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Gurgel vai apurar ameaças à procuradora do Caso Cachoeira
Crédito: Carlos Humberto / SCO / STF / CP |
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse
nesta quarta-feira que o Ministério Público está se mobilizando para apurar as
supostas ameaças à procuradora Léa Batista, que atua na Operação Monte Carlo da
Polícia Federal (PF). Ela foi uma das responsáveis pela denúncia que levou à
prisão o contraventor goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira,
acusado de liderar um esquema de corrupção, tráfico de influência e exploração
ilegal de jogos no Centro-Oeste do país.
“Estamos movimentando toda a
nossa estrutura para que ela tenha o apoio necessário e, se for o caso, pedir o
apoio da Polícia Federal”, disse Gurgel, ao se pronunciar pela primeira vez
sobre o caso durante intervalo da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF). O
procurador disse que irá entrar em contato com a procuradora assim que deixar a
sessão.
Segundo Gurgel, que também preside o Conselho Nacional do
Ministério Público, a instituição fará uma avaliação sobre os reais riscos pelos
quais passam os procuradores para saber se há necessidade de reforço na
segurança ou se a estrutura existente é suficiente. “O Ministério Público não
pode correr o risco de ser surpreendido em razão de alguma ameaça”.
Léa e
Daniel Resende são os representantes do Ministério Público na Operação Monte
Carlo, em Goiás, enquanto o procurador Carlos Alberto Vilhena gerencia os
desdobramentos do caso no Tribunal Regional Federal da Primeira Região, em
Brasília. Gurgel disse que não tem notícia de que os outros procuradores do caso
tenham sofrido ameaças.
Segundo nota divulgada pela Associação Nacional
dos Procuradores da República, Léa recebeu um e-mail anônimo na semana passada
com referências à Operação Monte Carlo. A mensagem dizia que a atuação da
procuradora foi muito dura no caso, incriminando pessoas que não tinham culpa,
enquanto a família de Cachoeira continuava explorando jogos ilegais em Goiás
mesmo depois da prisão dele.
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