segunda-feira, 22 de agosto de 2011

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

LIBIA

A  iminente queda do ditador líbio Muammar Kadafi, ex-aliado de Silvio Berlusconi, pode significar um alívio financeiro para a Itália, que já gastou mais de € 150 milhões com a guerra.
Desde o fim de março deste ano, quando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, as operações militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ganharam força na região.
O governo italiano tem sido um dos principais financiadores dessas operações. Dados oficiais divulgados em julho mostram que foram gastos € 142 milhões (R$ 326 milhões) no primeiro semestre e que outros € 58 milhões (R$ 133 milhões) estavam previstos para o segundo semestre. Além disso, Berlusconi disponibilizou suas bases militares na região para as operações.
Diante de sérias dificuldades fiscais – a Itália é um dos chamados Piigs (acrônimo de Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) e possui dívida acumulada de 120% do PIB –, o governo italiano tinha anunciado no mês passado corte nos gastos militares e a retirada de 100 soldados até o fim de setembro.
Embora a Otan reafirme a posição de que manterá a missão até que todas as forçar leais a Kadafi sejam controladas, a Itália ganha uma enorme oportunidade de acelerar os cortes fiscais. Há duas semanas, Berlusconi anunciou um pacote com aumento de impostos e corte de gastos para cumprir as exigências do Banco Central Europeu.

Fonte: exame.abril.com.br

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