quinta-feira, 28 de agosto de 2014

HUMOR

Tiririca usa carro para ironizar Brasília: "tem amassados, mas funciona"

 
O deputado federal Tiririca (PR-SP), candidato à reeleição, utilizou um Volkswagen Brasília para ironizar a capital federal e o trabalho dos parlamentares no horário eleitoral gratuito desta quinta-feira (28), exibido no Estado de São Paulo.
Tiririca abriu a propaganda dizendo que revelaria o que faz um deputado federal. "Trabalha muito e produz pouco. Mas, para ser um bom deputado federal, tem que conhecer Brasília", afirmou, mostrando o carro em seguida. "Tá aqui. Ninguém conhece Brasília mais que eu. Tem alguns podres, alguns amassados, mas funciona. Com toda podridão que tem, funciona. Agora eu quero melhorar, por isso peço seu voto."
Em seguida, ele se dirige ao telespectador e diz não ter entendido qual é a função do deputado, pedindo para que a cena com a Brasília fosse repetida. No fim, o candidato faz polichinelos e afirma que se trata de um "deputado em exercício".
A piada de Tiririca faz alusão a sua propaganda eleitoral em 2010, quando foi candidato e se elegeu pela primeira vez. Na época, ele afirmou no horário eleitoral: "o que é que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei, mas vote em mim que eu te conto." Ele também utilizou o bordão "pior que tá num fica", substituído por "tá com saco cheio da política? Vote no Tiririca" na campanha atual.
veja o vídeo em http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/08/28/tiririca-usa-carro-para-ironizar-brasilia-tem-amassados-mas-funciona.htm

Fonte: uol

terça-feira, 26 de agosto de 2014

ALEMANHA - RESUMO

ALEMANHA - RESUMO - GEOGRAFIA

ITÁLIA - RESUMO

ITÁLIA - RESUMO - GEOGRAFIA

FRANÇA - RESUMO

FRANÇA - RESUMO - GEOGRAFIA

REINO UNIDO - RESUMO

 Reino Unido - Resumo - Geografia

POLÍTICA


Programas dos candidatos são superficiais, criticam cientistas políticos

 
 
 

Ao registrarem as candidaturas, os concorrentes aos cargos de governador e presidente da República protocolaram, na Justiça Eleitoral, seus programas de governo. Originalmente, os documentos deveriam servir para detalhar diretrizes e metas. No entanto, cientistas políticos consultados pela Agência Brasil criticam a superficialidade dos programas, que não passam de mera formalidade e não significam necessariamente compromissos futuros.

Para o cientista político Otaciano Nogueira, os programas apresentados no registro das candidaturas são inúteis e não fariam falta se não fossem exigidos pela Justiça Eleitoral. "São coisas absolutamente superficiais. Os candidatos não vão, antes da eleição, prometer nada que vão efetivamente cumprir. Vão prometer tudo para ganhar votos, mas só saberemos se aquilo vai ser cumprido depois da eleição", diz.

Segundo o professor, a maior parte dos eleitores não lê os documentos e, quando lê, não os considera como compromisso válido. Para ele, seria mais interessante se o programa fosse apresentado pelo candidato vencedor somente após a posse. "O Brasil tem o segundo maior eleitorado do mundo ocidental. Depois da democratização, a participação dos eleitores tem sido intensa, mas há uma distância entre votar e julgar os candidatos depois de eleitos", opina.

O professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB), David Fleischer, também critica a qualidade dos programas de governo. Ele considera os documentos generalistas e semelhantes entre si. "São coisas muito comuns: criar mais empregos, reduzir os juros, aumentar o crédito disponível para a classe média e a baixa. As promessas são muito gerais, mas ninguém diz como pretende fazer tudo isso", comenta.

Fleischer, no entanto, não defende o adiamento da apresentação dos programas de governo para depois das eleições. Para ele, o eleitor poderia ir mais esclarecido para as urnas se os eleitores cobrassem o detalhamento das propostas durante a campanha e os debates eleitorais. "Os debates na televisão, que têm boa audiência, deveriam centrar-se nas promessas de campanha e desafiar cada candidato a detalhar e mostrar no que se difere dos demais", aponta.

No caso dos candidatos à reeleição, o professor da UnB acredita que os programas de governo tornam-se ainda mais importantes porque o eleitor pode comparar as promessas da eleição anterior com as realizações do primeiro mandato. "Nas reeleições, o eleitor deveria olhar se o prefeito, governador ou presidente cumpriu as propostas no primeiro governo. Seria útil para o eleitor saber se o candidato é confiável", acrescenta.

O coordenador do Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e Democracia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Michel Zaidan Filho, diz que a forma de o eleitor votar tira o foco dos projetos partidários. Segundo ele, as candidaturas não são fruto de debates internos nos partidos, mas de projetos pessoais. Ele considera ainda que o eleitor brasileiro personaliza o voto, elegendo a pessoa, não a ideia.

"As candidaturas não são fruto de consenso, de um projeto coletivo. Pensar num programa de governo pessoal é muito difícil, porque ele não é fruto de um debate. No geral, esses programas são verdadeiros álibis", destaca Zaidan Filho. Para ele, somente um debate racional e crítico durante a campanha melhoraria a qualidade desses documentos. "Hoje, os programas de governo acabam sendo uma mera formalidade feita por consultorias especializadas em investigar o que as pessoas querem ouvir. Não são para valer", define.

Por meio da assessoria de imprensa, o Tribunal Superior Eleitoral informou que a exigência dos programas de governo no registro da candidatura está prevista na Constituição e na Lei Geral das Eleições e é disciplinada por uma resolução do tribunal. O eleitor pode ter acesso a eles no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No mosaico preparado pela Agência Brasil, também é possível informar-se sobre cada candidato e as linhas gerais de seus programas de governo.

 

Fonte: EBC

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

EDUCAÇÃO SUPERIOR


Universidade Minerva tem modelo inovador que aboliu as aulas tradicionais.
Guilherme Nazareth, de 19 anos, trocou a UFRGS pela iniciativa americana.

Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo
Guilherme Nazareth, de 19 anos, vai fazer parte da primeira turma da Minerva, a universidade sem salas de aula (Foto: Divulgação/Universidade Minerva)Guilherme Nazareth, de 19 anos, vai fazer parte da primeira turma da Minerva, a universidade que aboliu as salas de aula (Foto: Divulgação/Universidade Minerva)


O gaúcho Guilherme Nazareth de Souza, de 19 anos, embarca na próxima quarta-feira (27) para São Francisco, nos Estados Unidos, para integrar a primeira turma da Universidade Minerva. O projeto, que pretende revolucionar o modelo de ensino superior praticado no mundo, inicia o primeiro semestre letivo em 8 de setembro com 32 alunos de 13 países, como China, Suécia, Trinidad e Tobago, Palestina e Estados Unidos. As aulas do primeiro ano acontecerão na Califórnia, seguido de um ano dedicado só a estágios. No ano letivo seguinte, os alunos viverão em Buenos Aires (Argentina) e Berlim (Alemanha). Depois, vão morar em outras quatro cidades em vários países, antes de conseguirem o diploma de graduação.
 
Guilherme, de Porto Alegre, é o único brasileiro a integrar a turma inaugural da instituição, que é reconhecida como uma universidade pelo governo americano, mas pretende ser completamente diferente de outras instituições do país e do mundo: tanto as aulas quanto as salas de aula foram abolidas pelos professores que desenharam o curso, a maioria com décadas de experiência nas mais conceituadas universidades americanas. Além disso, o campus é composto apenas dos dormitórios dos estudantes e a cada semestre eles mudarão de país para estudar dentro de realidades distintas.
"A Minerva só oferece seminários [formato de aula participativa, baseado mais na interação dos alunos do que na explicação do professor], e as salas têm até 19 alunos", explica o jovem. "Os alunos são obrigados a trabalhar antes, a estudar antes e ir para o seminário com o conhecimento."
 
O verbo "ir" é usado pelo brasileiro apenas por força do hábito, já que as atividades letivas acontecem nos quartos de cada estudante, e todos interagem com a "classe" pelo computador, conectados com a webcam e microfones. Para garantir que todos os alunos estejam acompanhando o curso, os professores optam por estimular a participação de todos no seminário e aplicar provas de surpresa. "Na Minerva você não só tem provas ao final do semestre, mas os alunos podem ser testados a cada momento, e o professor pode programar uma questão na própria aula."
 
Os alunos podem definir seu currículo dentro de cinco grandes áreas: ciências da computação, ciências sociais, artes e humanidades, ciências naturais e negócios. No primeiro ano, porém, todos os estudantes passarão por um ciclo básico destinado a ensinar os jovens a pensar de forma crítica, a se expressar e a desenvolver técnicas de liderança.
 
Como aluno da turma inaugural, Guilherme terá bolsa integral da anuidade do curso (de US$ 10 mil, cerca de R$ 22 mil), além de não precisar pagar pelo dormitório (com custo de US$ 12 mil, ou cerca de R$ 28 mil) nem no primeiro ano nem no segundo, caso decida estagiar em São Francisco. Os gastos com comida são estimados em US$ 6 mil dólares (cerca de R$ 13 mil). Mesmo sem saber se conseguiria bolsa, Guilherme explica que o valor da Minerva também foi um atrativo. "As melhores universidades dos Estados Unidos têm cursos que podem chegar a 60 mil dólares", disse ele.
 
Na Universidade Minerva, as salas de aula foram abolidas (Foto: Reprodução/Universidade Minerva)
Na Universidade Minerva, as salas de aula foram
abolidas (Foto: Reprodução/Universidade Minerva)
 
Selecionado dentro do próprio quarto

 Até o processo seletivo, que tradicionalmente é padronizado nos Estados Unidos, tem inovações. Guilherme passou por todas as etapas dentro do próprio quarto. "Ele é completamente diferente, foi criado para ser acessível aos [candidatos] internacionais, não pede SAT [Scholastic Assessment Test, ou Teste de Avaliação Escolar]. O compromisso da Minerva é aplicar teste de QI nos seus candidatos para que ele mostre o resultado cognitivo", explicou o jovem.
 
Os testes de lógica, matemática e inglês são feitos pelos candidatos no seu próprio computador, com a webcam conectada aos selecionadores, que observam o comportamento e o raciocínio dos estudantes. A exigência de uma papelada de documentos também é menor: além do histórico escolar, eles pedem comprovações de atividades extra-curriculares, como participação em trabalho voluntário ou olimpíadas do conhecimento, e avaliam o perfil de liderança e empreendedorismo dos potenciais alunos.
 
A última etapa, segundo ele, é a mais difícil: uma entrevista via webcam com os selecionadores, onde, além de responder às perguntas, os candidatos precisam escrever uma redação em um site de compartilhamento de arquivos onde os professores acompanham seu processo criativo.
 
Ao contrário de muitos estudantes brasileiros interessados em estudar nos Estados Unidos, Guilherme não faz o perfil típico de exatas nem participou de olimpíadas. A matemática que o atrai é a aplicada à economia, curso que ele decidiu seguir ao concluir o ensino médio no Colégio Anchieta, em Porto Alegre, e ingressar na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
 
Logo no início, porém, ele diz ter se desencantado com o curso. "Eu estava acostumado com a ideia de fazer a faculdade na federal. Entrei em março do ano passado [2013] e me senti bem pouco exigido, então decidi logo no primeiro mês que iria aplicar para universidades no exterior", contou ele.
 
Formação multinacional

 As primeiras tentativas de conseguir uma vaga de graduação fora do país não deram certo, segundo Guilherme, porque o jovem manteve a matrícula na instituição federal gaúcha, o que, segundo ele, não é bem visto pelas instituições atrás de novos alunos. "Decidi trancar o curso para não perder o semestre. Foi uma coisa que prejudicou muito minha aplicação", explicou.
 
Meses depois, em outubro do ano passado, ele descobriu a Minerva e decidiu participar do processo seletivo. Depois de meses, foi um dos dois brasileiros que ganharam uma vaga –o outro acabou decidindo não fazer a matrícula, segundo a assessoria de imprensa da universidade.
 
Na Minerva vou conhecer o mundo ao mesmo tempo em que vou estudar. Vou poder conhecer problemas de outras partes do mundo, e também descobriram as soluções que deram para eles" Guilherme Nazareth,  brasileiro aceito na Universidade Minerva Guilherme acredita que a liderança que ele exerceu no grêmio estudantil do seu colégio foi um dos fatores, além das notas altas na escola, que garantiram sua vaga. "Espero muito trabalho, já estou sendo acostumado com a ideia de que vai ser um currículo muito rigoroso, como eu gostaria", diz.
 
Enquanto não embarca para os Estados Unidos, Guilherme aguarda com ansiedade os próximos anos vivendo em São Francisco e nas capitais argentina e alemã. Os demais destinos do terceiro e quarto anos ainda não estão definidos, mas as cidades onde a Minerva tem buscado locais para acolher os jovens são Hong Kong, Mumbai, Londres e Nova York.
 
Daqui a cinco anos, o gaúcho diz que espera receber o diploma depois de ter adquirido um conhecimento impossível de encontrar em outra universidade. "Eu sairia endividado, tendo que trabalhar direto, não teria tempo de conhecer o mundo. Na Minerva vou fazer isso ao mesmo tempo em que vou estudar. Vou poder conhecer problemas de outras partes do mundo, e também descobrir as soluções que deram para eles."
 
Fonte: G1