sexta-feira, 15 de junho de 2012

SEGURANÇA PÚBLICA

PF indicia 22 alunos da Unifesp por dano e formação de quadrilha


Estudantes foram detidos após tumulto no câmpus de Guarulhos


Lecticia Maggi

Polícia Federal afirma que foram constatados dados ao patrimônio da Unifesp Polícia Federal afirma que foram constatados dados ao patrimônio da Unifesp (Divulgação/ PF)

A Polícia Federal de São Paulo indiciou nesta sexta-feira 22 estudantes do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pelos crimes de dano ao patrimônio, formação de quadrilha e constrangimento ilegal. Eles prestaram depoimento após serem autuados em flagrante na noite desta quinta-feira. As penas somadas podem chegar a oito anos de prisão.



 A PF afirma que, entre os detidos, 14 estudantes já haviam sido conduzidos à superintendência da PF no dia 6 de junho, quando foi cumprida ordem judicial de reintegração de posse do campus, pedida pelo diretor da unidade, Marcos Cézar de Freitas. Dos 14, três têm antecedentes criminais por dano e formação de quadrilha.

O tumulto no campus de Guarulhos começou no início da noite. Após assembleia que discutia apoio à greve dos docentes, um grupo de alunos passou a protestar em frente à reitoria. Por meio de nota, a Unifesp afirma que os estudantes pixaram o campus, quebraram vidros, móveis e computadores, intimidaram e acuaram o diretor acadêmico e professores que estavam no local. Além disso, ameaçaram tomar novamente o prédio da reitoria, ocupado entre os dias 22 de março e 6 de junho, por cerca de 45 estudantes.

A Polícia Militar foi acionada por docentes da instituição para controlar a situação. Os alunos dizem que foram intimidados e que a depredação ocorreu somente após uma estudante ser detida. A PM disparou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para conter os estudantes. Pelo menos uma pessoa ficou ferida e foi levada ao pronto-socorro.

A PF, que tem atribuição para investigar crimes praticados contra servidores públicos e o patrimônio das universidades federais, disse que agentes realizaram perícia no local e constataram danos à instituição. A Unifesp alega que uma audiência pública entre alunos e o reitor para tratar das reivindicações já havia sido agendada para o dia 20 de junho. "A depredação do patrimônio público e o constrangimento ilegal não é forma de manifestação ou reivindicação", afirma a universidade.

Fonte: Veja


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