Nós não vamos blindar nenhuma pessoa que foi
corrompida ou cooptada pela organização criminosa, afirmou o relator da CPI,
deputado Odair Cunha (PT-MG)
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A CPI Mista do Cachoeira aprovou na reunião desta quinta a
convocação de 51 pessoas, mas deixou de fora da lista o ex-presidente da Delta
Construções Fernando Cavendish e os governadores de Goiás, Marconi Perillo
(PSDB), do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e do Rio de Janeiro, Sérgio
Cabral (PMDB). Integrantes da base e da oposição fizeram questão de negar,
durante o encontro, que tenha havido acordo para não votar os pedidos de
depoimento de Cavendish e dos governadores.
"Nós não vamos blindar
nenhuma pessoa que foi corrompida ou cooptada pela organização criminosa",
afirmou o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG). "Não há acordo, eu não
participei de acordo para proteger governador", disse o líder do PT na Câmara,
Paulo Teixeira (SP), para quem essas autoridades têm que vir à comissão "quando
tiver muitas provas". "Não estou aqui para fazer espuma", disse Teixeira. "Não
há acordo, eu não participo", afirmou o deputado tucano Fernando Franceschini
(PR).
Com folgada maioria na CPI, a base operou para livrar da
convocação, por ora, Cavendish. O contraventor Carlinhos Cachoeira é suspeito de
ser sócio oculto da Delta, mas os governistas conseguiram circunscrever a
apuração contra a empreiteira à atuação de Cláudio Abreu, ex-diretor da região
Centro-Oeste. "A convocação de Fernando Cavendish é urgente, indispensável e
insubstituível", cobrou, em vão, o líder do PSDB no Senado, o paranaense Alvaro
Dias.
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