quarta-feira, 23 de maio de 2012

EDUCAÇÃO


Inscrições para terceira edição da olimpíada vão até o dia 25


 

Os textos para a Olimpíada são redigidos pelos alunos, mas a participação dos professores é fundamental (Foto: João Bittar/Arquivo MEC) Secretarias de educação de estados, municípios e Distrito Federal e escolas públicas da rede de educação básica têm prazo até o dia 25 próximo para fazer a inscrição na terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. O processo de inscrição tem duas etapas. A primeira, de adesão das secretarias; a segunda, das escolas.

A olimpíada é promovida pelo Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A proposta da competição é estimular a leitura e o desenvolvimento da escrita entre estudantes da educação básica pública, que vão desenvolver, em quatro gêneros, o tema O Lugar onde Vivo. Alunos do quinto e do sexto anos do ensino fundamental abordarão o tema na forma de poemas; do sétimo e oitavo, de memórias literárias; do nono ano do ensino fundamental e da primeira série do ensino médio, de crônicas; da segunda e da terceira séries do ensino médio, de artigos de opinião.

A olimpíada também proporciona capacitação a professores. Ao acompanhar seus alunos na competição, eles integram um processo de formação. As redes oferecem cursos e oficinas de revisão de conteúdos de língua portuguesa. “Um dia, estou na sala de aula, com meu aluno, lendo e produzindo textos; no outro, estou, como cursista, participando de uma formação presencial”, destaca a professora Joana D’Arc Gonçalves Silva, da Escola Dom Bosco, de Aliança, Pernambuco.

Prêmios — Dividida em etapas, a seleção dos trabalhos elaborados pelos estudantes começa na escola, passa por município, estado e região e chega ao âmbito nacional. A premiação compreende entrega de medalhas, obras literárias, microcomputadores e aparelhos de som portáteis, entre outros itens, a 20 estudantes e 20 professores. Nas fases intermediárias há prêmios também para alunos e docentes e para as escolas.

Na segunda edição, em 2010, a olimpíada teve a participação de aproximadamente 7 milhões de alunos e de 239,4 mil professores, representantes de 60,1 mil escolas públicas.

As inscrições para a terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro devem ser feitas pela internet, na página Comunidade Virtual.

ECONOMIA

 


O governo brasileiro adotou uma nova política de redução dos juros por meio de bancos estatais. O objetivo é forçar as instituições particulares a também reduzirem as taxas. Assim, quem tem algum financiamento ou fez empréstimo e paga mais de 9% de juros por ano pode procurar o banco para tentar renegociar a dívida.

O comerciante Wanderson Mariano Gonçalves precisa pagar parcelas de um carro de R$ 598,90 por mês. O financiamento vai terminar apenas em 2014. Com a ajuda do economista Luiz Edmundo de Oliveira, ele calculou como pode ser beneficiado pela medida do governo. Wanderson pode poupar R$ 6 mil no fim do carnê, com economia de 100 reais por parcela.


ECONOMIA

Redução de juros e portabilidade bancaria levam pessoas a renegociar dívida

A transferência da conta-salário não é uma obrigação na hora de contratar crédito bancário
 

A redução de juros está levando muitas famílias a buscar as instituições financeiras para negociar suas dívidas. Isso é possível por meio da portabilidade de crédito ou da transferência da conta-salário. E o estímulo para isso é a redução dos juros anunciadas pelos bancos públicos nos últimos dias.
A transferência da conta-salário não é uma obrigação na hora de contratar crédito bancário, como empréstimo habitacional, mas pode ser uma conveniência para o cliente que movimenta certos serviços como cheque especial, cartão de crédito do banco, CDCs e outros.
Na disputa por clientes em busca de menores juros, bancos como a Caixa Econômica Federal anunciou o programa Caixa Melhor Crédito, com redução de juros em linhas de empréstimo para pessoas físicas e pequenas e médias empresas. Crédito consignado, financiamento de veículos, cartões, financiamento ao consumo e capital de giro para empresas tiveram cortes nas taxas que chegaram a 88%.
A instituição quer atrair 2 milhões de novos clientes no País com a redução de taxas de juros. As medidas impactam imediatamente 25 milhões de correntistas da Caixa que usam os produtos.
No cheque especial, por exemplo, a taxa caiu 67% e, dependendo do relacionamento do cliente com o banco, foi para 1,35% ao mês. No financiamento de veículos, baixou para 0,98%. Na pessoa jurídica, a taxa para capital de giro caiu de 2,72% para 0,94% ao mês.
O especialista em Direito Tributário Alberto Monteiro Neto, explica que a portabilidade prevê que quem tem algum tipo de financiamento com um banco (empréstimo pessoal, financiamento de carro ou imóvel, por exemplo) possa transferir essa dívida para outra instituição que ofereça melhores condições de juros e prazos, sem que precise pagar por esta transferência.
“A portabilidade promove um estímulo ao consumo e endividamento, trocar de banco é bom tecnicamente, mas o consumidor continua gastando mais do que tem condições de pagar. Trocar não resolve a causa do problema da família, o que pode se agravar ao comprometer a capacidade de endividamento", disse o advogado.
Para Alberto Neto “O momento de usar o crédito com o benefício de ter o menor juro, mas para sair do endividamento em definitivo é necessário que as famílias façam uma verdadeira faxina financeira no orçamento da família, buscando reduzir o custo de vida para poder renegociar suas dívidas juntos aos bancos”, finalizou o especialista.

POLITICA

Câmara aprova PEC do Trabalho Escravo com 360 votos favoráveis


Dois deputados gaúchos votaram contra o projeto que prevê expropriação de terras que mantêm a prática


Câmara aprova PEC do Trabalho Escravo com 360 votos favoráveis<br /><b>Crédito: </b> Renato Araújo / Agência Câmara / CP
Câmara aprova PEC do Trabalho Escravo com 360 votos favoráveis
Crédito: Renato Araújo / Agência Câmara / CP
Câmara aprova PEC do Trabalho Escravo com 360 votos favoráveis
Crédito: Renato Araújo / Agência Câmara / CP
A Câmara dos Deputados acaba de aprovar, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Trabalho Escravo por 360 votos favoráveis, 29 contrários e 25 abstenções. Com isso, a matéria volta ao Senado Federal para votações em dois turnos.

Dois parlamentares gaúchos votaram contra o texto aprovado: Alceu Moreira (PMDB) e Luiz Carlos Heinze (PP). O presidente da Câmara, Marco Maia, não votou respeitando o artigo 17 que prevê sua abstenção.

A PEC foi à votação depois de dez anos tramitando no Congresso. A votação em primeiro turno ocorreu em agosto de 2004. A pressão em favor do texto é grande e conta com a participação de organizações não governamentais ligadas à defesa dos direitos humanos, de centrais sindicais e do próprio governo, que estão se mobilizando desde o ano passado para garantir a aprovação.

O artigo mais polêmico trata da expropriação de terras no caso de propriedades rurais que utilizam a prática em seus cultivos. Os parlamentares que são contra a PEC queriam uma definição mais precisa sobre a perda da propriedade, se comprovada responsabilidade sobre a manutenção de trabalhadores em situação análoga à escravidão. Os deputados da bancada ruralista consideraram o texto da PEC genérico, pois não detalha com exatidão os conceitos de trabalho escravo e trabalho degradante.

Na semana passada, após diversos debates sobre o texto, deputados e senadores fecharam um acordo. Quando a Câmara aprovar o projeto, o Senado deve incluir no texto a regulamentação por meio de projeto de lei complementar (PLC). Esse PLC deverá detalhar o que caracteriza trabalho escravo, o que é trabalho degradante e como será feita a punição de quem promove a atividade – que pode chegar à expropriação dos imóveis urbanos e rurais daqueles que forem flagrados utilizando esse tipo de mão de obra.

Confira os votos dos parlamentares do RS:


Alceu Moreira (PMDB) – Não
Alexandre Roso (PSB) – Sim
Assis Melo (PC do B) – Sim
Bohn Gass (PT) – Sim
Danrlei de Deus Hinterholz (PSD) – Sim
Darcísio Perondi (PMDB) – Sim
Eliseu Padilha (PMDB) – Sim
Fernando Marroni (PT) – Sim
Giovani Cherini (PDT) – Sim
Henrique Fontana (PT) – Sim
José Stédile (PSB) – Sim
Luis Carlos Heinze (PP) – Não
Luiz Noé (PSB) – Sim
Manuela D`ávila (PC do B) – Sim
Marco Maia (PT) – Art. 17
Marcon (PT) – Sim
Osmar Terra (PMDB) – Sim
Paulo Ferreira (PT) – Sim
Paulo Pimenta (PT) – Sim
Renato Molling (PP) – Sim
Ronaldo Nogueira (PTB) – Sim
Ronaldo Zulke (PT) – Sim
Sérgio Moraes (PTB) – Sim
Vieira da Cunha (PDT) – Sim