sexta-feira, 13 de abril de 2012

ECONOMIA

CURVA DE PHILLIPS


Em macroeconomia, a curva de Phillips representa uma relação de trade-off entre inflação e desemprego, que permite analisar a relação entre ambos, no curto prazo. Segundo esta teoria, desenvolvida pelo economista neozelandês Willian Phillips, uma menor taxa de desemprego leva a um aumento da inflação, e uma maior taxa de desemprego a uma menor inflação. Contudo, esta relação não é válida no longo prazo, uma vez que a taxa de desemprego é basicamente independente da taxa de inflação conforme outras variáveis vão se alterando.
Baseando-se em dados da economia do Reino Unido no período de 1957 a 1961, Phillips mostrou haver uma correlação negativa entre a inflação e o desemprego. Poucos anos depois, outros dois cientistas, Paul Samuelson e Robert Solow, confirmaram a descoberta ao utilizarem dados da economia dos Estados Unidos da América e resolveram batizar o modelo como curva de Phillips. Nos anos 70, a relação prevista pela curva de Phillips original deixou de ser verificada de forma empírica, pois as grandes economias experimentaram altas taxas de inflação e de desemprego simultaneamente. Quando o período de crise foi superado, a correlação mais evidente passou a ser entre a taxa de desemprego e a variação da taxa de inflação, o que abriu caminho para reformas na proposição original. Milton Friedman e Edmund Phelps foram dois economistas que se dedicaram a estudar a relação proposta por Phillips. A versão Friedman-Phelps da curva de Phillips, conhecida também por curva de Phillips aceleracionista, acrescenta à equação original a análise das expectativas. Utilizando o método das expectativas adaptativas ela indica que, para que se mantenha a taxa de desemprego a níveis inferiores ao da taxa de desemprego natural, o que importa não é a taxa de inflação, mas sim sua variação, necessitando-se assim de taxas de inflação cada vez maiores para manter as taxas de desemprego abaixo da taxa natural.
Assim, pode-se comprovar mais consistentemente, que a relação inversa entre a inflação e o desemprego se dá quando a inflação observada está acima das expectativas, e que, de fato, isso se dará somente no curto prazo, já que no longo prazo a inflação observada tornar-se-á igual à esperada, quando então não será verificada nenhuma relação entre a inflação e o desemprego.
A equação matemática
A partir da relação existente entre o nível de preços, o nível de preços antecipado e a taxa de desemprego:
  • P = f(Pe, u)
Onde:
P = nível de preços
Pe = nível de preços antecipados
u = taxa de desemprego
Pode-se deduzir uma nova função relacionando a taxa de inflação, a taxa de inflação antecipada e a taxa de desemprego, na forma:
  • p = f(pe, u)
Onde:
p = taxa de inflação
pe = taxa de inflação antecipada
u = taxa de desemprego
Assim, a taxa de inflação tenderá a variar positivamente com a inflação antecipada e negativamente com a taxa de desemprego. É válido lembrar que existem coeficientes que dão maior ou menor peso a esses fatores determinantes da taxa de inflação.

A curva de Phillips original

Embora não ocorra em tempos atuais, a inflação média nos períodos pesquisados por Phillips e depois por Paul Samuelson e Robert Solow tendia para zero. Com uma inflação média tendendo a zero em períodos passados, levantou-se a hipótese de que a taxa de inflação esperada também seria zero, de forma que a relação descrita acima passaria a ser p = f(u) (taxa de inflação apenas em função da taxa de desemprego). Com isso, pode-se dizer que essa primeira versão da curva de Phillips desconsiderou a existência de um eventual espiral de salários e preços, períodos em que elevações no salário nominal provocam elevações no nível geral de preços, e vice versa.

A curva de Phillips com expectativas

Como nos referimos no tópico da equação matemática, existem coeficientes ou multiplicadores que tornam os fatores determinantes da taxa de inflação com maior ou menor peso. Vamos supor que para a formação das expectativas a inflação esperada pe seja dada por: pe(t) = v . p(t-1)
Observe a inflação esperada do período t é uma função da inflação do período t + 1, multiplicada pelo coeficiente v. Afirma-se que v tendia a zero antes da década de 70 e que passou a tender a 1 após esse período.
Note que substituindo v = 0 na função p = f(pe, u) teremos p = f(u), ou seja, a curva de Phillips original onde a inflação é função do desemprego.
Substituindo v = 1 na mesma função teremos p = f(p(t-1), u), onde a taxa de inflação é uma função da taxa de inflação do período anterior e da taxa de desemprego.
Por fim, apresentamos a função da curva de Phillips como sendo p(t) = pe(t) + (m + z) - wu(t), de forma que m (markup das empresas) e z (outros fatores que afetem a fixação de salários) são coeficientes lineares que representam elementos estruturais da economia e w é o multiplicador do desemprego.
Substituindo pe(t) = p(t-1), temos que p(t) = p(t-1) + (m + z) - wu(t) ou ainda p(t) - p(t-1) = (m + z) - wu(t).

Fonte: wikipedia 

MACROECONOMIA

CONCEITOS DE MACROECONOMIA

MACROECONOMIA: é a parte da teoria econômica que estuda os agentes econômicos em seu conjunto. Tem como objetivo determinar os fatores que interferem no nível total da renda e do produto de uma economia.

RENDA: é a soma das remunerações feitas aos fatores da produção empregados no processo produtivo durante um certo período de tempo, ou seja, é o total dos salários, aluguéis, juros e lucros.

PRODUTO: é a soma dos valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos por um país num determinado período de tempo.

O PRINCIPAL OBJETIVO DA TEORIA MACROECONÔMICA: é obter uma visão simplificada do funcionamento da economia que, porém, permita ao mesmo tempo conhecer e atuar sobre o nível da atividade econômica de um determinado país ou de um conjunto de países. Ou seja, analisar como são determinados os preços e as quantidades dos bens produzidos e dos fatores de produção existentes na economia. Resumindo, determinar os fatores que influenciam o nível da renda e do produto do sistema econômico.

•O problema fundamental da economia é a escassez de recursos e as necessidades ilimitadas, tendo em vista que os recursos devem ser empregados de maneira racional, adequada, para conseguir maior quantidade de produtos ou satisfação
•Os economistas sentiram a necessidade de criar meios que lhes permitissem medir e avaliar as atividades econômicas desenvolvidas pela sociedade. Com isso surgiu a Contabilidade Social ou CNA – Contabilidade Nacional, que nos dá em termos quantitativos, o desempenho global da economia.

CONTABILIDADE NACIONAL – é o registro contábil da atividade econômica de um país num dado período de tempo (normalmente um ano). È uma técnica que se preocupa com a definição e os métodos de quantificação dos principais agregados macroeconômicos, como produto nacional, consumo global, investimentos, exportações, entre outros.

SISTEMA DE CONTAS NACIONAL (Sistema ONU).
Trata-se de um sistema baseado em quatro contas relativas à produção, apropriação (ou utilização da renda) e acumulação (ou formação de capital) dos agentes econômicos (famílias, firmas ou empresas, setor público e setor externo) criado pelo inglês Richard Stone:
· Conta do produto interno bruto (produção);
· Conta renda nacional disponível líquida (apropriação);
· Conta transações correntes com o resto do mundo;
· Conta de capital (acumulação);
Os lançamentos das transações são efetuados de acordo com o método das partidas dobradas, sem a contrapartida caixa. Apresenta-se também a conta corrente das administrações públicas. Esta conta discrimina as contas do governo, incluindo impostos diretos, contribuições previdenciárias entre outros.