sexta-feira, 1 de junho de 2012

CIÊNCIA

Pesquisa traça as origens da fidelidade humana

Em entrevista ao site de Veja, cientista da Universidade do Tennessee explica transição comportamental que permitiu o surgimento das famílias

 
Família
O autor defende em seu estudo que os machos fisicamente inferiores começaram a se beneficiar quando as fêmeas passaram a preferir os "melhores provedores" aos "mais fortes"
A criação de laços entre duas pessoas no processo de evolução humana começou quando fêmeas fiéis começaram a escolher bons provedores para serem seus pares, indica um estudo publicado nesta terça-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Usando modelos matemáticos, o russo Sergey Gavrilets, biólogo evolucionista da Universidade do Tennessee (Estados Unidos), relevou que a maioria das teorias propostas para o relacionamento humano não é realista do ponto de vista biológico. O pesquisador construiu um modelo matemático mostrando como a formação de laços pode representar uma adaptação chave na evolução humana.
Antes da formação de pares, os ancestrais do ser humano se relacionavam de forma promíscua. Os homens disputavam as fêmeas entre si, e essa era uma luta baseada em características físicas: vencia o mais forte.
De acordo com Gavrilets, a transição desse tipo de convivência para o modelo que depois deu origem à família dos dias atuais aconteceu quando fêmeas passaram a ser mais fiéis e a preferir os machos que oferecessem melhores condições de sustento.
O estudo atual vai contra o que algumas pesquisas anteriores defendiam: que a formação de laços entre duas pessoas teria evoluído a partir de um modelo de cuidado coletivo. Nesse modelo, todos eram responsáveis por garantir o sustento do grupo e por criar seus descendentes.
Gavrilets explica que esse modelo não é realista porque não leva em conta as pessoas que não contribuíam com o grupo. (Confira entrevista com o autor)
Mudança de estratégia — O autor defende em seu estudo que os machos fisicamente inferiores começaram a se beneficiar quando as fêmeas passaram a preferir os "melhores provedores" aos "mais fortes". Eles então concentraram seus esforços para conseguir dar melhores condições de sustento às fêmeas e isso resultou em aumento da fertilidade.
Antes, quando a disputa entre os machos era marcada pela força física, os mais fracos não tinham chance de vencer a batalha. "A competição inicial dos machos (física) era debilitadora e ruim para a espécie. Em vez de lutar, eles passaram então a cuidar dos filhos", explica Gavrilets.
O especialista responde
Sergey Gravilets, biólogo evolucionista da Universidade do Tennessee (Estados Unidos)
O seu estudo mostra que as fêmeas começaram a preferir machos que podiam sustentá-las. Isso permitiu a formação de pares em seres humanos? Os machos passaram a escolher as fêmeas mais fiéis e, simultaneamente, as fêmeas passaram a procurar machos que podiam melhor sustentá-las. Dessa forma, as características de fêmeas e machos começaram a mudar simultaneamente. Os biólogos evolucionistas consideram que uma evolução ocorre quando dois traços se desenvolvem simultaneamente. Isso faz muito sentindo. Um sujeito que ocupava uma baixa posição na escala social nunca poderia entrar numa competição baseada na força. O indivíduo mais forte sempre teria mais vantagem. Mas eles começaram a perceber que trocar comida por um par era uma boa estratégia para vencer a competição. Imagina que alguns machos começaram a pensar assim: em vez de lutar, vamos garantir a comida dos filhos.
 
exame

ECONOMIA

GOL anuncia demissão de 190 tripulantes


Segundo comunicado da companhia, os desligamentos de funcionários ocorrem "dando continuidade ao seu processo de adequação à nova realidade do mercado"


 
  Avião da GOL decola
A entidade representativa de pilotos, copilotos e comissários já esperava a nova rodada de demissões


São Paulo - A GOL anunciou nesta sexta-feira a demissão de 190 tripulantes. Segundo comunicado da empresa, os desligamentos de funcionários ocorrem "dando continuidade ao seu processo de adequação à nova realidade do mercado, para manter seu plano de negócios disciplinado e a sustentabilidade de sua operação". A informação de que a Gol planejava novas demissões foi adiantada pela Agência Estado em 9 de maio. No início de abril, 131 funcionários já haviam sido demitidos.
 A companhia não esclareceu quantos desses 190 tripulantes demitidos são pilotos, copilotos e/ou comissários de bordo. Ainda conforme o comunicado, a Gol "está em constante diálogo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas".
A entidade representativa de pilotos, copilotos e comissários já esperava a nova rodada de demissões. "Várias turmas de comissários estão com suas escalas sem voos. Esse número gira em torno de 150. Então, as pessoas já estão imaginando quem são os possíveis demissionários", disse o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Sergio Dias.

EXAME

CULTURA

"Branca de Neve e o Caçador" estreia nos cinemas


Épico de ação e aventura se baseia na famosa história infantil


Kristen Stewart, Charlize Theron e Chris Hemsworth<br /><b>Crédito: </b>  Universal Pictures / Divulgação / CP
 
Kristen Stewart, Charlize Theron e Chris Hemsworth
Crédito: Universal Pictures / Divulgação / CP
Estreia nesta sexta-feira nos cinemas (ver roteiro na página central) o filme "Branca de Neve e o Caçador", épico de ação e aventura dirigido por Rupert Sanders com base na famosa história infantil. No filme, Branca (Kristen Stewart) é uma bela jovem com cabelos escuros, pele clara e lábios avermelhados. Mas a beleza de Branca de Neve acaba se voltando contra ela mesma, pois quando ela vira a mais linda de todas, transforma-se em uma ameaça para sua madrasta, Ravenna.

O que a tirana nunca imaginou é que a jovem que ameaça seu reinado vem treinando a arte da guerra com um caçador (Chris Hemsworth), que foi enviado para matá-la. Sam Claflin se une ao elenco como o príncipe há muito tempo encantado pela beleza e pelo poder de Branca de Neve. A rainha obriga o caçador a entrar na floresta, onde ninguém mais tem coragem de ir, para matar a princesa. Ele não cumpre suas ordens e se alia à princesa. Ravenna envia então Finn (Sam Spruell) atrás deles. A princesa irá contar com a ajuda dos anões, descritos como "guerreiros bárbaros".

A Bella da "Saga: Crepúsculo", Kristen Stewart, destaca que o diferencial de Rupert Sanders é que o diretor faz os personagens habitarem um mundo incrivelmente perigoso. "O cenário e a paisagem são como personagens em si. Seu uso das imagens é sempre muito evocativo. Ele tem uma capacidade muito boa de ver as coisas de maneira original." Outro motivo de alegria para a atriz foi contracenar com Charlize Theron. "O fato de ela estar envolvida com o filme me fez confiar no projeto. É empolgante trabalhar com alguém que você respeita e admira. Foi sensacional", revê-la.

CPC