Re: 1º Colocado AFRFB 2012 - Thomas Araujo Jorgensen, se
manifeste!
Pessoal, segue então o meu depoimento. Gostaria de
adiantar que as coisas que irei relatar foram válidas para mim. Eu fiz as coisas
de acordo com o que eu acredito. Muitas pessoas vão discordar, mas as pessoas
são diferentes mesmo. Você que ler este depoimento, tente tirar proveito daquilo
que se adequa à sua pessoa. Foi o que eu fiz com os inúmeros depoimentos que li.
Além disso, este depoimento será mais útil para a área fiscal, mais
especificamente para AFRFB
Meu nome é Thomas Araujo Jorgensen. Tenho 27
anos de idade e nasci na Dinamarca e fui para o Brasil com 2 anos de idade.
Morei dos 2 aos 11 no Rio de Janeiro. Depois passei 1 ano em Bauru (interior de
São Paulo). Finalmente fui para Florianópolis, cidade em que vivi dos 12 aos 25
anos, até junho de 2010, quando fui para Uruguaiana devido à aprovação no
concurso de ATRFB/2009. Em janeiro de 2011, depois de ficar alguns meses
curtindo a nova vida em Uruguaiana (sim, é possível curtir esta cidade, rsrsrs),
resolvi começar a estudar efetivamente para AFRFB. À época, todos achavam que
haveria um concurso em 2012. Mais ou menos 1,5 anos depois, fiz a prova de AFRFB
e fui aprovado.
O processo
Acho que o primeiro passo para
passar em um concurso deste porte é definir o quanto você deseja esta aprovação.
Eu sempre me colocava no lugar de uma pessoa casada, com 2 filhos para criar, em
um emprego de baixa remuneração, e que aproveitava CADA MINUTO do pouco tempo
disponível para ler algumas palavras de conteúdo para conseguir uma aprovação.
Para que você tire a vaga de uma pessoa como essa, você REALMENTE deve merecer
isto, abrindo mão de muitas coisas boas da vida para ler e se aperfeiçoar nas
matérias em busca de um bom desempenho. Poucas pessoas entendem o quanto de
dedicação é necessário para isso. As frases que eu mais ouvia eram essas: "Você
vai estudar agora?? Mas nem saiu o pedido de autorização ainda!!"; "Você vai
deixar de sair com a galera? Mas o MPOG nem autorizou ainda!!"; "Você não vai ao
show do Paul McCartney com a gente?? Mas nem saiu o edital ainda!!"; "Você não
vai ir pra night com a gente?? O edital acabou de sair!" e etc... A única coisa
que me arrependi de não fazer foi de não ir ao show do Paul mesmo, rsrs... Mas,
paciência... Para superar essas frases dos amigos você deve entender como que
você pensa e enxerga as coisas. No meu caso, o mais importante era ficar com a
consciência limpa. Assim, eu estudei o máximo que eu pude e fiz a prova
relativamente tranquilo. Para mim, o pior cenário possível não é estudar muito e
não passar. É estudar pouco e não passar por uma questão. Se eu desse o meu
máximo e não passasse, eu saberia que aquilo não era para ser. Afinal, eu fiz o
que estava ao meu alcance.
O segundo passo é definir UM CONCURSO
ESPECÍFICO para mirar e definir um prazo confortável. A minha recomendação para
quem vai começar do zero é um horizonte de 1 a 1,5 anos. Muitas pessoas irão
dizer que aplicando técnicas otimizadas você consegue aprender as coisas mais
rapidamente e etc... Respeito muito quem diz isso, mas acho que o objetivo é ter
um tempo para chegar com a matéria bastante amadurecida e solidificada na
cabeça, com muita calma. Para isso, o cérebro precisa de um tempo. No caso do
concurso de AFRFB, são aproximadamente 20 disciplinas (destrinchando bem o
edital dá mais ou menos essa quantidade de matérias). O ideal é que você esteja
muito bem preparado em todas elas, de modo que quando sair o edital você possa
dedicar 80% do seu tempo para as novidades. Os outros 20% ficam para revisão das
outras matérias. Outra coisa muito importante para ter em mente é o fato de que
a ESAF, na prova para AFRFB, não está procurando o candidato que saiba TUDO
sobre as 20 matérias. Isso é humanamente impossível. Talvez só o Demétrio
consiga (mas eu tenho uma teoria de que ele não era humano, rsrs... era
simplesmente um caso à parte). O que a ESAF quer é um candidato que saiba lidar
bem com essas adversidades e consiga uma boa nota final, priorizando os aspectos
mais importantes. Como diria o MESTRE Ricardo Alexandre, o objetivo do
concurseiro é estudar até o ponto em que a sorte não seja um fator DECISIVO na
sua aprovação. Ela é sempre bem vinda, mas não pode ser ela o fator que irá
determinar se o seu nome estará ou não na lista de aprovados. Para ficar em
primeiro lugar, podem ter a certeza de que eu tive sorte. Mas sem a sorte,
acredito que ainda estaria entre os 15 primeiros.
Com um prazo
confortável, resta-lhe estabelecer uma rotina e segui-la à risca. Eu exerço o
cargo de ATRFB em Uruguaiana. Para mim foi ótimo, pois aqui trabalhamos 14
plantões de 12 horas a cada mês. Para estudar é uma maravilha, pois para cada
dia de trabalho eu tinha um dia inteiro para estudar em casa. Assim, a minha
rotina consistia em estudar aprox. 10 horas LÍQUIDAS nas folgas. 5 horas no
período da manhã (das 08:00 às 13:20, com alguns pequenos intervalos) e 5 horas
no período da tarde (das 15:00 às 20:20, com intervalos). Nos dias de trabalho,
eu tentava estudar após o serviço, mas era difícil, pois trabalhava 12 horas e
chegava em casa morto. às vezes estudava de 1 a 2 horas, às vezes não conseguia.
À noite, fazia academia de 3 a 4 vezes por semana. Considero a prática de
exercícios físicos algo muitíssimo importante. Quando saiu o edital eu parei com
os exercícios, mas me arrependi, pois nas 2 semanas que antecederam as provas eu
estava absolutamente EXAUSTO e nem conseguia estudar direito.
Acho que,
principalmente para quem não trabalha, e, por isso, estuda muitos dias seguidos,
é muito importante relaxar de 1 a 2 horas no final do dia. Quando coincidia de
eu folgar 2 dias seguidos eu fazia isso. Se não fizesse, meu cérebro acharia que
do momento em que acordo até o último piscar de olhos eu estaria estudando, o
que torna tudo muito mais cansativo, diminuindo a produtividade do dia seguinte.
Assim, essa relaxada no final da noite era fundamental para mim. Eu costumava
ficar vegetando na frente da TV assistindo àqueles filmes de ação, que não
demandam nenhum tipo de raciocínio, rsrsrs...
Bom, estabelecida a rotina,
restam alguns questionamentos. Sempre vejo gente debatendo sobre a boa e velha
questão: estudar várias matérias em um dia, ou estudar uma matéria por dia? Isso
realmente varia muito de pessoa para pessoa. O Carlos Augusto Beckenkamp,
primeiro colocado de 2009 (que gentilmente respondeu a todos os 18 e-mails que
mandei para ele), me disse que estudava uma matéria de cada vez. Isso pra mim
não funciona. Estudando 20 matérias, se eu estudar uma por dia, no quarto dia já
não lembro de mais nada da primeira, rsrs... Eu gostava de estudar 5 matérias
por dia. Estudava 2 horas de cada. Eu fiz uma lista que colei na parede com
todas as matérias do concurso. Eu as estudava na sequência, 2 horas cada
matéria. Assim, as matérias mais importantes apareciam mais vezes nesta lista
(como contabilidade, que aparecia 4 vezes). As menos importantes, apareciam
apenas uma, como economia e finanças (obviamente isso foi antes do edital, uma
vez que essas matérias saíram). Assim, as que apareciam mais vezes eu
intercalava com as outras. Quando chegava ao final da lista, já havia estudado
todas as matérias, mas mais horas aquelas mais importantes. Vou dar um
exemplo:
CONTABILIDADE
TRIBUTÁRIO
CONSTITUCIONAL
ADMINISTRATIVO
RAC.
LÓGICO
FINANÇAS
ECONOMIA
CONTABILIDADE
COMÉRCIO
TRIBUTÁRIO
etc...
Entretanto,
esta tabela foi crescendo gradativamente. No começo do estudo, só havia as
matérias básicas. Eu comecei com 6: contabilidade, tributário, constitucional,
administrativo, comércio internacional e português. Nesta fase, em que tudo é
novidade, eu não seguia o tempo de 2 horas. Quando iniciei os estudos, dedicava
mais horas às matérias. Acontecia muitas vezes de eu estudar contabilidade um
dia inteiro, ou tributário uma tarde inteira. Acho que o esquema das 2 horas por
matéria só serve para quando você está apenas revisando o conteúdo. À medida que
ia dominando os conteúdos, a lista ia crescendo e crescendo até abranger todas
as disciplinas.
Um certo tempo depois, eu já havia estudado todas as
matérias e estava apenas em processo de revisão, estudando aquelas 2 horas
diárias cada uma das matérias, obedecendo a lista. Fiquei nessa situação até
sair o edital. Quando o edital saiu, eu deletei da mente as matérias que haviam
saído e dediquei boa parte do tempo às novidades. Era mais ou menos assim: eu
estudava de acordo com a lista, mas à medida que os novos materiais iam saindo
nos sites (ponto, estratégia etc...) eu os baixava e passava a dar total
prioridade para essas aulas novas. Só retornava à lista qdo esgotava as aulas
novas. As aulas complicadas eu lia mais vezes. Neste momento, você tem que
acreditar na sua memória, e simplesmente deixar as matérias antigas um pouco de
lado, dando ênfase às novas. Foi muito difícil fazer isso, principalmente pra
mim, já que a minha memória nunca foi muito boa... Quando achava que estava bem
nas novas aulas, voltava para as antigas e dava aquela revisada. Nos últimos 20
dias, praticamente só estudei as aulas novas. Resolvi ler todas elas pelo menos
mais uma vez, separando alguns dias para dar uma boa lida na constituição e nas
leis mais importantes. No dia da prova (o primeiro dia era na parte da tarde) eu
acordei cedo e ainda estudei umas 3 a 4 horas. Eu fico mais tranquilo estudando
até o momento da prova. Mas isso varia de pessoa para pessoa.
Quanto à
questão teorias vs exercícios, eu sempre intercalava. Ao término de um capítulo,
resolvia todas as questões sobre ele. E o mais importante: FAÇA SEMPRE QUESTÕES
COMENTADAS. Hoje em dia isso é possível, pois há cada vez mais questões
comentadas. Além dos livros e cursos em PDF, o site tecconcursos.com.br é
sensacional para isso. Muito bom mesmo. Desta forma, você sabe exatamente porque
acertou ou errou determinada questão.
Fazendo as provas
No
primeiro dia eu sabia que iria duelar com o relógio. Afinal, era português e
raciocínio lógico no mesmo dia. Além disso, em relação ao concurso de 2009, a
ESAF adicionou 10 questões e não concedeu mais tempo. Isso tudo é um prato cheio
para um completo DESASTRE. Bom, eu adotei a tática de fazer algumas questões de
cada matéria ao invés de fazer todas de cada, pois assim garantiria o mínimo em
cada disciplina. Foi mais ou menos assim: Fiz 14 das 20 questões de português.
Sempre ia diretamente para as perguntas e, quando era puramente de interpretação
de texto, eu pulava sem piedade, porque sabia que iria demorar. Depois pulei
para inglês, matéria que acho fácil. Fiz rapidamente 6 das 10 questões. Pulei
para civ/comerc/penal e fiz 10 das 20 questões. Para meu desespero,
diferentemente da prova de 2009, as questões de civ/comerc/penal estavam MUITO
LONGAS E COMPLICADAS. Depois disso, pulei para adm. geral/pública e fiz 6 das 10
questões. Finalmente, fui para a prova de raciocínio lógico. Quando terminei a
DÉCIMA QUESTÃO, a fiscal largou a bomba: "falta 1 hora para o fim". Foi um
desespero imediato. Respirei fundo, e procurei nas 10 restantes de raciocínio
lógico algumas que pudessem ser resolvidas mais rapidamente e consegui fazer
mais 3. Depois disso, voltei para as matérias anteriores e procurei fazer as
questões restantes de cada uma delas. Quando faltavam 10 minutos, ainda restavam
7 de raciocínio lógico e 10 de civ/comerc/penal. Já havia preenchido o gabarito
das questões que havia feito, então só me restou contar as alternativas. Depois
de contar todas, a letra que menos havia sido assinalada por mim foi a letra
"D". Assinalei as 7 de raciocínio lógico e as 10 de civ/comerc/penal na letra
"D" e entreguei o gabarito. Foi, com certeza, um dos dias mais desesperadores da
minha vida. Resultado: na prova de rac. lógico, das 13 que fiz, acertei todas.
Das 7 que chutei, acertei 3, conseguindo 16 questões das 20. Em
civ/comerc/penal, só queria fazer o mínimo, e acabei fazendo 11 das
20.
No segundo dia não houve sofrimento, pois não faltou tempo para
realizar as provas.
Bom, essas foram as minhas experiências até o dia da
prova. Agora, vou falar um pouco sobre os materiais que usei para
estudar.
Bibliografia
Português - Olha, nessa
matéria eu tenho sérios problemas para conseguir estudar. Eu li um curso da
professora Cláudia Kozlovski e achei muito bom. Só que eu não consigo decorar as
coisas de português. É um sofrimento muito grande pra mim. Assim, o que eu fiz
foi comprar 2 livros do Décio Sena com as últimas 20 (aprox) provas resolvidas
da ESAF. Assim, eu resolvi diversas vezes essas 20 provas. Isso é suficiente
para ver o quê que a banca mais gosta de cobrar. Felizmente pra mim, a prova de
português da ESAF não é muito decoreba. Então eu me dou bem com esse tipo de
prova. Com esta metodologia acertei 18 das 20 questões.
Inglês -
Não estudei.
Raciocínio Lógico-Quantitativo - Essa matéria pode
ser dividida em algumas partes: Matemática Financeira, Estatística
Descritiva, Estatística Inferencial, Lógica e Diversos (trigonometria,
álgebra...)
Gostaria de destacar que, para mim, que não sabia NADA dessas
matérias, foi importante um professor que nem o Sérgio Carvalho. Ele explica a
matéria como se você fosse uma criança de 10 anos de idade, o que pra mim é
ótimo. No final, você resolve questões cascudas sem se dar conta do real nível
de dificuldade dela.
Matemática Financeira - Cursos do
Olaamigos.com.br do Sérgio Carvalho (curso básico + curso pente fino) e livro do
Sérgio Carvalho (Mtm financeira simplificada). Acredito que com esses cursos e
com o livro você gabarita qualquer prova de Mtm financeira da
ESAF.
Estatística Descritiva - Curso do professor Sérgio Carvalho no
Olaamigos.com.br e livro (Estatística básica simplificada).
Estatística
Inferencial - Essa matéria é um pouco mais delicada. Os professores Sérgio
Carvalho e Weber Campos chegaram a postar algumas aulas. Sem dúvida, aquilo que
foi ensinado por eles você deve acertar. Entretanto, as aulas oferecidas por
eles não abrangem todo o conteúdo. Conversando com um amigo (o Vítor, XEXIM-RS
no Fórum Concurseiros) que GABARITOU raciocínio lógico, fui convencido de que o
melhor professor de estatística seria o Vítor Menezes. Ele tem aulas filmadas no
euvoupassar.com.br e aulas escritas no estrategia.com.br.
Lógica -
Cursos do Sérgio Carvalho no Olaamigos.com.br
Diversos - Esta parte de
raciocínio lógico possibilita a cobrança de infinitas coisas. Acabei estudando
aquilo que achava mais relevante no livro do Sérgio Carvalho (Raciocínio Lógico
Simplificado)
Direito Civil - Lauro Escobar do ponto dos
concursos. Excelente material.
Direito Comercial - Gabriel Rabelo do
estrategia.com.br
Direito Penal - Pedro Ivo do ponto dos concursos.
Excelente material.
Administração Geral - Curso do professor
Flavio Pompêo do ponto dos concursos.
Administração Pública - Olha,
quando comecei a estudar, esperava 10 questões de peso 2 (foi assim em 2009),
então, estudei pelo curso do professor Rafael Encinas. Este curso é muito bom,
entretanto, é muito grande, denso e detalhista. Acredito que ele seja mais
adequado para outras provas que não a de AFRFB. De repente para o MPOG. Com a
diminuição do peso desta matéria, não creio que seja um bom custo/benefício para
quem quer fazer a prova para AFRFB.
Direito Constitucional - Li o
livro do Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (o descomplicado) e o livro do
Pedro Lenza. Ambos são excelentes, mas acho que o do VP/MA tem um
custo/benefício melhor. Depois de ler esses livros, fiz os cursos de 1001
questões do Vítor Cruz (Vampiro) da ESAF, CESPE e FCC. Depois disso, comprei o
curso regular de teoria x exercícios do VP e Frederico Dias. Acho que de todos
os materiais que li, esse curso foi o melhor de todos. Simplesmente sensacional.
Eu gabaritei a prova de direito constitucional de AFRFB. Fiz outras provas em
casa (MDIC, CGU e PFN) e quase gabaritei todas elas só com esse curso da dupla.
Além de todos esse materiais, acho indispensável a Constituição Anotada do
Vampiro. Eu li ela umas 15 vezes (sem exagero). Ela está cheia de grifos e
rabiscos de anotações. Cada vez que resolvia uma questão um pouco mais cascuda,
eu ia na CF Anotada e fazia umas anotações.
Direito Administrativo
- Li o livro do MA e VP (o descomplicado). Além dele, fiz os 1001 questões
do Vampiro da ESAF, CESPE e FCC e um curso de exercícios do Cyonil Borges. Nesta
matéria aconteceu algo diferente. A prova (que costuma ser muito fácil) veio
muito difícil e atípica. Das 10 questões eu só tinha certeza absoluta de umas 3
ou 4. As outras eu fiz meio que no "feeling". Os concurseiros devem ficar de
olho na prova do AFT para ver se esta prova de AFRFB foi um ponto fora da curva
ou se está ficando normal cobrar jurisprudência do TCU e do STJ em provas de
direito administrativo. Fiquem atentos a isso!
Direito Tributário
- Galera, podem falar o que quiserem: Leandro Poulsen, Eduardo Sabbag,
Claudio Borba e etc... Pra mim, o melhor livro da história dos concursos é o
livro do Ricardo Alexandre. Esse cara é um gênio, e o livro dele é simplesmente
sensacional. Se puder complementar com aulas filmadas dele, melhor ainda.
Entretanto, a ESAF tá cobrando MUITA jurisprudência. Algumas delas não estão no
livro do Ricardo Alexadre. Assim, depois que saiu o edital eu comprei um curso
do professor Diego Aderne, do ponto dos concursos, que é só sobre
jurisprudência. Esse curso foi uma salvação!!
Auditoria - Galera,
uma coisa é certa: se as provas de auditoria vierem que nem a de 2012 para AFRFB
os professores vão ter que repensar suas aulas. Nesta prova, caíram duas
questões relacionadas a uma tabela que eu não sabia nem por onde começar a
responder. Das 8 restantes consegui acertar apenas 5. Estudei pelo curso do Davi
Barreto e Fernando Graef. Esse curso era excelente até então. Agora, se essa
prova for uma tendência, as aulas terão que ser mais
aprofundadas.
Contabilidade - Pessoal, até hoje não consegui achar
nenhum curso melhor do que o do Luiz Eduardo de 2009 do ponto dos concursos. Ele
é uma obra de arte. O que me atraiu no curso foi a mesma coisa que afastou muita
gente: suas 3.500 páginas de extensão. Eu pensei: finalmente vou aprender
contabilidade. Hoje em dia este curso está desatualizado, então talvez seja um
pouco perigoso estudar por ele. Na minha opinião, dá fazer este curso ainda e
depois fazer um curso atualizado do Gabriel Rabelo, que é excelente. Para um
primeiro contato com a matéria, sugiro um curso regular em video-aulas do
professor Silvio Sande ou do Marcondes Fortaleza. Ambos são
sensacionais!!
Legislação Tributária - Essa matéria foi novidade.
Estudei pelas aulas do Murillo Lo Visco do ponto dos concursos e do George
Firmino do estratégia. Ambas as aulas são excelentes.
Comércio
Internacional e Legislação Aduaneira - Nessas matérias acredito que vocês
devem ler os cursos do Rodrigo Luz/Missagia e do Ricardo Vale. Todos eles são
excelente professores.
Discursivas - Galera, fiz alguns cursos com
diferentes professores. Achei a professora Júnia Andrade a melhor e mais
experiente. Muito boa mesmo, faça tudo o que ela mandar, rsrsrs. Na minha
opinião, as provas discursivas são um grande problema. Acho que, para serem
justas, as provas discursivas deveriam por obrigação cobrar apenas assuntos
muito basilares. Não tem cabimento avaliar conhecimento numa prova dissertativa,
isto já foi avaliado nas objetivas. Os professores vão falar que, nas
discursivas, quem passou para esta segunda fase não precisa se preocupar,
afinal, conhecimento já tem de sobra. Isso, na minha opinião, NÃO É VERDADE!!
Veja o exemplo da prova para AFRFB/2012. O tema, que valia mais pontos, era
sobre auditoria governamental. Uma pessoa que quisesse ir bem nas objetivas não
poderia ter se aprofundado tanto nessa parte da matéria de auditoria, pois não
valia o custo/benefício. E lá estávamos nós, tendo que discorrer sobre o assunto
em 40 a 60 linhas. Além disso, uma das 3 questões era muito louca, sobre ÁGIO,
algo que nem sequer é pacífico. Não sei qual seria a solução pra isso, mas a
Júnia dá uma ótima ajuda, facilitando a compreensão de todos os fatores da
tabela que o corretor irá seguir na hora de corrigir. Assim, podemos saber quais
tipos de erros resultam em mais ou menos descontos.
Últimas
considerações
Resumos: fazer ou não fazer?? Galera, isso é
muito pessoal. Eu acredito que os resumos são muito importantes, mas eu me sinto
agoniado fazendo-os. Sou hiperativo por natureza, então tenho dificuldades para
fazer resumos, que geralmente são demorados. Eu prefiro usar a minha
Constituição Anotada (do Vampiro) e imprimir leis e encher todos eles de
anotações e rabiscos. O importante é "personalizar" os materiais, fazendo coisas
com o próprio punho. Isso facilita a memorização. Entretanto, para algumas
disciplinas, principalmente aquelas que não têm muitos exercícios para resolver,
eu me rendi e fiz os resumos. Fiz resumos para Comércio Internacional e
Auditoria, sem contar as inúmeras fórmulas de estatística e análise de balanços
que eu escrevia num papel e lia quase todos os dias. Os meus resumos eram feitos
à mão mesmo, com lápis e caneta, bem "feio".
Mapas Mentais: Nunca
usei!!
Video-aulas, livros ou PDF? Salvo exceções, como o início
dos estudos para contabilidade e raciocínio lógico (em sentido amplo, abrangendo
estatística, mtm financeira etc...), acredito que quem estuda por livros e aulas
em PDF e resolve vários exercícios adquire um conhecimento muito mais sólido do
que uma pessoa que apenas assiste a video-aulas. Isso se tornou ainda mais
importante com as discursivas. Uma outra exceção são as aulas filmadas do
Ricardo Alexandre. Se tiver a oportunidade, assista a essas aulas. São
incríveis!!
Galera, é mais ou menos isso... Devo ter decepcionado
quem achou que eu utilizei técnicas incríveis e mirabolantes... A aprovação foi
apenas fruto de muito estudo e disciplina. O grande consolo é que quem estuda
passa, é só uma questão de tempo.
Forte abraço a todos
Thomas
Araujo Jorgensen
Fonte:http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=330066&page=2