terça-feira, 30 de julho de 2013


Municípios brasileiros avançam em saúde, educação e renda

29/07/2013 16:00 - Portal Brasil

 

País teve aumento de 47,8% no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre 1991 e 2010 graças a melhora acentuada em longevidade, educação e renda

 

Divulgação/Gov da Bahia   Lista de cidades brasileiras com melhor e pior qualidade de vida no País é divulgada  Ampliar

  • Lista de cidades brasileiras com melhor e pior qualidade de vida no País é divulgada

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou nesta segunda-feira (29) os dados do Atlas Brasil 2013, que apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 5.565 municípios. O Brasil registrou um salto de 47,8% no IDHM do país entre 1991 e 2010, um avanço consistente puxado pela melhora acentuada dos municípios menos desenvolvidos nas três dimensões acompanhadas pelo índice: longevidade, educação e renda.

O Atlas é elaborado a cada dez anos com os dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A edição de 2013 avalia e categoriza os dados atualizados do Censo de 2010 para construir o indicador.

O índice considera que apenas o crescimento econômico não é suficiente para medir o desenvolvimento de uma cidade: o IDHM é constituído da avaliação de critérios relacionados à saúde, educação e renda. Em termos numéricos o índice é calculado de zero a um - zero significa nenhum desenvolvimento humano, e 1, desenvolvimento humano total. Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o município.

O trabalho permite, além do IDHM, a consulta a mais 180 indicadores socioeconômicos, como o acesso a serviços básicos e situação de vulnerabilidade das famílias. A consulta é feita por meio de uma plataforma online, que disponibiliza dados por município com tabelas, gráficos e mapas.

 

Desigualdades entre cidades e regiões

 

Os indicadores de 2013 reafirmam as desigualdades entre as cidades brasileiras. O IDHM do município com melhor resultado, São Caetano do Sul (SP), é quase o dobro de Melgaço (PA), considerado o pior. O estudo também aponta as desigualdades entre as regiões. Os vinte municípios com pior IDHM estão nas regiões Norte e Nordeste. Já na lista dos vinte melhores, além da capital Brasília, todos os outros são municípios do Sul e Sudeste. Destes cinco são capitais: Florianópolis, Vitória, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte.

O IDHM do Brasil saltou de 0,493 (Muito Baixo Desenvolvimento Humano) para 0,727 (Alto Desenvolvimento Humano). O IDHM Longevidade (0,816) é o que mais contribui em termos absolutos para o nível atual do IDHM do Brasil. Esta evolução da dimensão Longevidade reflete o aumento de 9,2 anos (ou 14,2%) na expectativa de vida ao nascer entre 1991 e 2010. Neste mesmo período, o IDHM Longevidade do país acumulou alta de 23,2%. Neste item, os cinco municípios do topo da lista são de Santa Catarina. Já entre os que os ocupam as últimas posições, cinco estão em estados do Nordeste. A escolaridade é outro critério que compõe o IDHM. O acesso à educação é medido pela média de anos de educação de adultos e pela expectativa de anos de escolaridade para crianças. O IDHM Escolaridade tem a maior distorção entre os municípios. Melgaço (PA) tem índice quatro vezes pior que Águas de São Pedro (SP), que apresenta o melhor resultado. A cidade paraense está no fi nal da lista com outros quatro municípios do Norte.

No IDHM Renda, o crescimento no período de 1991 a 2010 foi de 14,2%, o equivalente a cerca de R$ 346 de aumento na renda per capta mensal, com números ajustados para valores de agosto de 2010. Apesar do avanço, apenas 11,1% dos municípios avaliados possuem um IDHM Renda superior ao IDHM Renda do Brasil. O critério usado para calcular a renda média de cada pessoa é a renda municipal per capita, ou seja, a renda média de cada residente no município. Para se chegar a esse valor soma-se a renda de todos os residentes e divide-se pelo número de pessoas que moram no município (inclusive crianças ou pessoas com renda igual a zero). Quatro cidades com o IDHM Renda mais baixos do País são do estado do Maranhão. Já o mais alto do País é da cidade com o maior IDHM geral: São Caetano do Sul, SP, seguida de Niterói no Rio de Janeiro e Vitória, no Espírito Santo.

O IDHM Educação (0,637) é o que tem a menor contribuição em termos absolutos para o valor atual do IDHM do Brasil e também o que possui o maior hiato (0,363). Mas de 1991 a 2010, o indicador foi o que registrou o maior crescimento absoluto (0,358) e a maior elevação em termos relativos (129%) entre as três dimensões do índice. Saiu de 0,278 em 1991, para 0,637 em 2010, um movimento puxado, principalmente, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem (ou 2,5 vezes) no período. Na mesma comparação, a escolaridade da população adulta, outro subíndice do IDHM Educação, ficou quase duas vezes maior na comparação com 1991 (alta de 82,4%).

 

Comparação com o Atlas 2003

 

 

São Caetano do Sul eÁguas de São Pedro (SP) continuam sendo as duas cidades com maior IDH, em relação ao Atlas de 2003 (feito com base no Censo de 2000). Entre as 10 cidades com os melhores índices, entraram em 2013 as capitais Vitória (ES) e Brasília (DF) e ficaram de fora na edição deste ano, Porto Alegre (RS) e Fernando de Noronha (Distrito de PE).

No ranking das 20 cidades com melhor IDH, o estado de SP foi quem melhorou: tinha cinco cidades no Atlas 2003 e agora, em 2013, tem onze. Já o Rio Grande do Sul foi quem mais "perdeu" cidades da lista: tinha cinco cidades e agora não tem nenhuma.

Já entre as cidades com o IDHM mais baixo, o Pará, que em 2003 não tinha nenhuma cidade entre as 20 da lista, em 2013, possui seis municípios com os índices mais baixos. E o Maranhão, que em 2003 tinha oito municípios nesta lista, agora, em 2013, possui apenas duas cidades.

O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 é uma parceria entre o Instituto de Economia Aplicada (Ipea), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Fundação João Pinheiro (FJP).

 

Fontes:

PNUD

Com dados da Agência Brasil

 

Fwd: EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL SEGUNDO A ONU


Municípios brasileiros avançam em saúde, educação e renda

29/07/2013 16:00 - Portal Brasil

 

País teve aumento de 47,8% no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre 1991 e 2010 graças a melhora acentuada em longevidade, educação e renda

 

Divulgação/Gov da Bahia   Lista de cidades brasileiras com melhor e pior qualidade de vida no País é divulgada  Ampliar

  • Lista de cidades brasileiras com melhor e pior qualidade de vida no País é divulgada

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou nesta segunda-feira (29) os dados do Atlas Brasil 2013, que apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 5.565 municípios. O Brasil registrou um salto de 47,8% no IDHM do país entre 1991 e 2010, um avanço consistente puxado pela melhora acentuada dos municípios menos desenvolvidos nas três dimensões acompanhadas pelo índice: longevidade, educação e renda.

O Atlas é elaborado a cada dez anos com os dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A edição de 2013 avalia e categoriza os dados atualizados do Censo de 2010 para construir o indicador.

O índice considera que apenas o crescimento econômico não é suficiente para medir o desenvolvimento de uma cidade: o IDHM é constituído da avaliação de critérios relacionados à saúde, educação e renda. Em termos numéricos o índice é calculado de zero a um - zero significa nenhum desenvolvimento humano, e 1, desenvolvimento humano total. Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o município.

O trabalho permite, além do IDHM, a consulta a mais 180 indicadores socioeconômicos, como o acesso a serviços básicos e situação de vulnerabilidade das famílias. A consulta é feita por meio de uma plataforma online, que disponibiliza dados por município com tabelas, gráficos e mapas.

 

Desigualdades entre cidades e regiões

 

Os indicadores de 2013 reafirmam as desigualdades entre as cidades brasileiras. O IDHM do município com melhor resultado, São Caetano do Sul (SP), é quase o dobro de Melgaço (PA), considerado o pior. O estudo também aponta as desigualdades entre as regiões. Os vinte municípios com pior IDHM estão nas regiões Norte e Nordeste. Já na lista dos vinte melhores, além da capital Brasília, todos os outros são municípios do Sul e Sudeste. Destes cinco são capitais: Florianópolis, Vitória, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte.

O IDHM do Brasil saltou de 0,493 (Muito Baixo Desenvolvimento Humano) para 0,727 (Alto Desenvolvimento Humano). O IDHM Longevidade (0,816) é o que mais contribui em termos absolutos para o nível atual do IDHM do Brasil. Esta evolução da dimensão Longevidade reflete o aumento de 9,2 anos (ou 14,2%) na expectativa de vida ao nascer entre 1991 e 2010. Neste mesmo período, o IDHM Longevidade do país acumulou alta de 23,2%. Neste item, os cinco municípios do topo da lista são de Santa Catarina. Já entre os que os ocupam as últimas posições, cinco estão em estados do Nordeste. A escolaridade é outro critério que compõe o IDHM. O acesso à educação é medido pela média de anos de educação de adultos e pela expectativa de anos de escolaridade para crianças. O IDHM Escolaridade tem a maior distorção entre os municípios. Melgaço (PA) tem índice quatro vezes pior que Águas de São Pedro (SP), que apresenta o melhor resultado. A cidade paraense está no final da lista com outros quatro municípios do Norte.

No IDHM Renda, o crescimento no período de 1991 a 2010 foi de 14,2%, o equivalente a cerca de R$ 346 de aumento na renda per capta mensal, com números ajustados para valores de agosto de 2010. Apesar do avanço, apenas 11,1% dos municípios avaliados possuem um IDHM Renda superior ao IDHM Renda do Brasil. O critério usado para calcular a renda média de cada pessoa é a renda municipal per capita, ou seja, a renda média de cada residente no município. Para se chegar a esse valor soma-se a renda de todos os residentes e divide-se pelo número de pessoas que moram no município (inclusive crianças ou pessoas com renda igual a zero). Quatro cidades com o IDHM Renda mais baixos do País são do estado do Maranhão. Já o mais alto do País é da cidade com o maior IDHM geral: São Caetano do Sul, SP, seguida de Niterói no Rio de Janeiro e Vitória, no Espírito Santo.

O IDHM Educação (0,637) é o que tem a menor contribuição em termos absolutos para o valor atual do IDHM do Brasil e também o que possui o maior hiato (0,363). Mas de 1991 a 2010, o indicador foi o que registrou o maior crescimento absoluto (0,358) e a maior elevação em termos relativos (129%) entre as três dimensões do índice. Saiu de 0,278 em 1991, para 0,637 em 2010, um movimento puxado, principalmente, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem (ou 2,5 vezes) no período. Na mesma comparação, a escolaridade da população adulta, outro subíndice do IDHM Educação, ficou quase duas vezes maior na comparação com 1991 (alta de 82,4%).

 

Comparação com o Atlas 2003

 

 

São Caetano do Sul eÁguas de São Pedro (SP) continuam sendo as duas cidades com maior IDH, em relação ao Atlas de 2003 (feito com base no Censo de 2000). Entre as 10 cidades com os melhores índices, entraram em 2013 as capitais Vitória (ES) e Brasília (DF) e ficaram de fora na edição deste ano, Porto Alegre (RS) e Fernando de Noronha (Distrito de PE).

No ranking das 20 cidades com melhor IDH, o estado de SP foi quem melhorou: tinha cinco cidades no Atlas 2003 e agora, em 2013, tem onze. Já o Rio Grande do Sul foi quem mais "perdeu" cidades da lista: tinha cinco cidades e agora não tem nenhuma.

Já entre as cidades com o IDHM mais baixo, o Pará, que em 2003 não tinha nenhuma cidade entre as 20 da lista, em 2013, possui seis municípios com os índices mais baixos. E o Maranhão, que em 2003 tinha oito municípios nesta lista, agora, em 2013, possui apenas duas cidades.

O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 é uma parceria entre o Instituto de Economia Aplicada (Ipea), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Fundação João Pinheiro (FJP).

 

Fontes:

PNUD

Com dados da Agência Brasil




Mensagem original
De: pricardocam < pricardocam@bol.com.br >
Para: pricardocam.concursos@blogger.com < pricardocam.concursos@blogger.com >
Assunto: EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL SEGUNDO A ONU
Enviada: 30/07/2013 20:55

 
 

EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL SEGUNDO A ONU

 

EDUCAÇÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


Educação derruba desempenho de pior cidade gaúcha no IDH

Prefeito Claudio Lesnik aponta questão cultural pela evasão escolar em Dom Feliciano

Cidade gaúcha com o pior desempenho no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Dom Feliciano enfrenta um problema cultural, acredita o prefeito Claudio Lesnik (PSDB), que governa a cidade desde janeiro. Na avaliação, o município da região Centro-Sul do Estado, manteve bons números referentes à longevidade (0.818) e renda per capita (0.633), mas o baixo nível da educação (0.390) influenciou o resultado final, colocando a cidade em 4467º lugar no ranking nacional, com IDHM de 0.587. O IDHM do Rio Grande do Sul ficou em 0,746. No País, o índice é de 0,727.

Com uma área de 1.300 km² e 80% da população residente na área rural, a economia de Dom Feliciano é baseada na agropecuária. Na educação, a grande dificu ldade é levar estudantes para as escolas da zona urbana. E mantê-los nas salas de aula. "É mais uma questão de cultura, de conhecimento da população. Quem trabalha na zona urbana faz questão de manter a sua criança na escola. Mas no interior é bem diferente. É difícil convencer uma mãe a colocar seu filho pequeno no ônibus. E depois que crescem, há o problema da evasão escolar", disse Lesnik ao Correio do Povo.

Atualmente, há 54 alunos de zero a quatro anos matriculados nas creches municipais. O município trabalha na construção de duas novas instituições, para a abertura de 240 vagas na zona urbana. "Em termos de vagas, vai estar resolvida a questão das creches a partir do ano que vem. Mas é um problema muito sério convencer os pais de matricular os filhos", reforçou o prefeito. No caso do pré-escolar, sobram vagas no interior. "Nós temos que criar 232 vagas a mais para essa faixa etária. Mas na zona rural há 35 vagas abertas e não tem alunos", emendou Lesnik.

Outro fator que prejudica o desenvolvimento da educação em Dom Feliciano é a evasão de alunos de 11 a 13 anos de idade, que estão nas séries finais do ensino fundamental. "Nessa faixa etária, os estudantes não vão mais a aula para trabalhar com os pais na agricultura", disse o prefeito. No ensino médio, a situação se agrava. "Até os 18 anos, esses alunos estão até se casando já, formando família e apenas trabalhando no meio rural", sustentou.

A taxa apurada pela pesquisa da ONU revela o nível de desenvolvimento humano de determinada região do Brasil. O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor. A pesquisa considera indicadores de longevidade (saúde), renda e educação. A classificação varia de 'Muito Baixo' - inferior a 0,499 – e 'Alto', com o indicador que varia de 0,700 a 0,799.

Geração de renda e expectativa de vida

A renda per capita de Dom Feliciano praticamente dobrou em duas décadas. Em 1991, a taxa era de R$ 236,00 e em 2010 subiu paraR$ 409,72 por habitante, estando dentro da média brasileira. No período, a extrema pobreza passou de 50,26% para 22,12%.

Segundo o prefeito da cidade, há expectativa de investimento em energia eólica, o que fortaleceria ainda mais a economia da região. "Nossa esperança é melhorar a arrecadação com a influência econômica. Uma possibilidade que está cada vez mais próxima é o investimento em energia eólica na área rural. Investidores de São Paulo estão em negociação sobre o assunto", revelou o prefeito sem fornecer muitos detalhes. Caso a parceria seja concretizada, a empresa poderá investir aproximadamente R$ 1bilhão. "Isso mudaria totalmente a realidade econômica do município", projetou.

Quando se fala em saúde, a taxa de longevidad e dos moradores de Dom Feliciano é a mais alta entre os itens que compõem o IDHM. Com 0,818, está um pouco abaixo que a média no Estado, que é 0,840, e um pouco acima da nacional, que é 0,816. Conforme o prefeito, comparando com anos anteriores, a média de vida que era de 65 anos no municíío em 1991 passou para 70 anos em 2000 e 74 anos em 2010.

 
 
Fonte: Correio do Povo 30/07/2013