quinta-feira, 20 de junho de 2013

Empresa de ônibus pede aumento de tarifa!

Em meio a protestos, empresa de ônibus pede tarifa a R$ 5,24 em Cachoeirinha


Prefeito já descartou reajuste e cogita reduzir tarifa, com base em auditoria


O prefeito de Cachoeirinha, Vicente Pires, descartou nesta quarta-feira atender o pedido da concessionária Stadtbus para que o valor da tarifa suba de R$ 2,80 para R$ 5,24. O último reajuste foi concedido em novembro de 2012, depois de quase três anos congelado.

O prefeito considerou o pedido exagerado e em momento inadequado, e dispensou submeter o caso à apreciação do Conselho Municipal de Transporte. Segundo Vicente, a empresa mostra "insensibilidade total" com o cenário que vive o País, com a população clamando nas ruas por transporte público mais barato e eficiente. Em Cachoeirinha, o protesto foi marcado para sexta-feira.

Pires antecipou, inclusive, que cogita reduzir o valor da passagem, e que espera o resultado de uma auditoria contratada pela Secretaria de Mobilidade Urbana. O cálculo deve ficar pronto até 15 de julho. Em Cachoeirinha, o volume de isenções criado ao longo dos anos pesa no transporte coletivo. Cerca de 30% dos 272 mil passageiros – o equivalente a quase 100 mil pessoas – passa de graça nas roletas.
 
Fonte: cp

POLÍTICA - RIO GRANDE DO SUL

Governo divulga nota respondendo exigências de manifestantes


De forma oficial, Piratini se posicionou contra PEC 37 e projeto da “cura gay”


Governo divulga nota respondendo exigências de manifestantes<br /><b>Crédito: </b> Camila Domingues / Palácio Piratini / CP
Governo divulga nota respondendo exigências de manifestantes
Crédito: Camila Domingues / Palácio Piratini / CP
O governo do Estado divulgou uma nota oficial na tarde desta quarta-feira respondendo as exigências dos manifestantes. Atendendo a reivindicações como posição contrária ao projeto da “cura gay” e à PEC 37, o documento pede uma manifestação sem violência e depredação amanhã.

No protesto ocorrido na noite de segunda-feira, houve duas horas de manifestação pacífica seguidos de cenas de violência, vandalismo e confronto de uma minoria com a Brigada Milar. Mais de 40 pessoas acabaram detidas e pelo menos três precisaram de atendimento no Hospital de Pronto Socorro.

Leia a íntegra da nota oficial:
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul considera importante a pauta de reivindicações apresentada pelos movimentos sociais ora em mobilização, e se propõe a acolher as referidas propostas, bem como a aprofundar ações que já estão em andamento no Executivo relacionadas com a pauta apresentada.

O Governo do Estado está disponível para auxiliar a prefeitura da Capital na solução da questão tarifária do transporte coletivo, inclusive disposto a renunciar a impostos, a partir da demonstração de que isso incidirá na planilha de custos, para proporcionar a maior redução possível. O governador Tarso Genro renova seu compromisso e sua intenção nesse sentido, sobretudo quanto à busca de soluções para a redução da passagem de ônibus em Porto Alegre.

Na área da saúde, o governo gaúcho está investindo 12% do orçamento total, o que representa R$ 2,2 bilhões. Isso equivale a um aumento de 124% em relação ao ano de 2010. Em transferências para os municípios, alcançamos a marca de R$ 375 milhões em 2012. Este índice será ainda maior em 2013. Além disso, está sendo implantada uma tecnologia inovadora na gestão do SUS, que vai aumentar a eficiência e a transparência nesses investimentos na área da saúde. Nos próximos seis meses, entregaremos 18 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em diversas regiões do Estado, o que incrementará esta política pública fundamental. Entretanto, estamos dispostos a verificar, junto com representantes do movimento, se existe alguma proposição concreta de melhoria nas políticas públicas de saúde.

Uma educação de qualidade é prioridade da gestão. Investimos forte em construção de novas escolas e obras de reforma. Já foram reformadas e consertadas 1580 escolas estaduais. Serão iniciadas até o final de 2014 mais 524 reformas pesadas, reconstruções e construções nas escolas públicas, estas com recursos federais.

O Executivo é a favor da total transparência na gestão do Estado. Por isso, instituímos, em nosso governo, o Departamento de Prevenção à Corrupção, o Portal de Acesso à Informação e, recentemente, uma ferramenta digital de monitoramento do andamento das principais obras e ações do Governo, chamada "De olho nas obras". O Rio Grande do Sul foi ainda o primeiro Estado a aderir à Lei de Acesso à Informação e coloca a arrecadação do Governo, a folha de pagamento e a aplicação dos recursos à total disposição do movimento, para seu conhecimento e avaliação.

O Governo do Estado é contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 37. O governador Tarso Genro já declarou publicamente ser contrário à PEC 37 e está à disposição para participar de ações políticas concertadas para que tal emenda não seja aprovada.

O Governo do Estado também é contrário à proposta ora apresentada para o Estatuto do Nascituro. O governador já declarou reiteradas vezes, de forma pública, tal posição, e renova sua postura frente à reivindicação dos movimentos sociais.

Rejeitamos qualquer tentativa de criminalizar a orientação sexual de quem quer que seja. O Governo do Rio Grande do Sul combate todo o tipo de violência baseada em preconceito, seja de orientação sexual, gênero, etnia ou religião. Uma das ações mais concretas nesta linha é o programa Rio Grande Sem Homofobia, em vigência desde 2011. Somos contrários à chamada "cura gay".

Por fim, o Governo do Estado reconhece a legitimidade dos movimentos e o direito à opinião livre e plural. Nesse sentido, a orientação para a Brigada Militar é de que a proteção à vida das pessoas esteja em primeiro lugar. Por isso, pedimos para o próprio movimento que, por meio de suas organizações e coordenações, assuma a responsabilidade de inibir qualquer tipo de violência, seja contra pessoas, instituições ou patrimônios.

Os canais de diálogo do Estado estão abertos a toda a população, seja via Conselhão, Gabinete Digital, plenárias do Orçamento Participativo, Votação de Prioridades (Consulta Popular) ou Conselhos Regionais de Desenvolvimento. Caso o movimento deseje um diálogo direto com o governador sobre as demandas apresentadas, basta que sejam indicados os interlocutores, devidamente reconhecidos pelo movimento.

Que amanhã seja um dia de democracia e de liberdade, não de violência e depredação, como tem ocorrido em outras capitais do país.
 
Fonte: cp