quinta-feira, 31 de maio de 2012

ECONOMIA

IPI de motos importadas, micro-ondas e ar condicionado sobe a 35%


Objetivo da medida é proteger empresas instaladas na Zona Franca de Manaus da concorrência dos importados


O governo elevou a 35% o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para motos importadas, micro-ondas e ar-condicionado. O decreto foi publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU). O objetivo da medida é proteger as empresas instaladas na Zona Franca de Manaus da concorrência dos importados.

O aumento das importações está afetando a concorrência das empresas no Brasil e o governo acredita que a medida é necessária. O governo também está estudando outros setores que poderão ser beneficiados com novas desonerações tributárias. A equipe econômica busca espaço fiscal para as novas medidas.

POLÍTICA

Foragido, prefeito de Dois Irmãos das Missões é preso em Pinheirinho do Vale


Policiais militares encontraram Hedison de Alencar Hermel (PP) em casa de veraneio


 
Foi preso ontem o prefeito de Dois Irmãos das Missões, Hedison de Alencar Hermel (PP), estava foragido desde o dia 15 de março, quando a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado decretou sua prisão e afastamento do cargo.

De acordo com denúncia do Ministério Público, o prefeito e outras sete pessoas, entre funcionários do Executivo e sócios de empresas estariam envolvidos em fraudes de licitações e recebimento de comissões durante a venda de medicamentos ao município.

A pedido do Ministério Público Estadual, Hedison foi preso no final da tarde desta quarta-feira por uma força tarefa do 37.º Batalhão da Polícia Militar de Frederico Westphalen. Segundo o Tenente Evandro Carlos Gambin, que comandou o trabalho, o prefeito foi encontrado no local indicado pelo MP, uma casa de veraneio na costa do Rio Uruguai, no município de Pinheirinho do Vale. Ele não reagiu a prisão.

ECONOMIA

Economia verde pode gerar em 20 anos até 60 milhões de empregos


Conclusão está no relatório Rumo ao Desenvolvimento Sustentável divulgado hoje


Se todos os países adotarem uma economia mais verde como modelo de desenvolvimento, em 20 anos seriam criados entre 15 e 60 milhões de novos empregos no mundo. A conclusão está no relatório Rumo ao Desenvolvimento Sustentável: Oportunidades de Trabalho Decente e Inclusão Social em uma Economia Verde, divulgado nesta quinta-feira pela Iniciativa Empregos Verdes.

O grupo, que reúne especialistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Internacional de Empregadores (OIE) e da Confederação Sindical Internacional (CSI), mostra que o atual modelo de desenvolvimento não é mais capaz de gerar emprego produtivo e trabalho decente.

“Se a situação continuar como hoje, os níveis de produtividade dos países em 2030 serão 2,4% menores do que os atuais. Em 2050, esses níveis cairiam 7,2%. Os índices coincidem com estimativas de estudos sobre danos econômicos produzidos pela degradação do meio ambiente e a redução dos ecossistemas básicos”, sugere o relatório.

Em contrapartida, considerando apenas os empregos relacionados a produtos e serviços ambientais nos Estados Unidos, 3 milhões de pessoas já se beneficiam do novo padrão. Na União Europeia, existem 14,6 milhões de empregos diretos e indiretos na proteção da biodiversidade e recuperação dos recursos naturais e florestas, sendo mais de meio milhão só na Espanha.

Na Colômbia e no Brasil, os organismos internacionais destacaram a formalização e organização de quase 20 milhões de catadores informais. Ampliando as possibilidades de ocupação, o relatório aponta que o Brasil já criou cerca de 3 milhões de empregos com iniciativas sustentáveis, o que representa aproximadamente 7% do emprego formal.

De acordo com o estudo, é possível obter ganhos líquidos na taxa de emprego entre 0,5% e 2% do emprego total existente hoje. Mas os especialistas alertam que, para que o novo modelo funcione, é preciso combinar políticas.

As orientações indicadas no relatório elencam incentivos financeiros para estimular a mudança de padrões nas empresas, a adoção de um diálogo permanente com os diversos setores da sociedade e a garantia de políticas de mercado de trabalho que complementem políticas econômicas e socioambientais.

“A Lei Nacional de Garantia de Emprego Rural na Índia e na habitação social e os programas de bolsas verdes no Brasil são bons exemplos de políticas de proteção social que contribuem para o desenvolvimento sustentável”, destaca o documento.