MEC vai alterar a forma de correção da redação do Enem
Exame Nacional do Ensino Médio ocorre em 3 e 4 de novembro
O Ministério da Educação (MEC) decidiu alterar a forma de
correção da redação do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado
para 3 e 4 de novembro. A discrepância máxima entre as notas dadas pelos dois
corretores cairá dos atuais 300 pontos para 200. Quando esse limite for
ultrapassado, um terceiro corretor analisará a redação. Segundo a reportagem
apurou, nos casos em que nem um terceiro corretor conseguir chegar a um consenso
com os outros dois, a prova será submetida a uma banca examinadora, que dará a
nota final.
O anúncio dessas e de outras mudanças será feito nesta quinta-feira em coletiva de imprensa pelo ministro Aloizio Mercadante e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa. Desta vez, o edital do processo contemplará um único exame, e não vários. Na última edição do Enem, o Inep foi confrontado com processos judiciais de candidatos que criticaram as notas finais. Foi o caso de uma estudante carioca que recebeu três notas diferentes: 800 (do primeiro corretor), 0 (do segundo) e 440 (do terceiro). A mudança na forma de correção deverá aumentar o número de redações revisadas e exigir melhor treinamento. Em entrevista logo após assumir o cargo, Mercadante já havia defendido uma nova forma de corrigir as redações. "Precisamos aprimorar o critério, pois sempre há componente subjetivo", disse na ocasião. Greve Mercadante criticou ontem o movimento grevista de professores das universidades federais, que entrou no seu sexto dia. O ministro afirmou ter "muitas greves nas costas", mas disse não ver razão para a deflagração de movimento se negociações estão em aberto. A Seção Sindical dos professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) decidiu nessa quarta-feira deflagrar greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira. O movimento ocorre em todo o País e já envolve pelo menos 44 instituições federais de ensino superior, incluindo a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e a Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Entre as reivindicações da categoria, estão a reestruturação do plano de carreira, conforme previa um acordo firmado no ano passado com o governo federal, além da incorporação de gratificações ao salário. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário