quinta-feira, 31 de maio de 2012

ECONOMIA

IPI de motos importadas, micro-ondas e ar condicionado sobe a 35%


Objetivo da medida é proteger empresas instaladas na Zona Franca de Manaus da concorrência dos importados


O governo elevou a 35% o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para motos importadas, micro-ondas e ar-condicionado. O decreto foi publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU). O objetivo da medida é proteger as empresas instaladas na Zona Franca de Manaus da concorrência dos importados.

O aumento das importações está afetando a concorrência das empresas no Brasil e o governo acredita que a medida é necessária. O governo também está estudando outros setores que poderão ser beneficiados com novas desonerações tributárias. A equipe econômica busca espaço fiscal para as novas medidas.

POLÍTICA

Foragido, prefeito de Dois Irmãos das Missões é preso em Pinheirinho do Vale


Policiais militares encontraram Hedison de Alencar Hermel (PP) em casa de veraneio


 
Foi preso ontem o prefeito de Dois Irmãos das Missões, Hedison de Alencar Hermel (PP), estava foragido desde o dia 15 de março, quando a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado decretou sua prisão e afastamento do cargo.

De acordo com denúncia do Ministério Público, o prefeito e outras sete pessoas, entre funcionários do Executivo e sócios de empresas estariam envolvidos em fraudes de licitações e recebimento de comissões durante a venda de medicamentos ao município.

A pedido do Ministério Público Estadual, Hedison foi preso no final da tarde desta quarta-feira por uma força tarefa do 37.º Batalhão da Polícia Militar de Frederico Westphalen. Segundo o Tenente Evandro Carlos Gambin, que comandou o trabalho, o prefeito foi encontrado no local indicado pelo MP, uma casa de veraneio na costa do Rio Uruguai, no município de Pinheirinho do Vale. Ele não reagiu a prisão.

ECONOMIA

Economia verde pode gerar em 20 anos até 60 milhões de empregos


Conclusão está no relatório Rumo ao Desenvolvimento Sustentável divulgado hoje


Se todos os países adotarem uma economia mais verde como modelo de desenvolvimento, em 20 anos seriam criados entre 15 e 60 milhões de novos empregos no mundo. A conclusão está no relatório Rumo ao Desenvolvimento Sustentável: Oportunidades de Trabalho Decente e Inclusão Social em uma Economia Verde, divulgado nesta quinta-feira pela Iniciativa Empregos Verdes.

O grupo, que reúne especialistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Internacional de Empregadores (OIE) e da Confederação Sindical Internacional (CSI), mostra que o atual modelo de desenvolvimento não é mais capaz de gerar emprego produtivo e trabalho decente.

“Se a situação continuar como hoje, os níveis de produtividade dos países em 2030 serão 2,4% menores do que os atuais. Em 2050, esses níveis cairiam 7,2%. Os índices coincidem com estimativas de estudos sobre danos econômicos produzidos pela degradação do meio ambiente e a redução dos ecossistemas básicos”, sugere o relatório.

Em contrapartida, considerando apenas os empregos relacionados a produtos e serviços ambientais nos Estados Unidos, 3 milhões de pessoas já se beneficiam do novo padrão. Na União Europeia, existem 14,6 milhões de empregos diretos e indiretos na proteção da biodiversidade e recuperação dos recursos naturais e florestas, sendo mais de meio milhão só na Espanha.

Na Colômbia e no Brasil, os organismos internacionais destacaram a formalização e organização de quase 20 milhões de catadores informais. Ampliando as possibilidades de ocupação, o relatório aponta que o Brasil já criou cerca de 3 milhões de empregos com iniciativas sustentáveis, o que representa aproximadamente 7% do emprego formal.

De acordo com o estudo, é possível obter ganhos líquidos na taxa de emprego entre 0,5% e 2% do emprego total existente hoje. Mas os especialistas alertam que, para que o novo modelo funcione, é preciso combinar políticas.

As orientações indicadas no relatório elencam incentivos financeiros para estimular a mudança de padrões nas empresas, a adoção de um diálogo permanente com os diversos setores da sociedade e a garantia de políticas de mercado de trabalho que complementem políticas econômicas e socioambientais.

“A Lei Nacional de Garantia de Emprego Rural na Índia e na habitação social e os programas de bolsas verdes no Brasil são bons exemplos de políticas de proteção social que contribuem para o desenvolvimento sustentável”, destaca o documento.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Rússia vetará qualquer iniciativa para intervenção militar na Síria

Onda de RevoltasA Rússia vetará qualquer iniciativa destinada a uma intervenção militar estrangeira na Síria que seja levada ao Conselho de Segurança da ONU, assegurou nesta quarta-feira o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Gennady Gatilov.
Dez países expulsam embaixadores sírios
Entenda quem é quem no conflito na Síria
"Sempre dissemos que estamos categoricamente contra qualquer ingerência no conflito sírio, porque isso só agravaria a situação e teria consequências imprevisíveis tanto para a Síria como para toda a região", declarou Gatilov.
O diplomata russo respondeu assim ao novo presidente francês, François Hollande, que não exclui a possibilidade de uma intervenção armada na Síria para pôr fim à repressão do regime de Bashar al-Assad.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Romney sela indicação para disputar a Casa Branca


Eleições Americanas 2012

Mitt Romney conquistou a indicação para ser o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos com uma vitória ressonante na eleição primária do Texas, na terça-feira.
Ele terá pela frente uma campanha de cinco meses para tentar convencer os eleitores a votar nele em vez do presidente democrata Barack Obama na eleição de 6 de novembro.
Apesar de a disputa já estar efetivamente decidida há semanas, Romney finalmente alcançou a marca de 1.114 delegados do partido necessária para se tornar o candidato republicano, após uma longa e inicialmente apertada disputa contra uma série de adversários mais conservadores.
Ele será nomeado formalmente como candidato do partido numa convenção dos republicanos na Flórida, no final de agosto.
Em comunicado, Romney disse que se sentia honrado por conseguir o necessário entre os 155 delegados do Texas para assegurar a indicação.
"Nosso partido se reuniu com o objetivo de colocar os fracassos dos últimos três anos e meio para trás. Não tenho ilusões sobre as dificuldades da tarefa diante de nós. Mas quaisquer que sejam os desafios à frente, vamos fazer tudo para colocar a América de volta no caminho do emprego completo e da prosperidade", disse ele.
A definição oficial da candidatura marca o início da fase mais intensa da campanha eleitoral, com duração de cinco meses, embora a campanha de Obama já venha nas últimas semanas lançando ataques contra Romney por causa do seu passado como executivo do setor financeiro.
VIRTUAL EMPATE
Republicanos e democratas estão virtualmente empatados nas pesquisas e também na arrecadação de fundos para a campanha, o que significa que haverá uma divisão bastante equitativa do espaço publicitário nas TVs (nos EUA, todos os anúncios eleitorais são pagos).
Para Romney, --que foi derrotado nas prévias republicanas de 2008, quando o candidato foi o senador John McCain-- a principal estratégia é atacar Obama pela fraca recuperação econômica dos últimos anos.
As pesquisas indicam que o eleitorado de fato acha Romney mais bem preparado do que Obama para lidar com a economia.

REUTERS

POLÍTICA

Demóstenes nega acusações e diz se sentir traído por Cachoeira

Em depoimento que durou cerca de 5 horas, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) rebateu nesta terça-feira (29), ao Conselho de Ética do Senado, todas as acusações de que teria atuado em favor do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ou que teria participação em negócios ilícitos conduzidos pelo empresário.
No depoimento, que começou por volta das 10h e acabou às 15h30, o senador disse que enfrenta o "pior momento" da sua vida por ser vítima de uma "campanha sistemática orquestrada" para prejudicá-lo.
Além do processo no Conselho de Ética, Demóstenes é também alvo de inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que solicitou ainda a quebra do sigilo bancário do senador por suas ligações com Cachoeira, preso desde fevereiro acusado de comandar uma rede de jogos ilegais.
Durante a sessão em que se defendeu das acusações, o senador usou páginas do inquérito que tramita no Supremo para dizer que não tem qualquer participação no esquema de jogos ilegais e que não foi alvo das investigações da Polícia Federal. O senador disse ainda que "redescobriu Deus" em meio às acusações.
"Nunca sofri tanto na minha vida. Sou homem que tenho vergonha na cara. Fiquei um mês para entrar no Senado e ter coragem de olhar para os senadores. Ninguém pode usar o nome de Deus como estratégia de defesa. Eu sou um carola. Já era por conta da minha mãe, mas confesso que fiquei nesse tempo meio perdido."
TRAIÇÃO
Em resposta a um questionamento do senador Humberto Costa (PT-PE), Demóstenes afirmou se sentir traído por Cachoeira, com quem admitiu relação de amizade.
"Sim [me senti traído], acho que todo mundo que se relacionou com ele e não teve conhecimento [de seus ilícitos]. Todos nós ficamos na pior situação".
Demóstenes admitiu ter recebido um rádio Nextel de presente de Cachoeira, mas negou que falava exclusivamente com o empresário. Ele considerou um "erro" ter recebido o presente. "Hoje é fácil verificar que foi um erro. Eu não imaginava a dimensão que isso teria, mas não tinha a lanterna na popa e não tinha como adivinhar que isso seria utilizado com outras finalidades. Mas não é crime receber o rádio Nextel e eu não sabia que outras pessoas tinham recebido."
Veja o vídeo do senador negando envolvimento com jogos ilegais:
O senador confirmou que recebeu inúmeros pedidos de Cachoeira, inclusive para fazer lobby em favor do empresário no Congresso e no governo. Demóstenes confirmou que foi à Anvisa pedir em favor da empresa farmacêutica do empresário, mas disse que repetia essa conduta para várias empresas do Estado de Goiás. "Nem tudo que se diz, se faz. Às vezes, para se livrar de um interlocutor, de uma conversa. Muita coisa não aconteceu porque eu não fui atrás. Eu fazia isso por gentileza, como fazia com muitos outros."
PROCURADOR-GERAL
Após ser questionado sobre o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), Demóstenes acusou o procurador de prevaricar e omitir-se ao não dar prosseguimento à Operação Vegas da Polícia Federal.
"Eu compreendo desta forma. O processo penal é regido pelo princípio da obrigação. Não tem o procurador-geral o condão de dizer quando vai atuar. Mais dia, menos dia, ele vai ter que explicar porque fez dessa forma. A ação é sem amparo", disse o senador.
Demóstenes disse que o chefe do Ministério Público Federal deveria ter tomado alguma ação diante do inquérito, como pedir diligências ou dar prosseguimento com o inquérito. "Ele prevaricou", disse Demóstenes.
Gurgel disse em ofício encaminhado ao Congresso ter entendido, à época, não ter encontrado indícios suficientes para encaminhar a investigação para o STF (Supremo Tribunal Federal) e que o "retardamento" das investigações poderia ocasionar na produção de novas provas.
DEPÓSITOS
Disposto a falar sobre todas as acusações da Polícia Federal, e não apenas sobre o processo que tramita no conselho, o senador negou ter recebido R$ 3 milhões de Cachoeira, como confirma um dos diálogos da operação.
"Estou entregando cópia de minha duas contas, provando que no período em nenhum momento foi depositado R$ 1 milhão em minha conta. Nem R$ 1 milhão, nem R$ 1 mil, nem R$ 3 milhões, em nenhum momento isso entrou na minha conta ou me foi dado de qualquer outra maneira."
Sobre os R$ 20 mil que teriam sido entregues a ele pela organização de Cachoeira, Demóstenes disse que os áudios captaram um diálogo truncado --uma vez que nunca recebeu os recursos. O operador de Cachoeira, Gleyb Ferreira, teria ido à sua casa na véspera de seu segundo casamento para lhe entregar um presente, mas não o dinheiro, como o áudio dá a entender.
LOBBY
Sobre o grampo em que foi flagrado avisando Cachoeira de uma operação da Polícia Federal que seria realizada contra jogos de azar, Demóstenes disse que fazia "testes" com o empresário para confirmar se ele, como argumentava, havia deixado a ilegalidade.
"Num dos momentos, eu joguei verde em cima dele. Eu disse que tem operação conjunta da PF com o Ministério Público que nunca se realizou e nunca foi cogitada. Ainda assim eu fazia esses testes com ele. Eu pergunto: que lobista sou eu que nunca procurei nenhum colega senador para aprovar jogo, para discutir sobre legalização de jogos? Eu peço que eu seja julgado pelo que eu fiz, não pelo que eu falei que iria fazer."
Demóstenes disse que nunca usou aviões de Cachoeira, ou pagos pelo empresário, mas admitiu que utilizou aeronaves cedidas por "empresários e amigos". Sobre a intensa troca de telefonemas com o empresário, 416 em que foi flagrado pela polícia, disse que o número é "pequeno" diante do total de ligações feitas no período da operação --cerca de 200 mil.
GOVERNADORES
No depoimento, Demóstenes disse que Cachoeira mantinha relações com políticos, empresários e governadores. Ao ser questionado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) sobre quem seriam os governadores que mantém relações com o empresário, desconversou.
"Alcaguete, eu não sou. Não vou declinar nome de quem quer que seja. Está na imprensa. Qualquer um que queira checar, vá lá e pegue."
MINISTROS
O senador admitiu que procurou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do governo federal para defender interesses de Goiás --mas negou ter atuado em qualquer encontro em favor de Cachoeira.
Ele confirmou viagem a Berlim (Alemanha) com o ministro Gilmar Mendes, mas negou que tenham utilizado aeronaves cedidas por empresários. Demóstenes disse que os dois se encontraram em Praga (República Tcheca), foram a Berlim e retornaram ao Brasil em voos separados --sem que Cachoeira estivesse na viagem.
O senador confirmou que, numa conversa flagrada pela PF, mencionou dívida das Centrais Elétricas de Goiás de R$ 2,3 milhões que poderia ser revertida pelo STF. Demóstenes disse que apenas citou a Cachoeira que Mendes havia dado "repercussão geral" sobre o tema, mas negou ter pedido apoio ao ministro no caso.
"A empresa estava em via de ser privatizada, melhor dizendo, federalizada. As dívidas se avolumaram e ali eu comemorava decisão de ministro do Supremo que poderia tirar das costas da Celge ação de R$ 2,3 bilhões que não diz respeito a ninguém. Quem toca a empresa é o governo de Goiás. Não há interesse de quem quer que seja, a não ser o interesse público."
GRAVAÇÕES
Demóstenes admitiu que era a sua voz em várias interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal, mas colocou dúvidas sobre outras.
"Muitas conversas eu travei, mas muitas foram montadas e editadas. Por isso há requerimento para a perícia ser feita. O julgamento é político, mas é uma espécie do julgamento administrativo, que não está desacobertado dos preceitos constitucionais que regem todo o processo judicial e administrativo. É previsto explicitamente na resolução (a perícia)."
A próxima reunião do Conselho de Ética, deverá ser destinada à apreciação de requerimentos apresentados pela defesa, entre eles, o pedido para que seja autorizada perícia nos áudios das conversas entre Demóstenes e Cachoeira.

terça-feira, 29 de maio de 2012

POLÍTICA

A Força da Imagem do PT


Ao contrário do que se costuma pensar, o sistema partidário brasileiro tem um enraizamento social expressivo. Ao considerar nossas instituições políticas, pode-se até dizer que ele é muito significativo.
Em um país com democracia intermitente, baixo acesso à educação e onde a participação eleitoral é obrigatória, a proporção de cidadãos que se identificam com algum partido chega a ser surpreendente.
Se há, portanto, uma coisa que chama a atenção no Brasil não é a ausência, mas a presença de vínculos partidários no eleitorado.
Conforme mostram as pesquisas, metade dos eleitores tem algum vínculo.
Seria possível imaginar que essa taxa é consequência de termos um amplo e variado multipartidarismo, com 29 legendas registradas. Com um cardápio tão vasto, qualquer um poderia encontrar ao menos um partido com o qual concordar. Mas não é o que acontece. Pois, se o sistema partidário é disperso, as identificações são concentradas. Na verdade, fortemente concentradas.
O Vox Populi fez recentemente uma pesquisa de âmbito nacional sobre o tema. Deu o esperado: 48% dos entrevistados disseram simpatizar com algum partido. Mas 80% desses se restringiram a apenas três: PT (com 28% das respostas), PMDB (com 6%) e PSDB (com 5%). Olhado desse modo, o sistema é, portanto, bem menos heterogêneo, pois os restantes 26 partidos dividem os 20% que sobram. Temos a rigor apenas três partidos de expressão. Entre os três, um padrão semelhante. Sozinho, o PT representa quase 60% das identidades partidárias, o que faz com que todos os demais, incluindo os grandes, se apequenem perante ele.
Em resumo, 50% dos eleitores brasileiros não têm partido; 30% são petistas e 20% simpatizam com algum outro – e a metade desses é peemedebista ou tucana. Do primeiro para o segundo, a relação é de quase cinco vezes.
A proeminência do PT é ainda mais acentuada quando se pede ao entrevistado que diga se “simpatiza”, “antipatiza” ou se não tem um ou outro sentimento em relação ao partido. Entre “muita” e “alguma simpatia”, temos 51%. Outros 37% se dizem indiferentes. Ficam 11%, que antipatizam “alguma” coisa ou “muito” com ele.
Essa simpatia está presente mesmo entre os que se identificam com os demais partidos. É simpática ao PT a metade dos que se sentem próximos ao PMDB, um terço dos que gostam do PSDB e metade dos que simpatizam com os outros.
Se o partido é visto com bons olhos por proporções tão amplas, não espanta que seja avaliado positivamente pela maioria em diversos quesitos: 74% do total de entrevistados o consideram um partido “moderno” (ante 14% que o acham “ultrapassado”); 70% entendem que “tem compromisso com os pobres”(ante 14% que dizem que não); 66% afirmam que “busca atender ao interesse da maioria da população” (ante 15% que não acreditam nisso). Até em uma dimensão particularmente complicada seu desempenho é positivo: 56% dos entrevistados acham que “cumpre o que promete” (enquanto 23% dizem que não). Níveis de confiança como esses não são comuns em nosso sistema político.
Ao comparar os resultados dessa pesquisa com outras, percebe-se que a imagem do PT apresenta uma leve tendência de melhora nos últimos anos. No mínimo, de estabilidade. Entre 2008 e 2012, por exemplo, a proporção dos que dizem que o partido tem atuação “positiva na política brasileira” foi de 57% a 66%.
A avaliação de sua contribuição para o crescimento do País também se mantém elevada: em 2008, 63% dos entrevistados estavam de acordo com a frase “O PT ajuda o Brasil a crescer”, proporção que foi a 72% neste ano.
O sucesso de Lula e o bom começo de Dilma Rousseff são uma parte importante da explicação para esses números. Mas não seria correto interpretá-los como fruto exclusivo da atuação de ambos.
Nas suas três décadas de existência, o PT desenvolveu algo que inexistia em nossa cultura política e se diferenciou dos demais partidos da atualidade: formou laços sólidos com uma ampla parcela do eleitorado. O petismo tornou-se um fenômeno de massa.
Há, é certo, quem não goste dele – os 11% que antipatizam, entre os quais os 5% que desgostam muito. Mas não mudam o quadro.
Ao se considerar tudo que aconteceu ao partido e ao se levar em conta o tratamento sistematicamente negativo que recebe da chamada “grande imprensa”- demonstrado em pesquisas acadêmicas realizadas por instituições respeitadas – é um saldo muito bom.
É com essa imagem e a forte aprovação de suas principais lideranças que o PT se prepara para enfrentar os difíceis dias em que o coro da indústria de comunicação usará o julgamento do mensalão para desgastá-lo.
Conseguirá?

* Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

SEGURANÇA PÚBLICA

Porte de drogas para consumo próprio pode deixar de ser crime


Quantidade estipulada para uso pessoal seria aquela em que o cidadão consumiria em cinco dias


A Comissão de Juristas do Senado, que discute mudanças no Código Penal, aprovou nesta segunda-feira uma proposta para descriminalizar o porte de drogas para consumo próprio. Pelo texto, não haveria mais crime se um cidadão fosse flagrado usando entorpecentes. Atualmente, a conduta ainda é considerada criminal, mas sujeita à aplicação de penas alternativas.

Os juristas, porém, sugeriram uma ressalva. A pessoa poderá responder a processo caso consuma drogas "ostensivamente em locais públicos, nas imediações de escolas ou outros locais de concentração de crianças ou adolescentes ou na presença destes". Nessa hipótese, o usuário ficará sujeito a cumprir uma pena alternativa, se for condenado. A punição envolveria uma advertência sobre os efeitos do consumo de drogas, prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

O relator da comissão e procurador regional da República, Luiz Carlos Gonçalves, disse que o colegiado deu um passo para propor o fim da dúvida sobre se o porte de drogas para uso próprio é um ato criminoso ou não. Ele disse que a legislação atual, a Lei 11.343/2006, não é clara o suficiente nesse aspecto. A comissão sugeriu que a quantidade estipulada para consumo próprio será aquela em que a pessoa se valeria para uso durante cinco dias.

Medidas referentes ao tráfico de drogas ainda são discutidas

Os juristas decidiram que, pela proposta, o simples fato de ser realizada venda de uma substância entorpecente seria considerado tráfico de drogas. "Se a pessoa é surpreendida vendendo, não importa a quantidade, é tráfico", disse o relator. A comissão vai discutir essa tarde se cria a figura de tráfico de drogas com maior ou menor potencial lesivo, com penas diferentes para variados tipos de substâncias.

O conselho tem até o final do mês de junho para apresentar uma proposta de reforma do Código Penal ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Caberá à Casa decidir se transforma as sugestões dos juristas em um único projeto ou as incorpora em propostas que já tramitam no Congresso.

EDUCAÇÃO

Enem tem média de 600 registros por minuto no dia inicial de inscrições


Estudantes tem até 15 de junho para se inscrever na avaliação que abre portas para o ensino superior


O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve em média 600 registros por minuto no primeiro dia de inscrições. O prazo segue até 15 de junho e o processo é feito exclusivamente pela internet. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro. Apesar do número de acessos, o Ministério da Educação (MEC) não registrou problemas na conexão. Nas redes sociais, o termo "Enem" foi um dos mais citados ao longo do dia.

No ano passado, o exame recebeu mais de 6 milhões de inscrições. Desde 2009, ganhou mais importância porque passou a ser usado por instituições públicas de ensino superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais. A prova também é pré-requisito para quem quer participar de programas de acesso ao ensino superior, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Ciência sem Fronteiras.

A taxa de inscrição permanece em R$ 35. Alunos que estejam cursando o 3º ano do ensino médio em escola pública estão isentos do pagamento. Os que não estão isentos devem efetuar o pagamento até 20 de junho por meio do boleto que será gerado durante a inscrição. O edital com todos os detalhes do Enem 2012 foi publicado na última sexta-feira (25), no Diário Oficial da União.

No primeiro dia do exame, os participantes terão quatro horas e meia para responder às questões de ciências humanas e da natureza. No segundo, será a vez das provas de matemática e linguagens, além da redação, com um total de cinco horas e meia de duração. A divulgação do gabarito está prevista para o dia 7 de novembro, e o resultado final deve sair em 28 de dezembro.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

RELIGIÃO

Vaticano diz que escândalo de corrupção abala confiança na Igreja

O Vaticano negou na segunda-feira, em meio à maior crise no pontificado de Bento 16, notícias de que cardeais seriam suspeitos em uma investigação sobre o vazamento de documentos, num caso que já levou à prisão do mordomo do papa.
De acordo com a imprensa italiana, o mordomo Paolo Gabriele era apenas um "leva-e-traz" numa disputa de poderes na Santa Sé. O escândalo estourou na semana passada, quando o chefe do banco do Vaticano foi repentinamente demitido, o mordomo foi detido por acusações de furto de documentos, e foi publicado um livro apontando conspirações entre os cardeais.
Os documentos vazados para os jornalistas denunciam corrupção no vasto relacionamento financeiro entre a Igreja e empresas italianas.
Embora negando a veracidade dos relatos, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse numa entrevista coletiva que "isso é naturalmente algo que pode afetar a Igreja, e testar a confiança nela e na Santa Sé".
Lombardi negou que "qualquer cardeal, italiano ou não, seja suspeito". Ele acrescentou que o papa está sendo informado do assunto, e que "continua no seu caminho de serenidade, na sua posição de fé e moral que está acima da refrega".
Carlo Fusco, advogado do mordomo, disse que ele está "muito sereno e tranquilo", e que pretende colaborar com as investigações.
BODE EXPIATÓRIO
Uma fonte anônima e responsável pelo vazamento de alguns documentos disse ao jornal italiano "La Reppublica" que o mordomo está sendo usado como bode expiatório, porque a Igreja não ousa implicar os cardeais responsáveis pelos vazamentos.
"Há vazadores entre os cardeais, mas o Secretariado de Estado não podia dizer isso, então prenderam o servidor, Paolo, que estava só entregando as cartas em nome de outros".
Ao "La Stampa", o responsável por um dos vazamentos afirmou que o objetivo das denúncias é ajudar o papa a erradicar a corrupção.
O Secretariado de Estado, órgão administrativo do Vaticano, é comandado pelo cardeal Tarcisio Bertone, poderoso braço-direito do papa, e o escândalo parece envolver uma disputa de poder entre seus aliados e inimigos, evocando as conspirações renascentistas na Santa Sé.

Primeira ida do homem ao espaço faz 50 anos em clima incerto


GagárinQuando Yuri Gagárin, aos 27 anos, decolou para a primeira viagem de um homem ao espaço, o futuro das missões espaciais tripuladas era incerto. Exatos 50 anos depois, a situação não está muito diferente.
A Nasa, que tem o maior orçamento para esse fim no planeta, está muito perto de ficar sem veículos próprios para mandar seus astronautas para o espaço.
Veja as comemorações na Rússia
Veja fotos históricas do voo de 12 de abril de 1961
Acesse o especial dos 50 anos
A grande aposta da agência espacial americana nos últimos 30 anos, os ônibus espaciais, em breve virarão, literalmente, peça de museu. A previsão é que a frota seja aposentada ainda este ano.
A segurança dessas naves foi colocada em xeque após uma série de falhas recentes e dois acidentes fatais --com a Challenger, em 1986, e com o Columbia, em 2003, levando à morte de 14 astronautas.
Com o orçamento reduzido e dificuldades técnicas para criar sua próxima geração de naves, a Nasa vai aposentar os "shuttles" (ônibus espaciais) ainda sem ter um substituto.
No discurso oficial, a agência diz que pretende confiar o transporte dos astronautas à iniciativa privada. Isso, no entanto, ainda não tem data para sair do papel.
CARONA
Na prática, porém, os americanos ficarão totalmente dependentes da nave russa Soyuz para levar seus astronautas à ISS (Estação Espacial Internacional).
E os russos, claro, já estão se aproveitando da situação. O preço da "carona" por astronauta, inicialmente combinado em US$ 56 milhões (aproximadamente R$ 90 milhões) acaba de ser reajustado para US$ 63 milhões (R$ 100 milhões).
O administrador da Nasa, Charles Bolden, já sentiu o tamanho do problema.
"É urgente e essencial que empresas americanas assumam o controle do transporte dos astronautas ao espaço", disse ele após ficar sabendo do reajuste.
A nave russa, aliás, é uma espécie de táxi galáctico. Foi nela que, em 2001, decolou o primeiro turista espacial, o bilionário californiano Dennis Tito, além de Marcos Pontes, o primeiro e até agora único astronauta brasileiro.
Apesar de ser o veículo espacial mais confiável atualmente em operação, a maior parte da concepção da Soyuz ainda se baseia em um projeto do fim dos anos 1960.
Com o colapso da União Soviética em 1991, o orçamento e o grau de prioridade do programa espacial foram reduzidos substancialmente.
O primeiro-ministro do país, Vladimir Putin, aproveitou as comemorações dos 50 anos do voo para anunciar uma ampliação do programa espacial russo.
"A Rússia não deveria se limitar ao papel de transportador espacial internacional. Precisamos aumentar nossa presença no mercado global voltado ao espaço", disse.
EMERGENTES
Mas, se para EUA e Rússia o programa espacial não tem mais a mesma importância da Guerra Fria, o interesse cresce nos emergentes.
Em 2003, a China tornou-se o terceiro país a levar um homem ao espaço usando meios próprios. O taikonauta --como é chamado o astronauta chinês-- Yang Liwei passou 21 horas na órbita da Terra. O país planeja levar um chinês à Lua até 2020.
Também na Ásia, a Índia tem anunciado planos de exploração espacial tripulada.

POLÍTICA

Governo manda colocar em nova MP flexibilização de licitações

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto (SP), informou que a determinação do governo é de inserir a proposta que flexibiliza o processo de licitação das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em uma nova medida provisória.
A previsão de Tatto, no entanto, é que a votação do tema ocorra apenas a partir do dia 12 de junho, após o feriado de Corpus Christi.
Uma primeira tentativa de votação do RDC (Regime Diferenciado de Contratações) para as obras do principal programa de infraestrutura do governo foi barrada na Câmara na semana passada após falta de acordo entre o Palácio do Planalto e os deputados.
Na ocasião, as mudanças no regime de licitação foram introduzidas na MP que perde a validade na próxima quinta-feira (31) e que também tratava de outros temas como a ampliação do teto de cobrança da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
O texto prevendo o regime diferenciado para as licitações do PAC deverá ser inserido na MP 559/12, que autoriza a Eletrobras a adquirir o controle acionário da Celg Distribuição. A MP está na pauta do plenário.
"É um pedido do governo que faz uma avaliação positiva com está sendo implementado nas obras da Copa do ponto de vista da economia de prazos e recursos", afirmou Tatto.
O RDC foi aprovado no ano passado no Congresso prevendo que fosse utilizado apenas para as obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Um dos pontos mais polêmicos é o "orçamento secreto", em que as empresas só conhecem o valor estimado para uma obra depois que apresentam propostas às licitações.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

POLÍTICA

Serra chama de 'lixo' livro sobre privatizações do governo FHC


Amaury Ribeiro Júnior, autor do liivro, foi acusado durante a campanha eleitoral de 2010 de ter encomendado a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB


O ex-governador José Serra (PSDB-SP) chamou de “lixo” o livro “Privataria Tucana” do jornalista Amaury Ribeiro Júnior. Na publicação, o repórter fala de um suposto esquema de corrupção no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que envolveria Serra, que ocupou a pasta do Planejamento.
“Vou comentar o que sobre lixo? Lixo é lixo”, afirmou Serra ao ser questionado sobre o livro. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez um comentário breve sobre o livro. "Não é uma literatura que me interesse. Os que se interessarem devem lê-lo", declarou. Os dois participaram nesta tarde da inauguração de uma sala da liderança tucana na Câmara batizada de Artur da Távola.
Amaury Ribeiro Júnior foi acusado no ano passado durante a campanha eleitoral de ter encomendado a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. Tiveram o sigilo violado o vice-presidente do partido, Eduardo Jorge Caldas Pereira, a filha de Serra, Verônica, entre outros. O jornalista negociou participação na pré-campanha da presidente Dilma Rousseff. Amaury afirmou na época que estava buscando informações para seu livro e negou a prática de ilegalidade.

Fonte: O Estado de São Paulo

CORRUPÇÃO

Homem de confiança de Cachoeira, Garcez fala à CPI e complica Perillo


Ex-vereador contraria versão do governador de Goiás e diz ter comprado casa diretamente do tucano


 
 BRASÍLIA - Em depoimento lido à CPI do Cachoeira, o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez complicou nesta quinta-feira, 24, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), ao apresentar versão diferente da do tucano para a venda de uma casa no condomínio Alphaville, em Goiânia. Preso na Operação Monte Carlo, da PF, Garcez disse que ele mesmo comprou a casa de Perillo, providenciando e entregando três cheques a Lúcio Fiúza, assessor do governador.
Em declarações anteriores, o tucano disse ter vendido a casa para o empresário Walter Paulo, dono da Faculdade Padrão, e que Garcez teria sido apenas intermediário. Em 20 minutos, Garcez, que se negou a responder às perguntas dos parlamentares, contou que Perillo lhe disse estar vendendo a mansão e aceitou receber R$ 1,4 milhão. “Comprei a casa e pedi um prazo”, disse. “O pagamento ocorreu depois.”
Cheques. Interessado, mas sem dinheiro, Garcez chegou a oferecê-la a Walter Paulo, que disse que só poderia arcar com o negócio meses depois. Com isso, Garcez recorreu a Cachoeira e ao ex-diretor-geral da Delta Construções no Centro-Oeste Cláudio Abreu, que forneceu os três cheques para ele quitar a mansão. “Pedi ao Cláudio, meu patrão, e ao Carlinhos que me emprestassem o valor, para eu repassar ao governador. O Cláudio me deu 3 cheques, um de R$ 500 mil, outro de R$500 mil e outro de R$400 mil, para março, abril e maio”, disse Garcez. Conforme o delegado da PF Matheus Mella Rodrigues, os cheques eram de Leonardo Almeida Ramos, sobrinho de Cachoeira, que seria o real comprador.
Moda Jovem. Após o depoimento, o advogado de Garcez, Ney Moura Teles, disse que os cheques eram da Babioli, empresa de roupas para adolescentes em Anápolis (GO), cujo nome fantasia é Excitante.
A informação reforça a conexão da venda do imóvel ao bicheiro. Segundo a PF, a Babioli é dos empresários José Vieira Gomide Júnior e Rosane Aparecida Puglise da Costa. Os dois são citados no inquérito da Monte Carlo. A empresa deles recebeu R$ 250 mil da conta bancária da Alberto e Pantoja Construções e Transportes Ltda., empresa fantasma ligada ao esquema.
A empresa também aparece em conversas da quadrilha de Cachoeira na operação Vegas. Além de Carcez, os arapongas Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, e Jairo Martins de Souza, também participaram da sessão, mas permaneceram em silêncio durante o depoimento.
Perillo diz que não se ateve, à época, a quem emitiu os cheques. Em 29 de fevereiro deste ano, Cachoeira foi preso na casa, onde vivia com a mulher, Andressa Mendonça.
O ex-vereador explicou que seu objetivo era ficar com o imóvel ou passá-lo adiante. Como não conseguiu vendê-lo com lucro ou comprá-lo, começou a ser pressionado por Abreu para devolver o empréstimo. “Com medo de perder o emprego, resolvi procurar o professor Walter. Eu a vendi pelo mesmo valor de R$1,4 milhão. Recebi em dinheiro e repassei ao Cláudio, quitando, assim, a dívida dos três cheques.” O ex-vereador disse ter recebido de Walter Paulo R$ 100 mil de comissão pela venda e negou que o empresário tenha participado da transação para ocultar a compra por Cachoeira.
“Dizem por aí que o professor Walter seria ‘laranja’ do Carlinhos. O professor é dono de uma universidade e de vários imóveis, e uma das pessoas mais ricas de Goiás. Daria para comprar dez, 20 vezes Carlinhos e a Delta.”
Garcez relatou que pediu ao empresário que emprestasse a mansão a Andressa, recém-separada, até que uma casa no mesmo condomínio fosse reformada. Depois disso, Andressa passou a viver com Cachoeira, que mudou para a mansão de Perillo.
O governador negou, por meio de sua assessoria, contradição entre sua versão e a de Garcez. Segundo ele, a venda foi feita, de fato, a Walter Paulo. “Garcez queria comprar a casa e não conseguiu o dinheiro. O imóvel foi vendido a Walter Paulo.”
Procurado pelo Estado, Walter Paulo não foi localizado, mas a assessoria de Perillo divulgou documento, entregue ontem pelo empresário à CPI, no qual explica que foi procurado por Garcez em fevereiro de 2011 e manifestou interesse em comprar a mansão, pagando em julho.

Fonte: O Estado de São Paulo

SEGURANÇA PÚBLICA

Número de arrastões em condomínios explode em São Paulo

A cada 11 dias um condomínio residencial é vítima de um arrastão em São Paulo.
Dados da Polícia Civil mostram que houve uma explosão de casos neste ano.
A informação é da reportagem de Afonso Benites e Rogério Pagnan publicada na edição desta sexta-feira da Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
De 1º de janeiro até ontem, foram 13 arrastões, a mesma quantidade de ocorrências de todo o ano passado --até ontem, a Secretaria da Segurança contabilizava 12 casos em 2011, mas, após refazer os cálculos, concluiu ter havido 13.
Mantida a média, 2012 pode bater o recorde de 2010, quando houve 24 casos.
Editoria de Arte/Folhapress

quinta-feira, 24 de maio de 2012

ELEIÇÕES PORTO ALEGRE

Instituto Methodus: Em Porto Alegre, Manuela tem 41,3% e Fortunati, 28,7%
 

                                                           
 
A pré-candidata do PC do B à Prefeitura de Porto Alegre, Manuela D´Ávila, lidera, com 41,3%, pesquisa de intenção de voto, do Instituto Methodus, divulgada nesta quinta-feira (24). O atual prefeito, José Fortunati (PDT), vem em segundo, com 28,7%.
O instituto ouviu 1.200 pessoas entre os dias 15 e 18 de maio de 2012. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número RS-00020/2012. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

 

Imagens da corrida eleitoral pela Prefeitura de Porto Alegre

Foto 20 de 27 - 11.mai.2012 - Pré-candidata do PC do B à Prefeitura de Porto Alegre, Manuela D"Ávila, conversa com moradores do bairro vila Santo Antônio, na capital gaúcha. Manuela lidera a corrida eleitoral, de acordo com as mais recentes pesquisas de intenção de voto Mais Dani Barcellos/Divulgação
Os pré-candidatos Paulo Borges (DEM), com 9,2%, o petista Adão Villaverde, com 5,7%, Nelson Marchesan Jr. (PSDB), com 3,9%, vêm na sequência. Roberto Robaima (PSOL) obteve 1% e Érico Corrêa (PSTU) e José Francisco Mallmann (PHS) estão com 0,6% e 0,3%, respectivamente.
Em pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi no começo do mês, Fortunati apareceu na liderança na preferência do eleitorado de Porto Alegre, com 38%, à frente de Manuela D´Ávila, que obteve 31% das intenções de voto.

Segundo turno

O Instituto Methodus também fez três simulações de segundo turno. Se a disputa fosse entre Manuela e Fortunati, a deputada federal sairia vencedora com 50,7% das intenções de voto, contra 38,2% do atual prefeito.

A pré-candidata do PC do B conseguiria uma distância ainda maior se o confronto fosse com o petista Adão Villaverde (PT). Nesse cenário, Manuela ganharia com 65,9%. Villaverde teria 15,3%.

   Na simulação de segundo turno entre Fortunati e Villaverde, o pré-candidato à reeleição venceria, com 64,2% das intenções de voto, contra 13,3% do petista.

Rejeição

O instituto também pesquisou o índice de rejeição dos pré-candidatos. De acordo com o levantamento, 24,3% dos entrevistados não votariam em Villaverde ; 19,2% em Corrêa; e 19,1% em Robaina.

Marchesan Jr. é o quarto com maior rejeição, com 17,8%, seguido por Mallmann , com 16,8%, e por Manuela, com 16,1%.

Paulo Borges (DEM) tem 15,3% de rejeição e José Furtunati (PDT), 12,9%. Dos entrevistados, 28,8% não rejeitariam nenhum candidato e 4,2% não souberam responder.

uol

CORINTHIANS NA SEMIFINAL

Acostumado a controlar o jogo, Corinthians prevê mais riscos na Libertadores

Equipe do Parque São Jorge terá que se expor aos adversários para marcar gols em casa
Mauricio Duarte, do R7
paulinho
Paulinho colocou o Corinthians na semifinal da Libertadores após 12 anos
A marca registrada do Corinthians de Tite é saber controlar os jogos. O time assume riscos calculados e, ao contrário do que a torcida está acostumada, sofre pouco. Tanto é que a equipe ganhou todas as partidas no Pacaembu nesta Libertadores e tem a defesa menos vazada da competição. Contudo, na partida contra o Vasco desta quarta (23) o time se viu mais vulnerável, apesar da vitória e da classificação.

Autor do único gol da partida, o volante Paulinho acredita que, a partir de agora, será natural a equipe correr mais riscos, já que precisará sair para fazer os gols dentro de casa, como aconteceu contra a equipe carioca. O gol aos 43min do segundo tempo levou o time para a semifinal do torneio.

— Sofremos riscos no contra-ataque, principalmente com a velocidade do Eder Luis. Agora temos que administrar isso também. O importante é que classificamos.

Cássio confiou no próprio taco contra Diego Souza

Após gol, Paulinho vê Corinthians como favorito na Libertadores

O técnico Tite também sabe que terá que conviver com os sustos e sair de sua zona de conforto. De acordo com ele, é preciso saber jogar sem a bola e ter volume de jogo quando estiver com a posse dela. Segundo o comandante, foi o que o Corinthians fez no segundo tempo, único momento em que foi superior ao Vasco nas duas partidas.

— Sem a bola temos que marcar. Quando estamos com a posse de bola, temos que ter volume e intensidade.

 O maior risco sofrido pelo Corinthians na partida foi em uma bola perdida por Alessandro no campo de defesa. Diego Souza saiu na cara do gol, mas Cássio conseguiu defender. O técnico Tite revelou que o lateral-direito do Timão agradeceu aos companheiros no vestiário após o término do jogo.

— Temos que ter confiança em todos. Depois do jogo, o Alessandro falou: ‘Queria agradecer ao Cássio e ao Paulinho, porque senão o mundo ia cair na minha cabeça.

O adversário do Corinthians na semifinal será conhecido nesta quinta-feira (24). Será o Santos se a equipe da Vila Belmiro eliminar o Vélez Sarsfield. Do contrário, o oponente será o vencedor do confronto entre Universidad de Chile e o paraguaio Libertad.

ENEM 2012

Inscrições para o Enem 2012 começam na segunda-feira

Exame será aplicado nos dias 3 e 4 de novembro e terá novidades na correção da redação

O ministro da educação, Aloizio Mercadante, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, anunciaram na tarde desta quinta-feira (24) mudanças para o próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que receberá inscrições a partir da próxima segunda-feira (28).
Mercadante: Questões do Enem serão públicas quando chegarem a 50 mil
Infográfico:
Quanto vale sua redação do Enem?
O Ministério da Educação (MEC) alterou os procedimentos de correção da redação e tornou, segundo Mercadante, o sistema mais complexo, mais rigoroso e com filtros mais precisos. No ano passado, vários candidatos recorreram à Justiça para pedir a revisão das notas na prova.
Foto: Agência BrasilO ministro Aloizio Mercadante e o presidente do Inep, Luiz Claudio Costa, durante anúncio das mudanças no Enem 2012
Pelo novo sistema, após um texto ser avaliado por dois corretores que divirjam em mais de 200 pontos na nota final em escala de 0 a 1000, o texto passará por um terceiro avaliador. Até o último Enem, esse procedimento só era adotado quando a diferença era superior a 300 pontos.
Se o terceiro corretor der uma nota sem discrepância com um dos avaliadores anteriores é feita uma média aritmética entre as duas notas semelhantes e a outra correção é descartada. Mas se a terceira nota também for divergente em mais de 200 pontos, uma banca examinadora composta por três membros fará a avaliação final do texto.
Além disso, se houver uma discrepância de 80 pontos na correção de qualquer uma das 5 competências aferidas na redação, o texto também passará para a avaliação de um terceiro corretor (conheça os itens avaliados).
Segundo o presidente do Inep, as mudanças nos critérios foram sugeridas em reuniões com o College Board, órgão responsável por testes similares nos EUA e definidas em comitê científico criado para discutir a segurança da prova.
O ministro também anunciou que o MEC e o Inep vão respeitar o acordo firmado com o Ministério Público no qual se comprometiam a conceder acesso a redação corrigida a todos os candidatos. A logística de como esse acesso será feito ainda não foi definida.
Mercadante prefiriu não comentar se em 2013 haverá duas edições do Enem, como estava prometido para este ano. A prova do primeiro semestre de 2012 deveria ter sido aplicada em abril, mas foi cancelada pelo MEC em janeiro.
Guia e calendário
Além da mudança no sistema de correção, o ministério decidiu disponibilizar um guia para a redação a todos os candidatos e corretores. O material, que será publicado no site do MEC em julho, explicará os critérios de correção, as exigências e fornecerá exemplos de boas práticas.
O edital com todas as regras será publicado na sexta-feira (24) e as inscrições para a edição de 2012 começam na próxima segunda-feira (28). Os estudantes interessados deverão se inscrever até 15 de junho. A taxa de inscrição permanece em R$ 35 e o último dia para pagá-la será dia 20 de junho. Os alunos que estejam cursando o 3º ano do ensino médio em escola pública estão isentos do pagamento.
As provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro e o gabarito das questões objetivas será divulgado no dia 7 de dezembro. O resultado final estará disponível em 28 de dezembro.
Certificação do ensino médio
A obtenção do certificado de conclusão do ensino médio pelo Enem, para maiores de 18 anos, também vai mudar. A nota de corte aumentou de 400 para 450 em cada uma das quatro provas objetivas sobre as áreas do conhecimento (linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; e ciências da natureza e suas tecnologias). Na redação, a nota mínima permanece em 500 pontos.
Desde 2009 o Enem passou a ser utilizado por universidades públicas como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais. O Enem também é pré-requisito para quem quer participar de programas do governo federal como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e as bolsas de estudo no exterior do Ciência sem Fronteira.

IG

ECONOMIA

Gasolina 45% mais barata será vendida amanhã em Porto Alegre


Fichas serão distribuídas hoje à noite para abastecimento nesta sexta-feira


Em alusão ao Dia da Liberdade de Impostos, nesta sexta-feira ocorre a venda de gasolina sem tributos em Porto Alegre, com desconto de 45%. O objetivo da ação é alertar a população sobre o peso da carga tributária embutida nos produtos.

A venda, organizado pela CDL Jovem, Instituto Liberdade e Associação da Classe Média de Porto Alegre (Aclame), ocorre no Posto Ditrento, localizado na avenida Cristiano Fischer, 1331, na zona Norte da Capital. Diferente de anos anteriores, porém, a distribuição de fichas será feita na noite desta quinta-feira e não na manhã da ação.

As fichas podem ser retiradas hoje das 20h às 22h. Ao todo, 250 cupons darão direito a abastecer até 20 litros de gasolina por veículo a partir das 9h desta sexta-feira. Sem tributos, o valor do litro cai de R$ 2,89 para R$ 1,59. O percentual de 45% é calculado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

EDUCAÇÃO

MEC vai alterar a forma de correção da redação do Enem


Exame Nacional do Ensino Médio ocorre em 3 e 4 de novembro


O Ministério da Educação (MEC) decidiu alterar a forma de correção da redação do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para 3 e 4 de novembro. A discrepância máxima entre as notas dadas pelos dois corretores cairá dos atuais 300 pontos para 200. Quando esse limite for ultrapassado, um terceiro corretor analisará a redação. Segundo a reportagem apurou, nos casos em que nem um terceiro corretor conseguir chegar a um consenso com os outros dois, a prova será submetida a uma banca examinadora, que dará a nota final.

O anúncio dessas e de outras mudanças será feito nesta quinta-feira em coletiva de imprensa pelo ministro Aloizio Mercadante e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa. Desta vez, o edital do processo contemplará um único exame, e não vários.

Na última edição do Enem, o Inep foi confrontado com processos judiciais de candidatos que criticaram as notas finais. Foi o caso de uma estudante carioca que recebeu três notas diferentes: 800 (do primeiro corretor), 0 (do segundo) e 440 (do terceiro). A mudança na forma de correção deverá aumentar o número de redações revisadas e exigir melhor treinamento.

Em entrevista logo após assumir o cargo, Mercadante já havia defendido uma nova forma de corrigir as redações. "Precisamos aprimorar o critério, pois sempre há componente subjetivo", disse na ocasião.

Greve

Mercadante criticou ontem o movimento grevista de professores das universidades federais, que entrou no seu sexto dia. O ministro afirmou ter "muitas greves nas costas", mas disse não ver razão para a deflagração de movimento se negociações estão em aberto.

A Seção Sindical dos professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) decidiu nessa quarta-feira deflagrar greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira.

O movimento ocorre em todo o País e já envolve pelo menos 44 instituições federais de ensino superior, incluindo a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e a Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Entre as reivindicações da categoria, estão a reestruturação do plano de carreira, conforme previa um acordo firmado no ano passado com o governo federal, além da incorporação de gratificações ao salário.

SAÚDE

Prorrogada campanha de vacinação contra gripe até 1º de junho


Prazo inicial encerraria nesta sexta-feira


O Ministério da Saúde prorrogou até 1º de junho a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A imunização começou no dia 5 e estava prevista para terminar nesta sexta-feira. Até a manhã desta quinta-feira, 15,8 milhões de pessoas haviam sido vacinadas no País, o que representa apenas 52,4% do público-alvo. A meta do governo é imunizar 24,1 milhões de pessoas com mais de 60 anos, crianças entre seis meses e menores de dois anos, gestantes, trabalhadores de saúde e indígenas, totalizando 80% do público-alvo.

A melhor adesão à campanha, no momento, é entre as crianças, com um percentual de cobertura de 59,4% (quase 2,6 milhões). Na sequência, aparece 1,3 milhão de trabalhadores de saúde (54,3%), mais de 10,7 milhões de idosos (52%), pouco mais de 1 milhão de gestantes (47,5%) e 586,6 mil índios (40,4%).

A escolha dos chamados grupos prioritários é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). São priorizadas pessoas mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. De acordo com o ministério, ao vacinar os grupos prioritários, quebra-se a cadeia de transmissão do vírus para a população em geral.

A pasta reforçou que a dose – oferecida gratuitamente em 34 mil postos de saúde espalhados pelo País – é segura e protege contra os três vírus que mais circularam no Hemisfério Sul em 2011 – inclusive o Influenza H1N1, causador da gripe A.

Segundo o ministério, estudos demonstram que a vacinação contra a gripe pode reduzir entre 32% a 45% o número de internações por pneumonias e entre 39% e 75% a mortalidade global. Entre os residentes em lares de idosos, a imunização reduz o risco de pneumonia em cerca de 60%, e o risco global de hospitalização e morte, de 50% a 68%, respectivamente.

CPC

quarta-feira, 23 de maio de 2012

EDUCAÇÃO


Inscrições para terceira edição da olimpíada vão até o dia 25


 

Os textos para a Olimpíada são redigidos pelos alunos, mas a participação dos professores é fundamental (Foto: João Bittar/Arquivo MEC) Secretarias de educação de estados, municípios e Distrito Federal e escolas públicas da rede de educação básica têm prazo até o dia 25 próximo para fazer a inscrição na terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. O processo de inscrição tem duas etapas. A primeira, de adesão das secretarias; a segunda, das escolas.

A olimpíada é promovida pelo Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A proposta da competição é estimular a leitura e o desenvolvimento da escrita entre estudantes da educação básica pública, que vão desenvolver, em quatro gêneros, o tema O Lugar onde Vivo. Alunos do quinto e do sexto anos do ensino fundamental abordarão o tema na forma de poemas; do sétimo e oitavo, de memórias literárias; do nono ano do ensino fundamental e da primeira série do ensino médio, de crônicas; da segunda e da terceira séries do ensino médio, de artigos de opinião.

A olimpíada também proporciona capacitação a professores. Ao acompanhar seus alunos na competição, eles integram um processo de formação. As redes oferecem cursos e oficinas de revisão de conteúdos de língua portuguesa. “Um dia, estou na sala de aula, com meu aluno, lendo e produzindo textos; no outro, estou, como cursista, participando de uma formação presencial”, destaca a professora Joana D’Arc Gonçalves Silva, da Escola Dom Bosco, de Aliança, Pernambuco.

Prêmios — Dividida em etapas, a seleção dos trabalhos elaborados pelos estudantes começa na escola, passa por município, estado e região e chega ao âmbito nacional. A premiação compreende entrega de medalhas, obras literárias, microcomputadores e aparelhos de som portáteis, entre outros itens, a 20 estudantes e 20 professores. Nas fases intermediárias há prêmios também para alunos e docentes e para as escolas.

Na segunda edição, em 2010, a olimpíada teve a participação de aproximadamente 7 milhões de alunos e de 239,4 mil professores, representantes de 60,1 mil escolas públicas.

As inscrições para a terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro devem ser feitas pela internet, na página Comunidade Virtual.

ECONOMIA

 


O governo brasileiro adotou uma nova política de redução dos juros por meio de bancos estatais. O objetivo é forçar as instituições particulares a também reduzirem as taxas. Assim, quem tem algum financiamento ou fez empréstimo e paga mais de 9% de juros por ano pode procurar o banco para tentar renegociar a dívida.

O comerciante Wanderson Mariano Gonçalves precisa pagar parcelas de um carro de R$ 598,90 por mês. O financiamento vai terminar apenas em 2014. Com a ajuda do economista Luiz Edmundo de Oliveira, ele calculou como pode ser beneficiado pela medida do governo. Wanderson pode poupar R$ 6 mil no fim do carnê, com economia de 100 reais por parcela.


ECONOMIA

Redução de juros e portabilidade bancaria levam pessoas a renegociar dívida

A transferência da conta-salário não é uma obrigação na hora de contratar crédito bancário
 

A redução de juros está levando muitas famílias a buscar as instituições financeiras para negociar suas dívidas. Isso é possível por meio da portabilidade de crédito ou da transferência da conta-salário. E o estímulo para isso é a redução dos juros anunciadas pelos bancos públicos nos últimos dias.
A transferência da conta-salário não é uma obrigação na hora de contratar crédito bancário, como empréstimo habitacional, mas pode ser uma conveniência para o cliente que movimenta certos serviços como cheque especial, cartão de crédito do banco, CDCs e outros.
Na disputa por clientes em busca de menores juros, bancos como a Caixa Econômica Federal anunciou o programa Caixa Melhor Crédito, com redução de juros em linhas de empréstimo para pessoas físicas e pequenas e médias empresas. Crédito consignado, financiamento de veículos, cartões, financiamento ao consumo e capital de giro para empresas tiveram cortes nas taxas que chegaram a 88%.
A instituição quer atrair 2 milhões de novos clientes no País com a redução de taxas de juros. As medidas impactam imediatamente 25 milhões de correntistas da Caixa que usam os produtos.
No cheque especial, por exemplo, a taxa caiu 67% e, dependendo do relacionamento do cliente com o banco, foi para 1,35% ao mês. No financiamento de veículos, baixou para 0,98%. Na pessoa jurídica, a taxa para capital de giro caiu de 2,72% para 0,94% ao mês.
O especialista em Direito Tributário Alberto Monteiro Neto, explica que a portabilidade prevê que quem tem algum tipo de financiamento com um banco (empréstimo pessoal, financiamento de carro ou imóvel, por exemplo) possa transferir essa dívida para outra instituição que ofereça melhores condições de juros e prazos, sem que precise pagar por esta transferência.
“A portabilidade promove um estímulo ao consumo e endividamento, trocar de banco é bom tecnicamente, mas o consumidor continua gastando mais do que tem condições de pagar. Trocar não resolve a causa do problema da família, o que pode se agravar ao comprometer a capacidade de endividamento", disse o advogado.
Para Alberto Neto “O momento de usar o crédito com o benefício de ter o menor juro, mas para sair do endividamento em definitivo é necessário que as famílias façam uma verdadeira faxina financeira no orçamento da família, buscando reduzir o custo de vida para poder renegociar suas dívidas juntos aos bancos”, finalizou o especialista.

POLITICA

Câmara aprova PEC do Trabalho Escravo com 360 votos favoráveis


Dois deputados gaúchos votaram contra o projeto que prevê expropriação de terras que mantêm a prática


Câmara aprova PEC do Trabalho Escravo com 360 votos favoráveis<br /><b>Crédito: </b> Renato Araújo / Agência Câmara / CP
Câmara aprova PEC do Trabalho Escravo com 360 votos favoráveis
Crédito: Renato Araújo / Agência Câmara / CP
Câmara aprova PEC do Trabalho Escravo com 360 votos favoráveis
Crédito: Renato Araújo / Agência Câmara / CP
A Câmara dos Deputados acaba de aprovar, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Trabalho Escravo por 360 votos favoráveis, 29 contrários e 25 abstenções. Com isso, a matéria volta ao Senado Federal para votações em dois turnos.

Dois parlamentares gaúchos votaram contra o texto aprovado: Alceu Moreira (PMDB) e Luiz Carlos Heinze (PP). O presidente da Câmara, Marco Maia, não votou respeitando o artigo 17 que prevê sua abstenção.

A PEC foi à votação depois de dez anos tramitando no Congresso. A votação em primeiro turno ocorreu em agosto de 2004. A pressão em favor do texto é grande e conta com a participação de organizações não governamentais ligadas à defesa dos direitos humanos, de centrais sindicais e do próprio governo, que estão se mobilizando desde o ano passado para garantir a aprovação.

O artigo mais polêmico trata da expropriação de terras no caso de propriedades rurais que utilizam a prática em seus cultivos. Os parlamentares que são contra a PEC queriam uma definição mais precisa sobre a perda da propriedade, se comprovada responsabilidade sobre a manutenção de trabalhadores em situação análoga à escravidão. Os deputados da bancada ruralista consideraram o texto da PEC genérico, pois não detalha com exatidão os conceitos de trabalho escravo e trabalho degradante.

Na semana passada, após diversos debates sobre o texto, deputados e senadores fecharam um acordo. Quando a Câmara aprovar o projeto, o Senado deve incluir no texto a regulamentação por meio de projeto de lei complementar (PLC). Esse PLC deverá detalhar o que caracteriza trabalho escravo, o que é trabalho degradante e como será feita a punição de quem promove a atividade – que pode chegar à expropriação dos imóveis urbanos e rurais daqueles que forem flagrados utilizando esse tipo de mão de obra.

Confira os votos dos parlamentares do RS:


Alceu Moreira (PMDB) – Não
Alexandre Roso (PSB) – Sim
Assis Melo (PC do B) – Sim
Bohn Gass (PT) – Sim
Danrlei de Deus Hinterholz (PSD) – Sim
Darcísio Perondi (PMDB) – Sim
Eliseu Padilha (PMDB) – Sim
Fernando Marroni (PT) – Sim
Giovani Cherini (PDT) – Sim
Henrique Fontana (PT) – Sim
José Stédile (PSB) – Sim
Luis Carlos Heinze (PP) – Não
Luiz Noé (PSB) – Sim
Manuela D`ávila (PC do B) – Sim
Marco Maia (PT) – Art. 17
Marcon (PT) – Sim
Osmar Terra (PMDB) – Sim
Paulo Ferreira (PT) – Sim
Paulo Pimenta (PT) – Sim
Renato Molling (PP) – Sim
Ronaldo Nogueira (PTB) – Sim
Ronaldo Zulke (PT) – Sim
Sérgio Moraes (PTB) – Sim
Vieira da Cunha (PDT) – Sim

terça-feira, 22 de maio de 2012

EDUCAÇÃO

Alunos da Furg entram em greve e ocupam reitoria


Mais de mil universitários de Rio Grande declararam apoio às demandas dos professores


Em assembléia geral realizada no final da tarde desta segunda-feira, no Campus Carreiros, os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) decidiram apoiar o movimento dos professores e também entrar em greve. Conforme Raianny Louzada Horz, coordenadora-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Furg, mais de mil alunos participaram da reunião e a grande maioria aprovou estas medidas para protestar por mais qualidade de ensino.

Segundo Raianny, considerando que a greve não é simplesmente parar, será elaborado um calendário de mobilização dos estudantes. Além disso, será feita uma pauta local de reivindicações dos alunos, a qual será encaminhada à reitoria e à Associação dos Professores da Furg (Aprofurg). É intenção ainda juntar a pauta de reivindicações dos alunos a dos docentes e enviar para órgãos federais a serem definidos nos próximos dias.

Os professores da Furg estão em greve desde o último dia 17 e vêm realizando diversas atividades de mobilização e encontros com profissionais e estudantes de forma a esclarecer os motivos da paralização. Nesta terça, eles farão novas reuniões com professores de diferentes áreas e Diretórios Acadêmicos. Às 14h, terão reunião com a reitoria da Furg para expor a situação da greve e solicitar um canal de negociação para tratar da pauta local de reivindicações.

Essa pauta será elaborada quarta-feira, na assembléia dos docentes, que ocorrerá às 9h, no pavilhão IV do Campus Carreiros. Conforme o professor Manoel Luís Martins da Cruz, do comando local de greve, os docentes das instituições federais de ensino superior do País estão reivindicando carreira única e reposição salarial, entre outras questões.

Após a assembléia, um grupo de aproximadamente 70 alunos, foi até a reitoria para ocupá-la. A pró-reitora de Assuntos Estudantis, Darlene Pereira, abriu a porta e eles entraram, sentaram no chão do saguão e começaram a fazer uma pauta de reivindicações locais e gerais sobre educação. "Nós não tomamos o prédio, estamos apenas ocupando o espaço", garantiu a estudante de psicologia Ana Carolina Paes. Segundo ela, a intenção do grupo é passar a noite no local e definir uma pauta de reivindicações a ser entregue à reitoria e outros órgãos competentes.

A pró-reitora de Assuntos Estudantis informou ter entrado em contato com os estudantes e relatado que a pauta de reivindicações deles será bem acolhida. Também pediu que eles formem uma comissão para apresentar os pedidos e discutí-los com a reitoria. Darlene relatou que o movimento está pacífico e que os estudantes não serão impedidos de ficar no local. Apenas frizou que, ficando, eles assumem a responsabilidade pelo espaço e por qualquer problema que nele ocorra.

CULTURA

Mortes de Robin Gibb e Donna Summer deixam a "disco music" de luto


Estilo surgiu no final dos anos 1960 nos clubes de Nova Iorque e da Filadélfia


Robin Gibb não resistiu a um câncer<br /><b>Crédito: </b> AFP / CP
Robin Gibb não resistiu a um câncer
Crédito: AFP / CP
A música disco está de luto após a morte de Donna Summer e Robin Gibb, dois dos artistas que propagaram mundialmente os embalos de sábado à noite de Nova York nos anos 1970 e que passaram em poucos anos das casas noturnas para o topo das paradas de sucesso. O cantor e um dos fundadores do Bee Gees morreu neste domingo aos 62 anos vítima de câncer no fígado e no estômago, complicado por uma pneumonia.

Três dias antes, Donna Summer também morreu por causa de um câncer, aos 63 anos. A diva negra americana e o britânico dono de um falsete inimitável tinham em comum o fato de popularizarem, como raramente na história da música, um gênero nascido no mundo da noite. A "disco music" surgiu no final dos anos 1960 nos clubes de Nova Iorque e da Filadélfia frequentados pelas comunidades afro-americana, latina e gay.

Os especialistas lutam para chegar a um acordo sobre a primeira música disco da história: "Soul Makossa", de Manu Dibango, "Rock the Boat", do The Hues Corporation, ou "Rock Your Baby", de George McCrae. De qualquer maneira, os ingredientes são claramente identificados: uma mistura de soul, funk e pop, sintetizadores frequentemente associados com metais e cordas e, sobretudo, um ritmo binário muito marcado; Os discos selecionados e remixados por DJs têm uma função: fazer dançar.

A partir de 1974, o gênero saiu das discotecas. A disco começou a tocar nos rádios e a subir nas vendas. Apoiada pelos produtores europeus Giorgio Moroder e Pete Bellotte, Donna Summer foi rapidamente coroada a "Rainha do Disco". Mas foram os Bee Gees que transformaram o ritmo em um fenômeno mundial, graças aos "Embalos de sábado à noite", de 1977, para o qual compuseram as músicas mais famosas ("Stayin' Alive", "Night Fever").

Depois de experimentar o sucesso nos anos 1960 com baladas folk, o trio britânico decidiu avançar em direção ao rhythm'n'blues e ao funk. "Os embalos de sábado à noite", do qual participaram apenas de forma fortuita, a pedido de seu produtor, trouxe a fama e obrigou o mundo a adotar os códigos da discoteca, suas coreografias e roupas da moda. Em pouco tempo a onda disco invadiu as paradas de sucesso internacionais. Chic, Gloria Gaynor, The Jacksons, The Village People nos Estados Unidos, e Abba, Boney M, Cerrone na Europa encantaram as multidões.

Os astros do rock e do pop aderiram à nova moda: Diana Ross, Elton John e até mesmo os Rolling Stones ("Miss You" em 1978) entraram no disco. Na França, as estrelas dos yéyés, Claude François e Sheila, foram reinventados sob os globos espelhados.

Violentamente ridicularizada por fãs do rock, a música disco começou o seu declínio nos Estados Unidos em 1979.
As estrelas desapareceram em poucas semanas das paradas, mas o gênero impregnou o pop e a "dance music".
"Um dia em Berlim (em 1977), Brian Eno veio correndo me contar 'eu acabei de ouvir o som do futuro'. 'Essa canção vai mudar a música das discotecas nos próximos quinze anos'. Era 'I feel love' de Donna Summer", contou David Bowie em uma retrospectiva de sua carreira. Trinta e cinco anos depois, artistas como Madonna e Gossip ainda utilizam o disco em seus últimos álbuns.

POLÍTICA - PORTO ALEGRE

Sob ameaça de corte do ponto, servidores da Capital paralisam


Categoria irá avaliar possibilidade de greve em assembleia à tarde


Trabalhadores se concentraram para pedir melhores salários e benefícios
Crédito: Vinicius Roratto
Em busca de negociação salarial e de diálogo sobre benefícios estruturais na carreira dos servidores, centenas de funcionários públicos municipais paralisaram as atividades e se reuniram em frente à Prefeitura de Porto Alegre na manhã desta terça-feira. Segundo o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), cerca 70% dos trabalhadores aderiram à manifestação, mesmo sob ameaça de desconto salarial, por parte do Executivo municipal.

De acordo com a diretora do Simpa, Carmem Padilha, a categoria exige aumento salarial de 15%, sendo 10% relativos a perdas e 5% à inflação acumulada. Além disso, os servidores querem aumento do vale alimentação para R$ 21,60; cumprimento da lei que prevê a equiparação das faixas iniciais ao salário mínimo nacional; efetivação do IPE-Saúde como plano de atendimento; inclusão da hora extra e do regime de trabalho no cálculo de aposentadoria; e plano de carreira com isonomia para todos os trabalhadores.

”O governo se recusa a negociar. Nosso desejo não é só a reparação da inflação ou aumento, mas melhores condições de trabalho. A adesão está satisfatória e apenas o atendimento dos serviços essenciais está mantido”,
argumentou Carmem, ao destacar que o município está sendo intransigente com as reivindicações ao não reconhecer as perdas salariais dos trabalhadores.

O secretário de Coordenação Política e Governança Local, Cezar Busatto, destacou que a paralisação ocorre em momento inoportuno e que o governo mantém negociação constante com a categoria. “Estamos conseguindo
benefícios para os servidores, cumprindo cláusulas estabelecidas, mas iremos realizar desconto salarial para os que optarem pela paralisação”, alertou.

A possibilidade de corte no ponto dos servidores surpreendeu os manifestantes. Segundo a diretora do Simpa, a medida anunciada pela Prefeitura vai contra o direito dos trabalhadores. “Esperamos que seja apenas uma ameça, porque se optamos por fazer a paralisação é porque não houve avanços na negociação. A solução não é a repressão, mas o diálogo”, afirmou.

Conforme o sindicato, às 14h uma nova assembleia da categoria ocorre no Centro de Eventos do Parque Harmonia, para avaliar a possibilidade de greve. “ Não descartamos a possibilidade, mas, até agora, queremos o diálogo, ainda que o governo se recuse a nos receber”, disse Carmen.

A paralisação afeta alguns serviços, como o funcionamento de escolas da rede municipal. Segundo a representante do Simpa, 90% das instituições está com atendimento parcial. Já os postos de saúde não tiveram maior impacto, de acordo com o sindicato. As secretarias de Saúde e Educação ainda não confirmaram os números.