sexta-feira, 18 de outubro de 2013

ECONOMIA






 

Prévia da inflação de Porto Alegre fica acima da média nacional

IPCA-15 da Capital registrou variação de 0,63% e foi o quarto maior do País em outubro

A inflação oficial de Porto Alegre, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), foi de 0,63% em outubro contra 0,41% em setembro deste ano, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A elevação da taxa na capital gaúcha foi a quarta maior do País e ficou acima da média nacional, de 0,48% no período.

Além disso, a inflação acumulada em 12 meses é de 5,31% em Porto Alegre. No ano, esse índice é de 4,34%. Já no Brasil, em setembro, esse percentual havia sido de 0,27%. Com isso, o acumulado no ano está em 4,46 %, taxa próxima à de 4,49%, relativa a igual período de 2012.

Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 5,75%, abaixo dos 5,93% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2012, o IPCA-15 havia ficado em 0,65%.

O principal impacto veio dos alimentos e bebidas, cuja inflação subiu de 0,04% na pr� �� �via de setembro para 0,7% em outubro. Os itens que mais contribuíram para essa alta foram as carnes (com inflação de 2,36% em outubro), o frango (4,87%), as frutas (3,32%) e o pão francês (2,62%).

Também influenciaram a inflação o grupo de despesas habitação, com alta de preços de 0,67% no mês. As demais classes de despesa registraram as seguintes taxas: artigos de residência (0,97%), vestuário (0,88%), despesas pessoais (0,46%), saúde e cuidados pessoais (0,35%), transportes (0,08%), educação (0,06%) e comunicação (0,03%).

O IPCA é a prévia da inflação oficial. A taxa é calculada pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além do município de Goiânia e de Brasília.

Com informações da Agência Brasil

 

POLÍTICA


PSB admite que embate será com Aécio Neves

Aliança Campos e Marina planeja uma atuação conjunta no Congresso Nacional

Articuladores políticos do governador de Pernambuco e provável candidato a presidente da República, Eduardo Campos (PSB), disseram nessa quinta que deve crescer o embate do pernambucano contra o senador Aécio Neves (PSDB) por uma vaga no segundo turno nas eleições de 2014.

"Trabalhamos com os dados de hoje e os dados de hoje indicam que a presidente está no segundo turno. Se ela está no segundo turno, quem é o nosso adversário? Contra quem eu preciso disputar? Contra o Aécio. É ele que eu preciso afastar e impedir o crescimento. Então, é ele que se torna o meu principal adversário e tem todas as consequências possíveis em uma campanha", disse o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.

Segundo ele, o cenário anterior previa outra eleição polarizada entre PT e PSDB. Mas isso foi rompido com a aliança entre Campos e a ex-ministra Marina Silva. "Antes estava mantida a polarização entre PT e oposição. Estavam os dois felicíssimos. A aliança que fizemos quebrou esse eixo." Para Amaral, Campos leva vantagem neste embate porque, segundo ele, participou dos avanços do País nas eras Lula e Dilma. "Aécio não tem história para assegurar esses avanços. Nós somos a manutenção e o aprofundamento disso porque ajudamos a construir." Outros aliados de Campos foram em linha semelhante. "Não tenho dúvida de que o potencial de crescimento do Eduardo Campos preocupa os adversários. Especialmente porque ele é conhecido apenas por 25% dos brasileiros", declarou o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). "Acho que o Aécio está mesmo preocupado conosco. É mais um com medo da gente", afirmou o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS).

Terceira via

Na busca de diferenciar-se como uma terceira via nas eleições de 2014, a aliança Campos e Marina planeja uma atuação conjunta no Congresso Nacional que servirá de laboratório para a ação da a liança nesta e na próxima legislaturas. A intenção é colocar a bancada do PSB, os apoiadores da Rede e outros aliados para chancelar propostas do Planalto que considerem positivas e se opor ao que não se encaixar no programa em construção.

A atuação conjunta se daria ainda em temas de grande repercussão, como o novo código de mineração, ao qual o grupo de Marina já propôs 13 mudanças, e a proposta de emenda constitucional 215, que delega ao Congresso a demarcação de terras indígenas. As linhas gerais dessa ação devem começar a ser delimitadas em seminário marcado para o dia 29, em São Paulo.

"Nós não serviremos como cúmplices ao perceber que determinada resistência da base é para extrair do governo cargos ou emendas. Vamos querer acordos de mérito nos projetos e não ajudaremos quem faz chantagem", disse o deputado Miro Teixeira (RJ), filiado ao PROS, mas próximo de Marina. Colaboraram Caio Junqueira, Débora Bergamasco e João Domingos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.