copacabana. As pessoas eram chamadas para cultos, mas Pereira as forçava a participar da orgia para "serem purificadas", segundo o delegado. O policial disse ainda que o pastor costumava agir com violência, e que obrigava mulheres a fazer sexo com mulheres e homens a transar com homens. Uma das vítimas revelou que foi estuprada dos 14 aos 22 anos. Uma segunda seria uma ex-mulher do pastor, com quem foi casado até 1998. A Polícia Civil ainda investiga o suposto envolvimento do pastor em quatro homicídios, além de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Um dos assassinatos seria de uma jovem que descobriu as orgias e teria tentado denunciá-lo. Um sobrinho de Marcos Pereira também estaria envolvido neste assassinato. O pastor não possui formação em Teologia. Por isso, será encaminhado nesta quarta-feira a uma prisão comum no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste. Apoio de fiéis Após a prisão do pastor, cerca de 30 fiéis da igreja de Marcos Pereira fizeram plantão em frente à sede da DCOD, no Andaraí, na zona norte. Mulheres e crianças trajavam vestidos longos, que cobrem o corpo do pescoço aos pés. O traje é comum entre fiéis da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Entre os fiéis, estava o ex- pagodeiro Waguinho, que é missionário da Assembleia de Deus dos Últimos Dias há nove anos. Ao sair da delegacia, Waguinho criticou a ação da polícia e as denúncias de José Júnior. O ex-pagodeiro concorreu à Prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, nas eleições do ano passado, mas não passou para o segundo turno. Pelo twitter, o coordenador do AfroReggae comemorou a prisão do pastor: "Quero agradecer a nova gestão da DCOD pelo excepcional trabalho nessa prisão. Dr. Marcio Mendonça num curto espaço de tempo arrebentou!". Estranho perfil Marcos Pereira ganhou notoriedade por conseguir convencer criminosos a pôr fim a rebeliões em presídios. Ele chegou a trabalhar junto com a ONG AfroReggae, que se dedica a recuperar moradores de favelas que tiveram envolvimento com o tráfico de drogas. A parceria terminou em fevereiro de 2012, quando José Júnior, em entrevista ao jornal "Extra", acusou o pastor de ter ordenado os ataques realizados por traficantes contra policiais do Rio, em 2006 e 2010. Pereira negou as acusações e processou Júnior por calúnia e difamação, mas o processo foi extinto pela Justiça. |
SAÚDE
Quatro marcas de leite teriam lotes alterados com formol
Confira os produtos que foram retirados de circulação do mercado
As investigações da Operação Leite Compensado, deflagrada pelo Ministério Público (MP) do Estado nesta
quarta-feira, identificaram quatro marcas de leite que teriam lotes alterados
com adição de formol. De acordo com Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), foram detectadas irregularidades em produtos Bom
Gosto, Italac, Latvida e Mumu. A estimativa é de que cerca de 100 milhões de
litros do produto tenham sido adulterados no Estado.
• Procon orienta consumidores Oito pessoas foram presas na ação, entre funcionários e empresários do ramo. Foram cumpridos nove mandados de prisão e oito de busca e apreensão nas cidades gaúchas de Ibirubá, Guaporé, Horizontina. Ainda segundo o MP, cinco empresas de transporte de leite teriam adulterado o produto cru entregue para a indústria. Uma das formas de adulteração identificada é a da adição de uma substância semelhante à ureia e que possui formol em sua composição, na proporção de 1 kg deste produto para 90 litros de água e mil litros de leite. A fraude teria sido comprovada por meio de análises químicas do leite cru, quando foi identificada a presença do formol, que mesmo depois dos processos de pasteurização, persiste no resultado final. Com o aumento do volume do leite transportado, os "leiteiros" lucravam 10% a mais que os 7% já pagos sobre o preço do leite cru, em média R$ 0,95 por litro. As empresas investigadas teriam transportado aproximadamente 100 milhões de litros de leite entre abril de 2012 e maio de 2013. Desse montante, estima-se que um milhão de quilos de ureia, contendo formol, tenham sido adicionados. Amostras coletadas no decorrer da investigação em supermercados de Porto Alegre apontaram fraude em 14 lotes de leite UHT. A simples adição de água, com o objetivo de aumentar o volume, acarreta perda nutricional, que é compensada pela adição da ureia – produto que contém formol em sua composição – e é considerado cancerígeno pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A adulteração consiste em crime hediondo de corrupção de produtos alimentícios, previsto no Código Penal. Lotes de produtos retirados do mercado, coforme o MP: Italac Integral Lotes L05KM3, L13KM3, L18KM3, L22KM4 e L23KM1 Italac Semidesnatado Lote L12KM1 Bom Gosto/Líder UHT Integral Lote TAP1MB Mumu UHT Integral Lote 3ARC Latvida UHT Desnatado (Com fabricação em 16 de fevereiro de 2013 e validade até 16 de junho de 2013). Fonte: cpc |
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