quarta-feira, 9 de maio de 2012

ECONOMIA

IPCA sobe 0,64% em abril com preços de cigarros--IBGE



 






- O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,64 por cento em abril, após alta de 0,21 por cento em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Trata-se da maior elevação mensal desde abril de 2011, quando ficou em 0,77 por cento, e acima do esperado pelo mercado.
No acumulado de 12 meses até abril, o IPCA avançou 5,10 por cento no mês passado, mostrando queda ante os 5,24 por cento de março. Mesmo assim, ainda permanece acima do centro da meta oficial do governo, de 4,5 por cento neste ano.
Analistas ouvidos pela Reuters esperavam uma alta de 0,59 por cento no mês passado, acumulando em 12 meses alta de 5,06 por cento, de acordo com a mediana de 21 previsões. Para o mês passado, as projeções variaram entre 0,55 e 0,65 por cento.
"Desde setembro o índice de 12 meses vem desacelerando, cada vez mais influenciado pela menor pressão de alimentos, que foram determinantes para a forte alta do IPCA no começo do ano passado", afirmou a jornalistas a economista do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
De acordo com o IBGE, o principal destaque no mês foi o preço dos cigarros, com alta de 15,04 por cento, além de ser o principal impacto no mês, com 0,12 ponto percentual no indicador. Também pesaram os salários dos empregados domésticos, que ampliaram a alta de 1,38 por cento vista em março para 1,86 por cento no mês passado.
Os preços dos remédios também subiram 1,58 por cento em março e, segundo o IBGE, esses 3 itens contribuíram com 0,24 ponto percentual no IPCA de abril, o equivalente a 38 por cento da taxa.
Segundo o IBGE, os outros setores que exerceram pressão sobre o IPCA no mês passado foram as despesas pessoais, com alta de 2,23 por cento, com destaque para excursões (+1,88 por cento), hotéis (+1,63 por cento) e serviços bancários (+1,42 por cento).
A lista de pressões de abril incluiu itens administrados, controlados e serviços. Além disso, o IBGE identificou os primeiros sinais do repasse da alta do dólar aos preços. Nesta quarta-feira, o dólar já voltou ao patamar de 1,85 real.

Fonte: REUTERS

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