segunda-feira, 12 de novembro de 2012

EDUCAÇÃO

Brasil ocupa 14º lugar em ranking de países com mais alunos em universidades dos EUA

Aumento de 6% em um ano levou país ao recorde de 764.495 estudantes em solo americano

O Brasil ocupa o 14º lugar entre os países com maior número de alunos estudando em universidades nos Estados Unidos. O relatório Open Doors, divulgado nesta segunda-feira, mostra que o número de estudantes estrangeiros em faculdades e universidades norte-americanas aumentou 6%, atingido um recorde de 764.495 alunos, no período de 2011 e 2012.
No total, segundo o estudo, 9.029 brasileiros estão matriculados em universidades nos Estados Unidos. O embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, disse que há um esforço conjunto entre norte-americanos e brasileiros para aumentar o número de estudantes do Brasil em instituições de ensino superior do país, por intermédio, do Programa Ciência sem Fronteiras.

“Nosso desejo é receber quantos alunos pudermos: vamos trabalhar para receber 60 mil, 100 mil. Quanto ao Programa Ciência sem Fronteiras, já temos mais de 2 mil alunos brasileiros estudando em mais de 200 universidades nos Estados Unidos. Nós somos um dos poucos países que têm uma estrutura universitária de excelente qualidade pronta para receber os brasileiros”, disse Shannon.

Em abril, a presidenta Dilma Rousseff foi aos Estados Unidos e a discussão sobre o Programa Ciência sem Fronteiras ocupou parte das reuniões. A proposta do governo é enviar 100 mil pesquisadores, em quatro anos, para diversos países, sendo 20 mil só para os Estados Unidos.

O governo promete custear 75 mil bolsas e que a iniciativa privada viabilize mais 25 mil. O programa inclui desde bolsas do tipo sanduíche (em que parte do curso é feita no Brasil e outra parte no exterior) de graduação até pós-doutorado em 18 áreas de tecnologia, engenharia, biomedicina e biodiversidade.

O relatório Open Doors é publicado anualmente pelo Instituto de Educação Internacional (IEI) em parceria com o Escritório de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Amanhã (13) os detalhes do documento serão apresentados em uma entrevista coletiva da secretária de Estado adjunta, Ann Stock, e do presidente e diretor executivo do instituto, Allan E. Goodman.


Fonte: CPC

CONCURSO MAGISTERIO

Edital de novo concurso do magistério será lançado até o final do ano

Secretaria Estadual de Educação deve aplicar provas entre fevereiro e abril de 2013

Conforme havia antecipado em entrevista ao Correio do Povo em outubro, o secretário estadual de Educação, José Clóvis de Azevedo, confirmou nesta segunda-feira que haverá um novo concurso público para preencher 10 mil vagas no magistério gaúcho. O titular da pasta afirmou que o edital será lançado até o final deste ano e que as provas devem ser aplicadas entre fevereiro e abril de 2013. “Queremos nomear nossos professores na metade do ano que vem. A criação de um quadro estável de professores nomeados é o nosso objetivo”, sintetizou o secretário.

A abertura de um novo processo seletivo um ano após a realização do último, de abril deste ano, é motivada pelo fraco desempenho dos candidatos. Com isso, foi impossível que a Secretaria de Educação (Seduc) preenchesse a quantidade de vagas oferecidas. “Nós temos cerca de 21 mil contratados e agora estamos nomeando cinco mil. Mesmo assim, teremos ainda um déficit de 15 mil professores no Estado. Agora, vamos criar 10 mil vagas e se, por ventura, o número de aprovados for superior a isso, esses nomes ficarão em um banco de dados caso haja necessidade de chamá-los em breve”, explicou o secretário.

A composição da prova aplicada em abril inovou com a exigência de conhecimentos específicos da habilitação do professor por área, conforme o secretário. Apesar de atribuir o desempenho dos professores à reforma do exame, ele se mostra otimista e acredita que os novos concorrentes estarão mais preparados. “Havia uma tradição no Estado de o concurso ser genérico, com provas de conhecimentos gerais e sem um peso específico da área de formação do professor. A partir do concurso passado, nós introduzimos o peso maior para a habilitação do docente em sua área. E isso causou impacto. Acredito que no próximo concurso, os candidatos irão melhor preparados por saberem que a prova mudou”, ponderou.

Parte dos 5,5 mil professores aprovados no processo seletivo de abril começaram a ser chamados na primeira semana de outubro. No entanto, isso gerou
manifestação de alunos contrários à saída de alguns docentes e a chegada de novos. Na semana passada, estudantes da Escola Protásio Alves, em Porto Alegre, se reuniram em um protesto contra a saída de uma professora, que deixaria o cargo para o ingresso de um concursado, aprovado no último concurso. “Temos quatro critérios sobre a nomeação de professores que respeitam o local onde há falta deles, onde tem professor sem habilitação, onde o professor é habilitado, mas está atuando fora da área de origem e em relação aos contratados mais recentes de determinada escola. Evidente que todo o critério sempre vai descontentar o interesse de alguém. Mas o nosso objetivo é que tenhamos um quadro de professores nomeados e estáveis”, ressaltou.

Fonte: CPC