quarta-feira, 20 de junho de 2012

SEGURANÇA PÚBLICA

Polícia gaúcha auxilia na investigação do caso de cárcere privado no Rio


Homem teria fugido com enteada de Porto Alegre e a mantido presa por 17 anos


A delegada Nadine Anflor, coordenadora das Delegacias Especializadas no Atendimento a Mulher do Rio Grande do Sul, foi designada para auxiliar a investigar o caso da mulher que teria sido sequestrada pelo padrasto em Porto Alegre e mantida em cárcere privado durante 17 anos no Rio de Janeiro. O homem teria fugido quando ela ainda era uma menina, com 11 anos. Hoje, ela tem 28. Durante esse período, a vítima sofreu abusos sexuais. Nessa terça-feira, o homem foi preso pela polícia fluminense em Itaboraí, na região Metropolitana do Rio, sob coordenação do delegado Wellington Pereira Vieira, da 71º Delegacia de Polícia.

“A pedido do delegado do Rio, nós estamos auxiliando a investigação ouvindo algumas testemunhas no Rio Grande do Sul. Não existe inquérito”, explicou a delegada. Nesta quarta-feira, ela ouviu dois familiares do suspeito. No entanto, preferiu não dar detalhes dos testemunhos. Para esta quinta-feira, está previsto o depoimento da mãe da vítima. “Conforme for necessário, nós vamos continuar prestando assistência à polícia do Rio com nosso trabalho aqui. Por enquanto, vamos apenas ouvir as testemunhas e encaminhar as oitivas para o delegado responsável”, detalhou a delegada. Segundo ela, o conteúdo dos depoimentos serão enviados ao Rio ainda nesta semana.

Padrasto teria tido três filhos com a enteada

O caso que mobilizou as polícias fluminense e gaúcha começou em 1995, quando o homem teria raptado a enteada e fugido com ela para o Rio de Janeiro. Lá, ele a manteve em cárcere privado, sem contato social e sem estudo. Além disso, durante esse período, o homem teria cometido abusos sexuais contra a jovem. Das relações, nasceram três crianças - dois meninos e uma menina.

A polícia descobriu o caso depois que a vítima teria ido a uma delegacia do Rio relatar que a filha estava sofrendo abusos. Após prestar depoimento aos investigadores, ela teria confessado ter sido sequestrado e forçada a manter relações sexuais com o padrastro. O homem está preso temporariamente por estupro, cárcere privado e lesão corporal qualificada.

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